Home
 Tempo Real
 Coluna GD
 Só Nosso
 Asneiras e Equívocos 
 Imprescindível
 Urbanidade
 Palavr@ do Leitor
 Aprendiz
 
 Quem Somos
 Expediente


Dia 01.08.02

 

Instabilidade econômica faz disparar desemprego

A crise do dólar pode levar o país a enfrentar índices de desemprego recordes neste ano. É o que prevêem especialistas em mercado de trabalho, se o real continuar se desvalorizando em ritmo acelerado. Mesmo sem a crise do dólar, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socio-Econômicos (Dieese) acredita que a taxa média de desemprego na Grande São Paulo, neste ano, já seria a segunda pior da história - só melhor do que a de 99 (19,3%).

Por essa razão, o recuo da taxa de desemprego no ABC em junho, por exemplo, passando de 20% para 18,7% da População Economicamente Ativa (PEA), não está acompanhada de grande otimismo. Divulgado pelo Dieese, o dado empalidece frente a instabilidade econômica e pode comprometer a recuperação do mercado no segundo semestre.

Some-se a isso, outra constatação: a redução do número de desempregados deve-se mais à saída de pessoas do mercado (10 mil) do que, propriamente, à criação de empregos (nove mil novos postos). "Provavelmente, muita gente desistiu de procurar (emprego)", comentou a gerente de análises do Seade, Paula Montagner.

Os dados só vêm a corroborar com estudos realizados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para a instituição, a "falência de um modelo econômico" que a região seguiu nos anos 90, criará taxas recordes de desemprego em toda a América Latina: pode chegar a 9,8% neste ano, a maior taxa em três décadas.

Na crítica ao processo de liberalização na região, a OIT exemplifica com a situação das pequenas e médias empresas, afetadas pela concorrência externa e pela falta de apoio interno para melhorar sua competitividade. O que levou a mais perda de emprego e menor capacidade para gerar demanda interna.

Leia mais:
- Desvalorização do real pode fazer desemprego atingir níveis recordes

Leia também:
- Desemprego na região do ABC cai mas instabilidade preocupa
- Desemprego na AL é recorde: 9,8%
- Risco da América Latina só perde para países da África

 

 
                                                Subir    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Desemprego na AL é recorde: 9,8%

A OIT atribui problema à "falência de um modelo econômico" que a região seguiu nos anos 90. O desemprego na América Latina será recorde: pode chegar a 9,8% neste ano, a maior taxa em três décadas. A estimativa é da Organização Internacional do Trabalho (OIT), baseada numa contração econômica maior do que o previsto inicialmente.

A expectativa de crescimento do PIB latino-americano para 2002 declinou de 1,5% para menos 1,2%, por culpa da crise Argentina e seu efeito-contágio no Brasil, Uruguai e México, segundo a OIT. A situação neste ano será a pior sofrida pela América Latina desde 1983, ano em que o PIB regional diminuiu 2,9%. No primeiro trimestre, o PIB da região caiu 3,6% como resultado "dos efeitos do ajuste recessivo que vários países estão aplicando."

O resultado será taxa de desemprego de 9,8%, com mais demissões na Argentina, Venezuela e Brasil. A taxa será maior inclusive do que as registradas em períodos de recessão generalizada, como a crise da dívida externa (desemprego de 8,7%, em 1984), a desvalorização mexicana (7,9%, em 1996) e a crise asiática (pico de 8,9% em 1999). Nesse cenário, a OIT considera que a recuperação econômica mundial é uma condição necessária, mas não suficiente, para reativar as economias latino-americanas, em 2002. Tanto mais que haverá redução de investimentos numa região que depende pesadamente de recursos externos.

A organização atribui a atual conjuntura da região à "falência de um modelo econômico que a maior parte do continente implementou nos anos 90, em que a liberalização das economias ocorreu em paralelo ao enfraquecimento das instituições estatais que forneciam assistência social."

O que aconteceu com a Argentina "é o resultado final de um processo que conduz a menor crescimento e maior desemprego nos países." Na crítica ao processo de liberalização na região, a OIT exemplifica com a situação das pequenas e médias empresas, afetadas pela concorrência externa e pela falta de apoio interno para melhorar sua competitividade. O que levou a mais perda de emprego e menor capacidade para gerar demanda interna. Sobre o Brasil, considera que a elevação do "risco país" se explica pela redução no comércio com a Argentina, instabilidade provocada pelas incertezas políticas e alto grau de endividamento público.

(Gazeta Mercantil - 01/08/02)

 

 
                                                Subir    
 

 DIA 31.07.02

  Candidatos realizam maratonas de palestras sobre economia e trabalho
   
 

 DIA 30.07.02

  Comissão aponta desvios contáveis de empresas brasileiras
   
 

 DIA 29.07.02

  Brasileiros torram FGTS pagando dívidas
   
 

 DIA 26.07.02

  Possível vitória de Ciro preocupa o mercado
   
 

 DIA 25.07.02

  Benefícios trabalhistas não são incluídos nos acordos coletivos
   
 

 DIA 24.07.02

  São Paulo ficou com 41% dos empregos formais criados no semestre
   
 

 DIA 23.07.02

  Governo libera R$ 13 bi financiamento de empresas