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Dia 15.09.01

 

 

Escolaridade dificulta ainda mais inclusão de deficiente

Os portadores de deficiência têm pouco acesso à educação formal no Brasil, o que gera sérios problemas na hora de entrar no mercado de trabalho.

Hoje, 280 mil alunos portadores de deficiência estão matriculados em escolas especiais de 1ª a 8ª séries. Outros 300 mil frequentam classes regulares nas mesmas séries. No entanto, apenas 9 mil desses alunos conseguem chegar ao ensino médio.

Assim, dos 9 milhões de deficientes em idade produtiva, apenas 1 milhão trabalha de forma efetiva, sendo que apenas 200 mil deles com carteira assinada.

O professor de Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo, José Pastore, critica a ausência de políticas públicas específicas para essas pessoas.

(Folha de S.Paulo)

 

 
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Baixa escolaridade barra a inclusão no mercado

As dificuldades que os portadores de deficiência encontram para entrar no mercado de trabalho estão expressas nas matrículas do ensino fundamental (de 1ª à 8ª séries) e do médio (antigo colegial).

Há hoje, no Brasil, 280 mil alunos portadores de deficiência matriculados em escolas especiais de 1ª a 8ª séries. Outros 300 mil estão em classes regulares nessas mesmas séries. No entanto apenas 9.000 desses alunos conseguiram chegar ao ensino médio.

O resultado é que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dos 9 milhões de deficientes em idade produtiva, apenas cerca de 1 milhão trabalha de forma efetiva. A maioria está na informalidade -apenas 200 mil têm carteira assinada.

Para o professor de Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo, José Pastore, a barreira entre deficientes e mercado é a ausência de políticas públicas específicas para essas pessoas.

"As políticas existentes no país são anêmicas", disse Pastore, durante palestra organizada no dia 10 deste mês pelo Ano Internacional do Voluntário, a fim de discutir a participação dos deficientes no mercado de trabalho.

Pastore defende a existência de redes interligadas que ofereçam desde reabilitação até serviços de qualificação profissional. O ideal, porém, seria a existência de ações públicas, comunitárias e privadas voltadas a essa população, que chega a 16 milhões de pessoas.

A mão-de-obra dos voluntários, disse Pastore, poderia dar suporte às instituições que compõem essas redes. A maioria não tem funcionários em quantidade suficiente, e muitos serviços acabam sendo interrompidos.

No país, há política de cotas para deficientes físicos. Empresas têm de reservar um percentual de contratações, que varia segundo o número de empregados. O problema é que o baixo nível educacional os deixa fora do mercado.

"Não podemos garantir o sucesso de todos, mas temos que garantir que todos tenham oportunidade", disse Pastore.

Mesmo empresas que mantêm programas de contratações têm dificuldades para encontrar deficientes qualificados em número suficiente para cumprir a cota estabelecida pelo governo.

Antônio Jacinto Matias, vice-presidente-executivo do Itaú, onde trabalham 122 portadores de deficiência, disse que a experiência de empregá-los é bem sucedida. "O Brasil ainda não sabe lidar com a diversidade. A influência deles é muito positiva no ambiente de trabalho", afirmou.

(Folha de S.Paulo)

 

 
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