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segurança
05/07/2004
Governo cria campanha de devolução de armas

BRASÍLIA. A campanha do governo para incentivar a devolução de armas está praticamente pronta. Para ser lançada, o Ministério da Justiça espera apenas pela decisão sobre o valor da indenização e a garantia dos recursos no Orçamento que custeariam o programa. A coleta deve contar este ano com cerca de R$ 10 milhões para as indenizações. A campanha será centrada em cidades com altos índices de violência, como Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória e Salvador.

Rio
Para a organização não-governamental Viva Rio, que defende políticas de desarmamento, as estatísticas de violência do país mostram que cada vez mais cresce o número de vítimas de armas de fogo. E a campanha de entrega tem que vir o quanto antes.

"O governo deve estimular os estados e municípios na coleta das armas para evitar resistências locais", diz Rubem César Fernandes, coordenador do Viva Rio.

Segundo pesquisa feita pela ONG, com apoio do Small Arms Survey, da Universidade de Genebra, a taxa de mortes por arma de fogo no país quase triplicou nos últimos vinte anos. Em 1982 era de 7,2 mortes por 100 mil habitantes. Em 2001, já estava em 20,2 mortes. No Rio, a taxa em 1982 era de 19,2. Chegou a 58,1 em 1989 e veio caindo até 1996 (37,6). Nos dois anos seguintes, voltou a subir: 39,8 em 1997 e 42,1 em 1998. Em 1999, caiu para 41,6. Em 2001, chegou a 39,7. Apesar da queda, os indicadores do Rio ainda são elevados.

Embora o governo já tenha regulamentado o Estatuto do Desarmamento na semana passada, o Viva Rio continua preocupado com o funcionamento da lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dos pontos que são motivo de preocupação da ONG é o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), controlado pela Polícia Federal e que deve manter o cadastro de armas.

César argumenta que o sistema precisa funcionar bem para que as polícias possam ter efetivo controle. Para ele, o Sinarm depende de interação entre a PF, o Exército e as polícias estaduais.

"Os sistemas têm que se comunicar e só vão funcionar se a Polícia Civil registrar a ocorrência sobre uma arma e essa informação for imediatamente para o Sinarm (da PF)", diz César.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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