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E
se Marta Suplicy fosse homem?
A cúpula
do PT, a começar por Lula, está preocupada com
os efeitos políticos do caso Marta Suplicy/Luis Favre:
teme-se que o romance desemboque, direta ou indiretamente,
na sucessão presidencial.
A prefeita
já está numa posição vulnerável,
segundo demonstram as pesquisas de opinião sobre seu
prestígio administrativo. Uma eventual exploração
de um caso amoroso talvez agrave ainda mais sua imagem, temem
os marquetólogos do PT. O problema essencial de Marta
é simplesmente ser mulher.
Marta
optou pela separação com o senador Eduardo Suplicy,
preferiu não manter uma relação de conveniência.
Era óbvio que iria ferir as suscetibilidades de segmentos
moralmente conservadores. Para completar, decidiu assumir
sua paixão, apesar de estar ainda formalmente casada.
Há, aqui, vários elementos para quem quiser
explorar detalhes e jogá-los contra a prefeita, manipulando
a moral e os ditos bons costumes.
A verdade
nítida, cristalina, é a seguinte: se Marta fosse
homem haveria, claro, muita fofoca. Mas, certamente, haveria
muito menos incômodo e preocupações políticas.
Isso porque, por trás deste caso, podem existir muitos
segredos, mas há também muitos preconceitos.
E-mail
- gdimen@uol.com.br
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