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Dia 22.04.01

 

 

Nossos cérebros vão, mas voltam

Mesmo com a falta geral no mundo de mão de obra especializada, curiosamente o Brasil não sofre com a fuga de cérebros, como Índia, Colômbia e o continente africano. Na última década, mais de 80% dos cientistas brasileiros que obtiveram títulos de Philosophy Doctors (PhD) nos Estados Unidos retornaram ao País, a maior proporção entre as nações que regularmente mandam bolsistas para os maiores centros de pesquisa do mundo.

A receita para "segurar" os talentos no país é, segundo, José Fernando Perez, diretor-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), "oferecer projetos à altura do talento deles", com bons programas e centros de pesquisa.

Recentemente, o Ministério da Ciência e Tecnologia criou o programa de fundos setoriais, que aumentará o orçamento do órgão em R$ 700 milhões, dinheiro a ser destinado a vários centros de pesquisa. A Fapesp tem o programa de inovação tecnológica em pequenas empresas, que oferece até R$ 350 mil a jovens empresários.

No Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) determinou, há dois anos, o cumprimento de uma regra já existente de exigir do bolsista o ressarcimento do dinheiro investido se ele permanecer no exterior.

Foi feito um recadastramento e descobriu-se que menos de uma centena de pesquisadores tinha desistido de voltar ao Brasil. Hoje, todos nesse perfil já regularizaram a situação. A evasão de cérebros verificada pelo órgão gira em torno de 2,5%, um número considerado baixíssimo.

Um exemplo do bolsista vai-e-volta está no Banco Central: um jovem economista formado pela Pontíficia Universidade Católica do Rio. Ele fez o doutorado em economia monetária e fiscal na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, entre 1981 e 1985. Formado, atuou como executivo dos bancos Garantia e Salomon Brothers e depois foi trabalhar com o megainvestidor George Soros. Hoje, o ex-bolsista do CNPq Armínio Fraga Neto ocupa a poltrona da presidência do Banco Central do Brasil.

(O Estado de S.Paulo)

 

Leia mais:
- Nossos melhores cérebros preferem o Brasil
- Na volta, o trabalho com pesquisa de ponta
- Diáspora Intelectual
- Pelos talentos, Europa até facilita imigração

 

 
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