Só
trabalhadores muito otimistas comemoram o 1º de maio
Com renda em
queda e desemprego em alta, só com muito otimismo para o
brasileiro comemorar o 1.º de Maio. Um em cada cinco trabalhadores
da região metropolitana de São Paulo está desempregado,
segundo a última pesquisa da Fundação Seade/Dieese.
O rendimento médio real do trabalho, nas seis regiões
metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatísticas (IBGE), acumula queda real de 10,6% desde
1999, quando houve a mudança no regime cambial.
Pior: as projeções
para o ano não indicam, até agora, a possibilidade
de reversão significativa da situação. A expectativa
é de que a massa real de rendimentos, na média, deixe
de cair e fique estável. A renda deverá fechar o ano
com queda de cerca de 1% ante 2001. Do lado do emprego, também
não se vê espaço para um grande aumento no número
de ocupados. É que em 2001, quando a atividade encolheu,
as empresas não fizeram demissões em massa. Agora,
com uma incipiente recuperação da atividade, não
haveria espaço para um grande volume de contratações.
O presidente
da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), Horácio Piva, diz que o Brasil não
pode contar apenas com o possível aquecimento da atividade
econômica para romper o círculo vicioso do desemprego
e da queda da renda. Com base em estudo feito pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV), Piva diz que o crescimento precisa
ser acompanhado de políticas de combate à pobreza
e ao desemprego.
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mais:
- Renda
e emprego devem continuar estagnados
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