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Saúde
11/12/2003
Pesquisa avaliará impacto da Aids na vida e nos direitos de crianças

O Ministério da Saúde e o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) vão desencadear no ano que vem uma pesquisa com a finalidade de dimensionar o impacto da Aids sobre direitos básicos e a qualidade de vida de crianças e adolescentes nas cinco regiões do país.

Serão pesquisados de 1.500 a 2.000 doentes entre 0 e 18 anos e a mesma quantidade de crianças e adolescentes que, embora não estejam infectados, têm pais contaminados. Segundo estimativa do ministério, cerca de 7.000 pessoas de até 18 anos têm Aids no Brasil.

De autoria de um comitê científico integrado por quatro consultores contratados pelo Unicef, o projeto está em fase final de redação. Antes de vir a ser aplicado, será submetido à Conep (Comissão Nacional de Ética e Pesquisa), do Ministério da Saúde.

A metodologia da pesquisa prevê a aplicação de entrevistas com os pais -nos casos de crianças com até 4 anos- e com as próprias crianças e adolescentes das outras duas faixas etárias (de 5 a 11 e de 12 a 18 anos).

A informação é do médico Ivan França Júnior, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, membro do grupo responsável pelo projeto, que ontem participou em Santos (SP) da 1ª Conferência Órfãos da Aids.

Segundo França Júnior, serão considerados pela pesquisa apenas crianças ou adolescentes que têm conhecimento de que eles próprios ou os pais estão com Aids e cuja família aceite falar sobre o assunto.

O trabalho buscará apurar se a doença está gerando violação de um conjunto de direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente: à saúde, à educação, à convivência familiar e de não ser discriminado, entre outros.

Devido ao caráter "heterodoxo" da metodologia -que prevê inclusive o uso de atividades lúdicas durante as entrevistas-, os pesquisadores passarão por treinamento, segundo a psicóloga Elisabeth Franco, da ONG GIV e integrante do comitê científico. "Qualitativamente, vamos tentar avaliar o sentido que a criança atribui ao problema da Aids", afirmou.

Os resultados servirão de base para o Ministério da Saúde aferir se a rede de assistência às crianças e adolescentes cujas vidas são diretamente influenciadas pela Aids é adequada ou não, informou o médico Draurio Barreira, chefe da Unidade de Epidemiologia do Programa Nacional de Aids.

 


Fausto Siqueira,
da Agência Folha.

   
 
 
 

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