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30/11/2004
Obra inacabada causa alagamento em túnel

Os problemas nas bocas-de-lobo de um trecho da avenida Rebouças (zona oeste), agravados por obras inacabadas ao longo da via, fizeram com que um grande volume de água entrasse no túnel Jornalista Fernando Vieira de Mello e contribuísse para que ele alagasse sábado à noite, menos de três meses após a inauguração da obra por Marta Suplicy (PT).

A constatação é da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), segundo a qual as galerias pluviais da avenida, entre a alameda Santos e a avenida Pedroso de Moraes, "não funcionaram a plena carga, em virtude de obstruções em parte das captações de água".

A Emurb avalia que essas obstruções nas bocas-de-lobo seriam resultado "especialmente" das obras de enterramento da fiação aérea e de calçamento, que deverão ser concluídas só no final de dezembro. Os detritos, equipamentos e materiais que estão na via teriam bloqueado os bueiros.

Mesmo antes do fim dessas intervenções, a fiscalização contra carros que invadirem a faixa exclusiva de ônibus da via -inaugurado junto com a passagem subterrânea- começa amanhã.

Em nota à imprensa, a Emurb tenta isentar da responsabilidade pelo alagamento as obras já entregues do túnel sob a avenida Brigadeiro Faria Lima, que custou R$ 97,4 milhões. Procura sinalizar que se trata de um problema temporário -diagnóstico que enfrenta a desconfiança de técnicos.

Segundo a empresa municipal, no trecho onde foi construída a passagem subterrânea, os sistemas de drenagem foram refeitos, tiveram sua capacidade aumentada, e as captações funcionaram.

A Emurb também afirmou que as três bombas instaladas no túnel "trabalharam normalmente" -deixando de impedir a concentração de água em razão do grande volume que fluiu pela pista.

Ela diz que também avalia "até que ponto a reversão do rio Pinheiros [a cargo do governo do Estado] não implicou maior elevação do nível do rio e conseqüente agravamento do fluxo de águas pluviais para a região da avenida Eusébio Matoso".

Ontem, os dois sentidos do túnel da Rebouças tinham goteiras que deixavam a pista molhada.

A obra foi uma das mais polêmicas de Marta. Além das interdições viárias, teve seu custo elevado em 49% sob a alegação de dificuldades técnicas imprevistas.

A alta do custo coincidiu com a redução de sua duração. O prazo contratual para terminá-la acabaria em meados de 2005, mas ela foi entregue pela construtora Queiroz Galvão em setembro passado, às vésperas das eleições.

A explicação da Emurb como ao menos uma das razões do alagamento de sábado já era cogitada por especialistas ouvidos pela Folha. Eles acrescentavam outras hipóteses, talvez simultâneas.

Teoricamente, pode ter havido um erro de projeto, de execução do projeto (sendo feito em desacordo com a idéia projetada inicialmente) ou principalmente nas bombas para a retirada de água (cuja capacidade teria sido subestimada na contratação).

"Foi um projeto eleitoreiro, feito e executado rapidamente. A engenharia não pode confiar em são Pedro", criticava Sergio Costa, do Instituto de Engenharia.

"O acúmulo de detritos nas bocas-de-lobo deixa a água sem escoar e pode travar as bombas. Há necessidade de manutenção e não só de obras", afirmava Roberto Amá, do Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva).


ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo

   

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