Na esteira da sucessão presidencial,
Lula prepara uma monumental festa (com direito, claro, a R$
35 milhões de verbas publicitárias) para comemorar a auto-suficiência
do Brasil em petróleo; uma meta sonhada desde a criação da
Petrobrás, depois da campanha " O petróleo é nosso." É quase
uma apropriação indébita, a julgar pelo jeito como se insinua
esse festejo, tentando associar a conquista a Lula e ao PT.
Lula pode comemorar, mas desde que se lembre que esse é um
esforço de vários governo e, mais ainda, de gerações de engenheiros
sérios e ousados. É, na verdade, a conquista de toda uma nação.
Além de ser uma simples questão de justiça, é necessário
lembrar que, em governos anteriores, a produção anual cresceu
bem mais do que nos tempos do PT. Aliás, o fato é tão grandioso,
mas tão grandioso, que não seria necessário um centavo de
propaganda para divulgá-lo. Isso vai na conta do horário eleitoral
gratuito que, para Lula, como sabemos, já começou.
O petróleo, em resumo, não é do PT nem de Lula. É nosso.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
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