Outra
paulistana que resolveu investir na região central
da cidade é a promoter Fernanda Barbosa. Juntamente
com o produtor Cacá Ribeiro, o empresário Marcus
Buaiz e o cantor Falcão, do Rappa, pretende ressuscitar
o antigo restaurante Paddock, situado à Av. São
Luís e transformá-lo em casa noturna.
“Escolhi o centro porque é a cara de São
Paulo. Já fiz vários eventos e nunca tive problemas.
Sem dúvida, é uma região promissora”.
A aposta da promoter e empresária está correta,
do ponto de vista da segurança, a Avenida São
Luiz aponta queda nos roubos.
Roubos Av. São Luís
2004
26 roubos
19 roubos transeunte
variação -4%
2005
25 roubos
15 roubos transeunte
variação -21%
Total entre 2004 e 2005
45 roubos
40 roubos transeunte
variação -11%
Camelôs
O delegado seccional do Centro, Mario Jordão, compartilha
da opinião do coronel Rodrigues e afirma que a redução
dos índices de criminalidade no Viaduto do Chá
e na Praça Ramos deve ser atribuída principalmente
às ações policiais para a retirada, por
exemplo, de ambulantes daquela região num trabalho
conjunto com a GCM. “Os flagrantes são feitos
diariamente, inclusive até mesmo dos chamados “chapinhas”,
que lesam o cidadão pouco avisado, aquele que aposta
dinheiro e acaba perdendo às vezes o pouco que tem,
se não identifica onde está a moeda sob uma
tampinha. Essa famosa lei de Gerson, onde o objetivo é
levar vantagem, é a permissividade indevida, gera espaço
à prática do primeiro roubo” e essa sensação
de que tudo é permitido no versátil centro paulistano
tem que ser combatida.
Um exemplo de ação policial que buscou, em
linhas gerais, a revitalização da região
central da cidade foi a Operação Cracolândia,
realizada entre os dias 18 e 27 de julho de 2005. Trabalharam
juntas nessa operação Polícia Civil,
Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e Subprefeitura
da Sé, a fim de reduzir a criminalidade, aumentar a
segurança, fechar estabelecimentos irregulares.
Avenida Higienópolis
Ainda na região central, porém com características
diferentes, a Avenida Higienópolis reúne um
centro comercial e residencial com fluxo elevado de pessoas
e também pode comemorar a queda da criminalidade nas
ruas do bairro de classe média alta.
Furtos |
2004 |
2005 |
Variação % |
Tel celular |
9 |
8 |
-11% |
Furto transeunte |
15 |
13 |
-13% |
Furto outros |
48 |
51 |
+ 3 casos |
Total de furtos |
72 |
72 |
0% |
|
|
|
|
Roubos |
2004 |
2005 |
Variação % |
Tel celular |
0 |
0 |
0 |
Roubo transeunte |
16 |
15 |
-6% |
Roubo outros |
3 |
5 |
+ 2 casos |
Total de roubos |
19 |
20 |
+ 1 caso |
A avenida Higienópolis, com policiamento sob a responsabilidade
da 2ª cia. do 7º batalhão, segue a mesma
linha do centro da cidade. Durante o horário comercial,
das 6h30 às 19h, esse policiamento é reforçado,
principalmente por causa do movimento do shopping Pátio
Higienópolis.
A área também possui o apoio da base comunitária
de segurança, localizada na rua Major Sertório,
com o apoio do Rotary local. E além do policiamento
ostensivo de rotina há PMs em bicicletas, uma modalidade
implantada desde março deste ano, com variação
de seis a dez policiais, além de uma viatura que fica
no apoio às bicicletas.
Operações conjuntas
Há na região um policiamento ostensivo constante,
operações conjuntas com a polícia militar.
Uma vez a cada 10 dias são feitas reuniões com
as duas polícias, onde são analisados os índices
de criminalidade para ver em que área irão atuar
de forma mais intensa. No ano de 2004 foram realizadas 36
operações conjuntas, entre a polícia
militar e a polícia civil. Só neste ano, até
o mês de julho, foram realizadas 21 operações.
Na opinião das polícias o policiamento conjunto
é o ideal.
CONSEG – Conselho Comunitário de Segurança
Outra medida adotada é a realização de
reuniões entre a Polícia, os Consegs (Conselhos
Comunitários de Segurança), escolas e empresas,
nas quais busca-se identificar de que forma podem todos contribuir
para ampliar a segurança na região. Graças
à participação da população,
que colabora diretamente transmitindo informações
e denunciando irregularidades, a polícia tem conseguido
melhorar o trabalho desenvolvido na área.
Segundo Fuad Salum, presidente do Conseg de Santa Cecília,a
integração da comunidade com a polícia
é a chave do sucesso na redução da criminalidade.
“Conhecemos bem os policiais da área e temos
contato com eles todo momento. Desta maneira, podemos indicar
onde estão os problemas, para que eles possam atuar.
Os Consegs não têm o poder que a polícia
tem, então fica difícil fazermos alguma coisa
sozinhos. Com a ajuda policial, nossa voz e nosso poder se
multiplicam. Acredito que para a polícia também
é interessante essa integração, pois
nós indicamos os locais onde mais ocorrem infrações”,
explica.
Dois exemplo: “ meses atrás, estavam ocorrendo
alguns roubos na área do Colégio Rio Branco,
contra alunos e pessoas que iam ao shopping. “O Conseg
comunicou o fato à polícia militar e isso já
não ocorre mais”. Também foi graças
ao aviso do Conseg, que a PM aumentou seu efetivo na quadra
do Hospital Samaritano, uma área que apresentava problemas.
Outra iniciativa implementada pelo Conseg foi o projeto “Conheça
o seu vizinho”, que faz com que as pessoas conheçam
umas às outras e avisem sobre possíveis problemas.
Além disso, a polícia militar, tirou das ruas
os vendedores ambulantes, pois poderiam servir como possíveis
informantes de bandidos. Na opinião de Salum, o policiamento
comunitário, desempenhado pela polícia militar
com o apoio da comunidade (aqui se inclui o Conseg) é
o mais eficaz no combate à criminalidade. “Através
dele conseguimos buscar a ordem e o progresso, estampados
na bandeira brasileira. A ordem significa a segurança
pública e o progresso a sociedade civil organizada”,
finaliza Fuad.
As informações são
da Secretária de Segurança do Município
de São Paulo.
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