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urbanismo
22/03/2004
Mais da metade dos municípios brasileiros não apresenta saneamento básico

SÃO PAULO - Apenas 47% dos 5.507 municípios brasileiros possuem os quatro serviços básicos de saneamento: abastecimento de água, coleta de esgoto, drenagem urbana e coleta de lixo, sendo que este último é o que tem maior abrangência no país. Em 2000, eram coletadas 125 mil toneladas de lixo domiciliar no Brasil, uma quantidade expressiva. As informações estão no "Atlas de Saneamento", lançado nesta segunda-feira (Dia Mundial da Água) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Segundo a publicação, enquanto serviços de rede de água e de coleta de lixo estão presentes na maioria das cidades brasileiras, as redes sanitárias de esgoto estão "especialmente concentradas na região sudeste e nas áreas mais urbanizadas das demais regiões do País".

O "Atlas de Saneamento" revela, em mapas, a difusão espacial das redes de saneamento do território brasileiro e interpreta os dados a partir das bacias hidrográficas, unidades territoriais estratégicas de gestão ambiental, conforme determina a Lei Federal dos Recursos Hídricos. A publicação apresenta os resultados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000 (PNSB), que indica, por exemplo, a presença de redes de água, esgoto, serviços de coleta de lixo e limpeza urbana na maioria dos municípios brasileiros, e analisa sua distribuição pelas bacias hidrográficas, mostrando que o esgoto sanitário é uma das principais fontes de poluição dos mananciais.

De acordo com o Atlas, na grande maioria das bacias hidrográficas, o volume de esgoto coletado é bastante inferior ao volume de esgoto produzido pela população. No Sudeste, cerca de 95% é coletado. Nas bacias do Rio da Prata e do São Francisco, o segundo maior índice de coleta, este número já cai para 63%. Se pouco esgoto é coletado, menos ainda é tratado. Segundo a pesquisa, em 2000, menos de 50% do esgoto coletada recebia os tratamentos adequados.

Ao todo, em 2000, havia 116 municípios brasileiros (2% do total) sem abastecimentos da rede geral de água, a maioria situada nas regiões norte e nordeste. Os municípios que ão são abastecidos pela rede geral de água precisam de soluções alternativas, como chafarizes, poços particulares e caminhões-pipa.

Poluição
Um dos principais agentes poluidores dos mananciais é o esgoto sanitário. Atividades mineradoras também têm grande influência. Na bacia amazônica, por exemplo, a atividade mineradora é importante fonte poluidora, mas os mananciais também são afetados pela precariedade da rede de esgotamento sanitário na região, onde apenas 7% dos distritos-sede de municípios coletam e tratam o esgoto.

Saúde pública
O Atlas também mostra, por regiões, as doenças relacionadas à falta de esgoto sanitário. A hepatite A e a febre tifóide, assim como a maioria das diarréias, são doenças adquiridas pelo consumo de água contaminada por dejetos, ligadas, portanto, com a distribuição e o tratamento de água de abastecimento. A publicação apresenta número de mortes, proporcionais à faixa etária, causadas por esse tipo de doença.


As informações são do site Último Segundo.
   
 
 
 

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