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Dia 30.08.01

 

 

Emprego em SP é mais difícil, mas paga melhor

O racionamento vai interromper a tendência de alta do número de empregos com carteira assinada em São Paulo, segundo o secretário municipal de Trabalho, Márcio Pochmann.

Dados do Ministério do Trabalho indicam que há 30% mais empregos em 2001 do que no ano passado, mas Pochmann avisa que haverá um corte de 78 mil vagas nos próximos meses, por causa da crise energética e a retração de investimentos.

O secretário aponta ainda que o mercado de trabalho paulistano, por oferecer mais vagas no setor de serviços, tende a exigir mais qualificação que o resto do país. Mas isso é compensado pelo fato de pagar melhor: cerca de 56% das vagas criadas foram para pagar de um três salários mínimos, enquanto no país como um todo esse percentual chega a 70%.

(Gazeta Mercantil)

Leia mais:

Prefeitura tenta distribuir renda para amenizar crise

 

 
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Apagão reverte aumento do emprego na capital

O emprego com carteira assinada na capital está 30,2% maior, se forem comparados os números dos sete primeiros meses deste ano ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e julho, foram abertos 60,4 mil empregos formais em 2001, e 46,4 mil em 2000. O resultado paulistano representou 6,7% dos postos gerados no Brasil em 2000. Mas neste ano a participação é de 9,4%.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho foram usados numa pesquisa da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade divulgada ontem.

O secretário Márcio Pochmann, porém, acredita que esse aumento não permanecerá nos próximos cinco meses por causa da crise energética e a retração de investimentos. O secretário calcula que o racionamento cortou 78 mil vagas na cidade.

Para calcular a perda nos empregos do segundo semestre, Pochmann levou em conta o crescimento do PIB de 2% a 2,5%. O previsto antes da crise era de 4% a 4,5%.

'Se a desaceleração é ruim para o País como um todo, é pior para os grandes centros porque não há mecanismos de proteção social', diz Pochmann.

Na avaliação do economista, os novos postos criados no primeiro semestre foram de mão-de-obra especializada do setor de serviços, o que mais empregou nos sete meses (44,9%). Em seguida vem o comércio com 24,7%, a indústria com 16,2% e a construção civil com 12,7%. 'São empregos mais sofisticados como os das novas tecnologias, apoio de produção e design.'

Os dados relativos aos novos empregos mostram que o mercado de trabalho na capital é mais competitivo e exigente, mas paga melhor. A pesquisa mostra que, no período, 55,8% das novas vagas criadas paulistanas ganha de um a três salários mínimos. No Brasil esse percentual é de 70,2%. Tanto em São Paulo como no Brasil, a faixa etária que mais foi beneficiada pela expansão do emprego no primeiro semestre tem é a de 21 a 39 anos.

O mercado formal, também de acordo com o levantamento, empregou mais homens em todos os setores: 62,3% na indústria, 58,7% no comércio, 56,8% em serviços.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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Prefeitura tenta distribuir renda para amenizar crise

O secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade, Marcio Pochmann, disse ontem que há algumas medidas que a Prefeitura pode adotar para minimizar os efeitos da crise, apesar de a capacidade do município de gerar empregos ser pequena. A pasta tem um orçamento de R$ 68 milhões. O objetivo da secretaria é incentivar a criação de 100 mil postos de trabalho, com os programas sociais. Mesmo em um cenário de crise, no final do ano haveria um saldo de 22 mil vagas, segundo o secretário - a diferença entre os 100 mil e os 78 mil postos que a Prefeitura acredita que serão perdidos por conta da crise energética no segundo semestre.

Pochmann explica que não serão criados 100 mil postos, mas a Prefeitura atua quando oferece a bolsa a um jovem para ele estudar, que acaba sendo obrigado a deixar o emprego para receber o benefício. Nesse caso, abre a possibilidade de vaga para outra pessoa. O mesmo pode ocorrer com o impacto de medidas como o Banco do Povo, que ainda não está funcionando, mas que na prática pode gerar empregos, porque oferece crédito a pequenos empreendedores.

Atualmente, 12.388 pessoas recebem os benefícios municipais. Até setembro, a Prefeitura promete beneficiar 39.780. Os programas são o Renda Mínima, que paga em média R$ 177 por família; o Bolsa Trabalho, destinado a jovens, que recebem R$ 136; e o Começar de Novo, para pessoas com mais de 40 anos, as quais recebem R$ 176.

O secretário, no entanto, promete outras medidas até o fim do ano. 'Não tem sido uma característica das prefeituras dar ênfase no desenvolvimento local, mas é o que queremos fazer', diz. 'Nossa capacidade de gerar emprego é pequena, mas podemos distribuir a renda. Por isso, que as nossas iniciativas são nas regiões menos favorecidas.'

Pochmann promete fazer até o fim do ano um programa que visa ao redesenho da estrutura do município. Ele explica que dois terços do espaço geográfico da cidade serve de 'dormitório'. Oitenta e cinco porcento da produção (indústria e serviço) está no terço restante. 'Perde-se muito quando o trabalhador gasta de quatro a cinco horas da moradia para o local de trabalho', diz o secretário. 'Temos que ter uma ação para descentralizar a estrutura produtiva, promover e atrair novos investimentos em diversos locais.' Pochmann diz, no entanto, que para tomar tais medidas são necessárias mudanças na legislação e na infra-estrutura. Um dos exemplos é a lei de zoneamento.

Mudança
Outra constatação da secretaria foi a mudança na estrutura ocupacional nas duas últimas décadas. Enquanto houve uma redução de 13,1 pontos percentuais no total de ocupação nas indústrias de 1987 para 2000, o setor de serviços aumentou 12,8 pontos percentuais. Já o comércio, no mesmo período, teve um aumento de 0,4 ponto porcentual da ocupação, de 15,2% para 15,6%.

A pesquisa da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade, divulgada ontem, revelou também que em São Paulo, no ano passado, 73% dos postos de trabalho eram formais e o restante, 27%, informais. Não há dados comparativos deste ano.

(Gazeta Mercantil)

 

 
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