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A herança de Isabella

”Sobre seu artigo do caso da menina, gostaria de dizer que concordo plenamente com sua opinião. Só gostaria de acrescentar que além de ser classe média, ela era branca. No Brasil a aparência ainda é tudo. Somos um país extremamente racista. Pior para o Brasil.”
Francisco Lemos - lemosfl@hotmail.com



“Eu, como a maioria dos brasileiros, estou chocada com o caso de Isabella Nardoni. Não bastasse o horror do caso em si, a crueldade em torno dele e dos envolvidos... Particularmente, acredito na inocência do pai e de sua esposa. Acho que os desencontros nos depoimentos dos dois são perfeitamente aceitáveis num momento de dor e desespero: precisar os minutos? Descrever uma cena tão trágica? Os detalhes dela podem não ser tão claros, devido à emoção que se experimenta. Rezo para que tenham força para passar por essa provação e que a verdade venha a ser revelada, em breve. Me parece que tem havido um interesse da imprensa e também de algumas autoridades em decretar a culpa do casal, seguindo o caminho mais óbvio e talvez, o mais rápido. Nós já assistimos isso antes, em outros casos. Sem antecedentes criminais, pais como são, já teriam cedido à pressão e confessado seus crimes. Eu quero lhes pedir, por favor, que dêem uma trégua a essa família, ao menos para que possam viver a dor do luto, a saudade e que tenham como explicar para os filhos pequenos que a vida deles continua... seus pais também foram um pouco mortos nesta tragédia, não vejo pra eles o mesmo futuro, o mesmo vigor, a expectativa é pequena diante da avalanche de acusações e tormentos, mas os pequenos, esses sim, terão que ser fortes para enfrentar o que vem pela frente. Tenhamos um pouco de compaixão.”
Daniela Cais Chieppe - danycais@msn.com


”Concordo plenamente, este caso realmente fez nos revoltar, nos transformar em investigadores, advogados e principalmente nos sentirmos pais dela, não no sentido de ter a covardia que eles tiveram "talvez" de matá-la, mas sim de dar a ela os pais que ela com certeza merecia. Como tenho uma filha de 4 anos, sofro muito desde que isto aconteceu e tenho vontade de fazer o tempo voltar para de alguma forma salvá-la e poupá-la de tudo que sofreu.

Minha filha ontem vendo o jornal perguntou: Mamãe, que dó desta menininha, os pais dela não amavam esta criança?- mas eles tinham que amá-la como você e o papai me amam, porque ela mereceu isto mãe?- e eu fiquei sem saber o que dizer, apenas disse que infelizmente nem todas as crianças tem pais que ao invés de matar, se submeteriam a morrer para protegê-la, assim como eu e o pai dela somo capazes de fazer, e para deixá-la com plena confiança que jamais faríamos isto com ela, a abracei muito firme e disse que ela jamais deve se preocupar com isto porque nós a amamos muito. Mas, percebe que o intuito da pergunta dela era realmente ouvir isto?- até mesmo crianças param para refletir sobre as ações delas próprias para imaginar o que ela teria feito para merecer, e principalmente saber disto para que não cometa o mesmo erro e acabe sendo "merecedora" de tal castigo... eu só peço a Deus que quando seja decretado o culpado (s) que esta angústia passe, pois é impossível entrar na internet todos os dias ou assistir tv, sem procurar saber se já chegaram a conclusão que todos nós tememos saber, mas temos sede disto para quem sabe deixá-la descansa em paz, que é tudo que ela merecia em vida e agora mais do que nunca depois de tanta covardia e brutalidade com um anjo que poderia ser tudo que quisesse, que tinha tanta vida pela frente e tanta alegria para viver e oferecer com certeza aos que a conheciam. É... não dá para entender isto, jamais... apenas rezar para que a justiça divina caia sobre os reais culpados que vai desde quem a deixou sozinha e quem teve a falta de humanidade de fazer o que indignou todos nós.”
Raquel Oliveira - Raquel.OLIVEIRA@ferrero.com



“Observo que toda mudança, sejam elas alterações em leis ou criação das mesmas, só se dá quando a classe média ou alta é atingida. A classe pobre "não pode" ser ouvida porque não causa impacto e é "feia", para os nossos dirigentes. À eles interessam apenas votos, por isso é muito importante que o pobre "não pense", assim seu senso crítico não aguça. Essa é uma realidade horrorosa e deprimente.”
Celia Maria de Lima Martins - celia@iqsc.usp.br



“Tenho dúvidas se o impacto da morte de Isabella pode mesmo ser considerado um "despertar" para a questão da violência contra a criança. Essa violência está diante de nossos olhos todos os dias, sejamos nós da classe média ou não. Está nas esquinas, representada por mulheres que usam crianças para pedir esmolas. Está já há muito tempo nas casas de classe média, representada ou pela situação de violência vivida pela própria família ou pela situação de violência vivida pelas famílias dos empregados domésticos. Tenho dúvidas se esse choro nacional por Isabella não é aquele choro de cinema, quando nossos problemas nos fazem chorar por qualquer cena emotiva que apareça na tela. Se fosse um choro de "despertar", já não estariam todos chorando quando morreu de desidratação a primeira criança com dengue na fila de um hospital público? Será que toda essa emoção leva a ações transformadoras? Tenho dúvidas.”
Mônica - monicaf@moderna.com.br



“Gostei muito da colocação de Gilberto Dimenstein, mas seria justo que ele comentasse que infelizmente a bandeira levantada pela morte de Isabella é acobertada pela falta de profissionalismo das emissoras, que preferem massacrar o telespectador com as mesmas notícias invés de elaborar documentários, matérias jornalísticas sobre essa violência infantil, covarde e desumana, em uma campanha a favor do fim da violência (pelo menos a infantil).”
Sissi - sissif@usp.br



“O país inteiro está comovido com o caso de Isabella, uma criança cheia de luz. Vocês da imprensa não podem, não devem , deixar impune quem seja o culpado ou culpados. Se os acusados forem inocentados pedimos mil desculpas e perdão pelo ocorrido, mas ao contrário devem sofrer as conseqüências da lei por este crime bárbaro e a família que sabe de toda a verdade.”
canabravareserva@uol.com.br




”Por maior que seja o barulho feito por este caso, este gigante dorme em berço esplêndido, o máximo que pode ocorrer é ele virar pro outro lado e continuar a dormir...Coitadas das Isabellas...”
Gilberto Pepino -gpepino@gmail.com



“Você termina com: “O problema é que esse tipo de caso tem que ocorrer na classe média para que a nação acorde.” Você acredita que a nação vá acordar? A violência não é desequilíbrio? Olha o menino do RJ que foi arrastado, a meninha que foi joga numa lagoa em MG. Depois desses casos que chocaram o país acordou? Os Senhores Legisladores mudaram as leis? As velhas brechas advocatícias, que liberam antes do tempo um assassino por " bom comportamento" ou nem os prende. Acho que não será dessa vez que o país irá acordar.”
Elza Colella - ebcolella@yahoo.com.br



“Li atentamente a recém publicada coluna em referência ao caso Isabella e como bom leitor de jornal e estudante de jornalismo que sou, me vejo obrigado a questionar o posicionamento em relação ao exposto “O que estou focando é o fato de que a morte trouxe luz a esse problema, até agora com pouca repercussão porque é mais comum entre famílias pobres e desestruturadas, vítimas de desequilíbrios emocionais extremos.”

Tenho acompanhado muito mais casos de violência praticada aos filhos por pais de classe média e média alta do que nas classes menos favorecidas da sociedade. Trabalhei por dois anos em um hospital público, no setor de Pediatria Clínica de uma das regiões mais carentes da Grande São Paulo e posso afirmar (mesmo porque eu era a fonte geradora de estatísticas médicas do setor) que durante a minha estada no hospital, pude receber apenas um ou dois casos de violência infantil.

No entanto, dentre os mais abastados, podemos notar um outro tipo de violência praticada pelos pais que embora estruturados financeiramente, são complemente desestruturados emocionalmente.

Não sei se é pertinente, mas não se vêem notícias, nem pensatas a respeito da quantidade de crianças que crescem longe dos pais que trabalham insistentemente para ganhar dinheiro enquanto os filhos acumulam traumas, carências e se tornam adolescentes mais revoltados, menos compreensivos e mais dispostos a atos extremistas. Tornam-se assim, adultos problemáticos, muitas vezes sem perspectivas de crescimento e desmotivados em vários aspectos da vida. Esse tipo de desrespeito é muito mais comum entre os jovens de classe média alta do que nas famílias pobres. Recentemente tive a tristeza de ter um amigo que se suicidou e em sua carta ele se referia a indiferença dos pais como violência que ele preferia que sofresse no corpo a na alma...

Onde estão os meios de comunicação nesse momento? Onde estão as estatísticas a respeito do que acontece com as elites brasileiras, ou porventura desgraças são exclusividade dos pobres, vítimas do preconceito social que generaliza a opinião e faz o restante da sociedade engoli-la como verdade absoluta? Então acho que dizer que algo é mais comum entre os pobres é um pouco taxativo, sendo que existe tanta coisa a ser apurada na podridão da classe média tão sofrida...

Existe muito mais amor e compreensão no seio das famílias pobres desse país do que na grande maioria das famílias de classe média. No entanto, o que vemos é o retrato de uma mídia elitizada que prega que os pobres são sempre ruins e a classe média, vítima dos impostos, da violência urbana, etc, etc. Onde está a famosa função social do jornalismo?”
Cléber Santiago - Cleber.Santiago@sgs.com

“Incrível mesmo é a teoria dos pais, sobre um tal Yuri que invadiu o condomínio, não foi visto por ninguém, escolhe um apartamento do sexto andar, ataca uma criança que dormia, como único objetivo, e nenhum vizinho ouve nada e some do condomínio de maneira mágica.”
Ubiratã Caldeira -ucaldeira@uol.com.br


“A cada dia que passa, fico mais perplexa diante dos fatos apresentados nos jornais e TV. O casal Nardoni se inocentou o tempo todo, mas quem prestou muita atenção fica se perguntando: Todo o trabalho da polícia foi uma grande mentira? Que a verdade venha a tona bem depressa.”
Elis Elisete - elis7delgado@gmail.com


“Acredito que a maioria dos pais não sabe que gritar, chamar de teimoso e bater (mesmo de tapinha) é humilhante. Independente da classe social os pais têm preguiça de cuidar dos filhos. Sempre trabalhei muito, mesmo agora na 3ª idade, sou mãe e avó bem sucedida, sem tapas, gritos e pressões. Isabella mora ao lado é uma mensagem muito oportuna, desde que destaque aí os ricos (advogados, médicos, engenheiros, os Nardonis da vida).”
Maria Helena - maria.maria@uol.com.br


“Vejo que este assunto do assassinato da pequena Isabella já passou dos limites, pois através de qualquer mídia, só temos este assunto. Foi um crime horrível, mas aonde termina uma simples cobertura jornalística e começa um circo? Vejo que esta na hora da própria mídia começar o recuo da exposição deste caso para o próprio bem dos envolvidos.”
Eduardo Ruiz - edusruiz@uol.com.br

“Concordo, Isabellas moram ao lado. O que falta é uma mudança na sociedade como um todo. É dever da escola defender a criança. A professora notou que Isabella de 15 em 15 dias voltava com marcas no corpo. Esse caso estampa não somente o descaso com a criança mas o descaso com o outro. O Brasil é isso, infelizmente.”
Marcela - marcelasr@gmail.com

“Não entendi até agora porque tanta comoção. Isso acontece todos os dias do nosso lado e não vejo tamanho carnaval.”
Mari - marli751@itelefonica.com.br


“Curioso que tais pesquisas se limitem às periferias, quando sabemos que "estrutura psicológica" não depende de raça, classe social ou credo religioso. Tal pesquisa deveria apontar para um só caminho: a imperiosa necessidade de que em cada escola haja um psicólogo trabalhando para poder identificar quais crianças estão sofrendo abusos (por vezes unicamente psicológicos) de seus pais ou familiares.”
Maria de Souza - mariadsouza@terra.com.br


“Parabéns pelo texto "Isabella mora ao lado". Só não concordo muito com esse trecho: "A criança vira a depositária do estresse da pobreza combinada com o desequilíbrio emocional de adultos --e, claro, é vítima da ignorância" O caso Isabela é um exemplo. A violência ocorre em classe média e alta também.”
Leonardo Maranhão, Olinda (PE) - leonpesso@hotmail.com

“Andei lendo a sua coluna e achei particularmente interessante ressaltar a violência doméstica nas crianças. O caso Isabella está mais que uma novela. Qualquer hora do dia que se liga a TV lá está a reportagem, o que a meu ver já se tornou uma falta de respeito, principalmente para a mãe que não vê outra coisa na mídia. Acho importante mostrar o que as crianças não só de 5 anos sofrem.”
Débora Nazari - debora_nazari@hotmail.com


“Acabo de ler o artigo intitulado "Isabella mora ao lado", assinado pelo Sr. Dimenstein e não pude deixar de enviar estas linhas para manifestar, da forma mais respeitosa possível, o mal estar que me provocaram. Minha intuição cívica me aconselha a não aderir à colera de massa que prescinde do Estado de Direito para entregar-se às vicissitudes da barbárie. Assim sendo, permito expressar meu estranhamento, mantendo-me, sempre, aberta ao dialogo e a possibilidade de reconhece meus limites críticos e analíticos.”
Maria Claudia Galera - claudiagalera@hotmail.com

“Nossa imprensa capitalista está dando notícia 24 horas sobre o caso. Os grandes psicanalistas tais como: Lacan e Freud atestam claramente a fragmentação gradativa do conceito de família, em conseqüência de um modelo econômico baseado na avareza.”
Newton Cintra da Rocha Pereira - newtoncintra@oi.com.br


“Puuuta texto da hora. Parabéns Sr. Dimenstein. Coloca o som do "Brasil Mostra a sua Cara" no fundo e você vai se emocionar.”
Porfírio Sperandio - mattsperandio@yahoo.com

 
 
 

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