FGTS
e racionamento fazem o emprego em SP despencar
Em agosto, a
indústria paulista finalmente sentiu os efeitos do racionamento.
Em três meses, o nível de emprego foi do melhor para
o pior desempenho em cinco anos. Em maio de 2001, a variação
ficou em 0,36%, equivalente à criação de 5.848
postos de trabalho. Em agosto, a taxa caiu 0,80%, o que significou
a demissão de 12.930 trabalhadores. O resultado liquidou
o saldo de contratações dos últimos 12 meses.
É o pior resultado desde março de 1999, quando cerca
de 18 mil ocupações foram eliminadas.
Outra mudança
que também ajuda a puxar os números para baixo foi
os novos encargos no FGTS, impostos pelo governo: a partir de setembro,
a contribuição sobre a folha salarial subiu para 8,5%
e a multa rescisória, para 50%. Desse modo, quem podia demitir
em agosto, o fez.
A crise atingiu
todos os setores, exceto o de alimentação. Também
houve baixa demanda de mão de obra, o que, segundo a diretora
do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp,
Clarice Messer, teve maior impacto sobre o nível de emprego
do que a crise energética.
(Valor
Econômico)
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