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Cumprir
uma lei salvaria jovens da marginalidade
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva planeja lançar durante
as comemorações do Dia do Trabalhador, em 1º
de maio, um programa de estímulo ao primeiro emprego,
prometido durante a campanha eleitoral.
Acenava-se,
na época, a criação de até 500
mil novas vagas para adolescentes e jovens. A prioridade é,
obviamente correta, inclusive para reduzir os riscos de delinquência.
O problema
é o risco de desperdício de tempo e de dinheiro,
problemas crônicos do setor público.
Já
existe uma lei, aprovada no ano passado, obrigando as empresas
a manter entre seus quadros jovens de 14 a 16 anos, classificados
de aprendizes. O papel da empresa é ajudar esse jovem
a ganhar uma habilidade, entrando no mercado de trabalho.
Estima-se que, se cumprida, essa lei abriria, no Brasil, um
milhão de empregos.
Coisas
do Brasil. A lei foi festejada, ganhou espaço no rádio,
televisão, jornal, mas não é aplicada,
nem fiscalizada, nem se debate, no governo (e pouco fora do
governo), como viabilizá-la. Isso depois de ter passado
anos tramitando no Congresso.
Mesmo
assim, outro programa, atingindo jovens, já está
a caminho. Resta saber se o Ministério do Trabalho
vai começar do óbvio, fiscalizando a lei dos
aprendizes, ou se vai também tentar inventar a roda,
a exemplo do programa contra a fome.
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