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Empregada também é trabalhadora?

Perfeito seu artigo na Folha sobre empregadas domésticas. Conciso e problema solucionado!
Nilton Mazarin - imposto-de-renda@uol.com.br

“Como são perigosas generalizações como as suas. Você diz que “ter empregada em casa é um luxo, acessível a gente muito rica, aliás, riquíssima” e que “o trabalho da empregada confunde-se com o de uma escrava”. Digo-lhe que sou da classe média e tive várias empregadas, que hoje são minhas amigas. Ainda tenho uma empregada, hoje diarista, que se aposentou em minha casa. Ela possui casa própria, tem todos os confortos modernos e vive feliz. Esta amiga, mais que empregada, possui chave de minha residência, à qual sempre teve acesso como pessoa da família.”
Eduardo de Paula, Belo Horizonte (MG) - edepaula@gmail.com

“Tudo bem. Concordo que há certa discriminação. Por outro lado, não se pode esquecer que, ao contrário dos demais trabalhadores, sem exceção, o trabalho da(o) doméstica(o) não gera lucro para os patrões. Qualquer outro contrato de trabalho, qualquer que seja o cargo ocupado e a função exercida pelo trabalhador, tem por escopo a prestação de serviços que gerará resultados financeiros em benefício do empregador. O doméstico recebe alimentação gratuita, à vontade e fartamente, com a mesma qualidade da da família onde trabalha, sem precisar se deslocar para restaurantes, ao contrário de outro trabalhador. Quem o senhor conhece que, de fato, desconta alimentação e transporte do doméstico? Eu não conheço ninguém. Em alguns casos, por necessidade própria, o empregado doméstico mora na própria residência onde trabalha: quem o senhor conhece que desconta moradia? Férias e 13º são direitos já garantidos.

Maria Celina Canto Álvares Corrêa, Curitiba (PR) - dudu@netpar.com.br

"Eu morei alguns anos nos Estados Unidos e você está coberto de razão: algumas empregadas podem não ter horário para dormir, mas isso não é culpa do patrão. Os órgãos públicos, em todas as instâncias, estão inchados de cargos comissionados sem férias, sem décimo terceiro, sem fundo de garantia, sem ticket refeição, sem vale-transporte, sem qualquer tipo de registro. Em que categoria se enquadram esses trabalhadores? Por que os governos não se obrigam a fazer o que exigem da iniciativa privada? O governo quer é arrecadar à conta de nosotros, os schleppers - simples assim."
Maria Cristina Vondrak - maria.cristina@bci.com.br

"Tenho uma empregada e uma babá - ambas são registradas e apesar de não ser lei, recolho 8% do salário a título de FGTS. Porém, para minha infelicidade, nenhuma das duas reconhece isto como uma “vantagem adicional” ou “salário diferenciado”. Acham que não estou fazendo mais do que a minha obrigação. Agora entra a minha pergunta: o que adianta você dar tantas vantagens ou condições melhores de trabalho se as pessoas (empregadas domésticas) não conseguem ver o todo? A classe doméstica poderá ganhar este direito, mas não mudará em nada o comportamento com os patrões. Vejo que a mudança tem que ser das duas partes."
Margarete Ludovico

O Brasil ainda peca pela mentalidade assistencialista (que vem de cima para baixo) e se esquece da justiça, na maioria das vezes. As pessoas estão bem mais esclarecidas, sabem "buscar seus direitos" (que na maioria das vezes são forjados) e esquecem-se principalmente que "direitos e obrigações andam lado a lado" . O certo seria a publicação de uma contra-partida: terá férias, salário família etc, aas terá que bater ponto, receberás advertência, descontos em folha com salário, transporte etc.
Landlord - nicifamily@veryspeedy.net


“Gilberto Dimenstein em seu texto sobre empregadas domésticas parece não se preocupar com a renda média das famílias brasileiras, muito menos com a ausência de creches, nem com a ausência de lavanderias noturnas (sem falar na segurança), nem com o alto custo da alimentação fora de casa nos grandes centros, nem com a criação de novos encargos para uma classe média que tanto paga e muito menos, mas muito menos mesmo, com o possível desemprego das empregadas atuais. Desculpe-me Gilberto Dimenstein, mas seu texto é repleto de clichês, de obviedades sem compromisso e cheio de bobagens. Sugiro que no próximo texto você aponte as soluções necessárias para os problemas acima.”
Marcelocontroladoria@hotec.com.br

“Visão simplista, meu caro. Vamos ver onde estas pessoas que ficarão desempregadas irão trabalhar e qual a inserção que terão no mercado. Civilidade, antes de tudo, é permitir às pessoas a possibilidade de trabalho, e não a do desemprego. Mas como no papel cabe tudo, vamos nessa.”
Eduardo Ribeiro - eduaribeiro@gmail.com

“Como sempre, a sua coluna, Gilberto Dimenstein, está bem argumentada e levanta um assunto pertinente, porém caberia um esclarecimento sobre a quais "padrões civilizados" ela se refere na hora de comparar a nossa realidade. Que padrão civilizado é esse? Quem emprega as Domésticas aqui, na sua grande maioria é gente bem intencionada; são famílias, gente correta, e o faz legalmente. Ao ficarem desempregadas, muitas domésticas, por falta de opção, podem acabar engrossando as fileiras dos que tentam a vida clandestinamente nos Estados Unidos e na Europa. Sem ofensa, mas "menos civilizado" pode ser talvez o padrão dos nossos serviços públicos, a nossa polícia, nossos políticos, nossos impostos, nosso governo. A situação do trabalhador pouco qualificado não é de "padrão civilizado" em lugar algum. Aliás é oportuno você levantar esse assunto, afinal é saudável discutirmos os nossos costumes.”
Sérgio Murilo Monteiro - Rio de Janeiro (RJ) - smmonteiro60@yahoo.com.br

“Gostei de ler seu artigo, como sempre. É uma pena que ainda tenhamos que defender condições sociais mínimas e tão óbvias, como é o caso dos direitos das trabalhadoras domésticas. Aliás, o termo "empregada", por si só, já soa, em minha opinião, como sinônimo de "escrava". Parece que vejo certos patrões, que devem ser os mesmos que defendem a continuidade da exploração social, dizendo: "minha empregada, meu empregado". A exemplo do que você sugeriu, concordo que os direitos sejam ampliados a ponto de deixarmos de ter "empregados e/ou escravos". Talvez pela falta de capacidade, os direitos iguais representem constante ameaça ao domínio que estes indivíduos desejam continuar exercendo.”
Marco Antônio Gehlen - magehlen@hotmail.com

 
 
 

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