Na
prática, informais desfrutam de direitos trabalhistas
Os direitos
garantidos pela Consolidação de Leis Trabalhistas
aos empregados com carteira assinada são estendidos para
os informais. A análise é de Marcelo Côrtes
Neri, professor da Fundação Getúlio Vargas,
em coluna no jornal Valor.
O professor
afirma que o salário mínimo é uma referência
mais forte para os ilegais do que para os legalizados: 13,1% dos
informais recebem exatamente um salário mínimo, contra
5,3% dos trabalhadores formais.
Jornada de trabalho,
dia de pagamento e 13.º são outros pontos de influência
da legislação sobre os empregados informais.
Segundo Neri,
a diferença é que 92,3% os informais não pagam
obrigações fiscais ao governo. Isso se deve, em parte,
ao fato do empregado não perceber a ligação
entre a contribuição presente e os benefícios
futuros.
Desde 1989,
o número de vagas com carteira assinada caiu 21,6%, enquanto
o de informais aumentou 27,6%. Para Neri, da forma como foi concebido,
o aparato legal desincentiva a formalização do emprego.
(Valor)
|
|
|
Subir
|
|
|