HOME | NOTÍCIAS  | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS
 


PARTICIPE
Envie sua opinião

LEIA A REPERCUSSÃO DA coluna

"Tropa de Elite" deveria ser obrigatório nas escolas

“Concordo plenamente. Quando assisti o magnífico filme "Cidade de Deus" tive idêntica reação. Pensei que deveria ser visto pelos alunos. Comecei uma campanha na escola onde estudavam meus filhos. Foi dessa forma que surgiram muitas atividades, projetos e programas conjuntos. Leandro Firmino, Douglas, Renato, enfim, todos, junto ao coordenador da ONG, Luiz Nascimento, criada posteriormente para orientar jovens de todos os segmentos sociais, passaram a ser parte de nossa família, vida e parcerias. Ainda são e nos orgulhamos disso. Todos, os nascidos em Cidade de Deus e todos nós, nascidos em tantos outros paises, mais com idêntica falta de eqüidade social.

Logo foi estendido esse trabalho a outras escolas. Conseguimos uma ação concreta por meio do programa Juntando Gente. Com sucesso, comprovamos que somos uma humanidade só, mas, por ignorância, tememos o desconhecido. Quando cada um de nós consegue olhar esse outro como um semelhante, tudo muda para todos.

Já não tenho mais filhos em escolas, porém concordo e faria qualquer coisa para que este filme também seja um agente transformador como foi " Cidade de Deus", especialmente se participam seus protagonistas reais, a comunidade que representam.”
Oriana Jara Maculet

“Claro que tu queres dizer que o filme “Tropa de Elite” deve ser obrigatório nas escolas após seu lançamento em DVD, e não agora que está apenas nos cinemas, né? Pois é, todo mundo já viu, até nas escolas do meu bairro, porque alguém, algum aluno ou professor já levou pra sala. A pirataria faz parte do mesmo crime. Não acho que o consumidor de droga deva ser o único penalizado, os interesses e o governo que proibiu o uso sim, faça isto com o álcool, por exemplo. Proíba e veremos onde vamos parar.”
irionn@pop.com.br

”Quanto mais eu leio a coluna do Dimenstein menos evolucionado fico. Explico: como é possível que alguém que tem a oportunidade de expressar sua opinião a um público tão seleto fale tanta banalidade, como o artigo da “Tropa de Elite”? Ou é porque os leitores gostam de sadomasoquismo ou os redatores acham que o senhor Gilberto tem uma visão moderna. Ou, ainda, é porque não tem mais nada sobre o que filosofar, já esta cansado fazendo sempre a mesma coisa. Realmente, não sei. Só acho um desperdício de espaço e tempo em colocar essas bobagens focadas em uma visão cega.”
Miguel – miguelogg@sanepar.com.br

“Acompanho seu trabalho e em geral sintonizo com suas idéias. Porém, dessa vez escrevo para discordar. Para uma criança e adolescente que assiste ao filme, acredito que as cenas de violência se sobrepõem a qualquer moral que possa ser apreendida de forma construtiva. Além do mais, apontar o culpado é sempre parcial e inútil. A pergunta que não quer calar: o fim dessa guerra não seria alcançado com a liberação do comércio de drogas (como já acontece com o cigarro, o álcool e diversas outras substâncias)? Não seria mais pertinente ensinar nas escolas que todo o dinheiro que vai para o sustento dessa chacina diária deixa de ir para a educação pelo simples fato de que esse é um comércio proibido?
Maria Augusta Baptista, Curitiba (PR) – gutabap@gmail.com

“Dimenstein, tu escreves como poucos no Brasil, com lucidez, imparcialidade e espírito cívico. Longe de corporativismos, tu visas o bem comum, atribuindo responsabilidade e protagonismo a todos. A tua indicação para o “Tropa de Elite” levará muita gente a prestar atenção no que se pretende com esse filme. Esse é mesmo o modo de construirmos um Brasil sólido e autentico.”
Saad Zogheib – saadzogheibsobrinho@gmail.com

“Concordo plenamente com as palavras do Gilberto. No Brasil, a maioria esmagadora só lembra dos seus direitos individuais, mas as obrigações que tornam possível o exercício dos direitos coletivos estão cada vez mais sendo jogadas para escanteio.

Em todas as profissões pode-se perceber o descaso com a realidade que se encontra o país e o mundo. Diariamente vemos pelos noticiários tragédias, assassinatos, seqüestros, estupros, fraudes em licitações, crimes praticados por funcionários públicos e nada de concreto fazemos.

Cadê o Brasil unido, o Brasil cantante dos campos de futebol? Para a diversão somos unidos, em Copa do Mundo, então, nem se fale. Mas para lutarmos contra esse Congresso Nacional imundo não nos unimos para gritar.

Semana passada, durante a transmissão do jogo do Brasil e Equador, a Rede Globo precisou desligar os microfones em campo devido 70 mil torcedores gritarem a insatisfação com o narrador Galvão Bueno. Acredito que o Congresso Nacional, o governo federal, a classe política ocupante de cargos, não aguentaria semanalmente ou até mensalmente uma multidão de 70 mil eleitores gritando palavras de ordem, mas sem a patifaria dos estudantes e membros do MST usados como massa de manobra, um grito consciente em prol do país, não de uma ou outra entidade de classe ou partido político, pois somos uma nação, pelos menos ainda acredito que sim. Temos realmente que sair dessa “adolescência da cidadania”.
Samuel Santos Jr. – samuelsantosjr@uol.com.br

“Bravo! Enquanto as pessoas acharem que é diferente dar um ‘toco’ a um guarda de trânsito para evitar uma multa do que é feito por políticos inescrupulosos e anti-republicanos que se servem à farta do erário público, não chegaremos a lugar nenhum. São ambos corruptos, corruptores e assemelhados. Não existe meio termo! É como um imperativo kantiano: é porque é, e pronto, independente do montante em jogo.

E tem aqueles - por aqui ouço muito isso - que julgam as multas recebidas absurdas, que deveriam ser mais baratas etc. A minha pergunta é: cometeu a infração mesmo? Se não, recorra. Se sim, a multa ainda é muito barata...

Quanto às drogas - incluso o álcool e o tabaco - será que ainda demorará muito para a gestão desse problema de saúde pública sair das delegacias? Será que ainda se manterá essa hipocrisia sobre tema tão relevante? Enquanto o estado gasta milhões e milhões (sem qualquer receita inerente à operação) no combate às drogas ilícitas, gasta errado a verba que recebe (impostos) referente às lícitas: permite ainda a publicidade irresponsável de bebidas alcoólicas. E na juventude é onde mais encontramos vítimas desse endeusamento do álcool.

E quando aparece um que quer combater isso pululam os que se sentem "violados em sua liberdade". Só se for a liberdade de auferir lucros a destruir vidas... Estes loucos nãoo têm a menor noção do que é democracia...

Se eles querem ter essa liberdade, vá lá, mas que houvesse um fundo formado por imposto recolhido das vendas e das receitas das agências de publicidade para fazer frente ao prejuízo que causa à sociedade os embriagados ao volante. Aí vão dizer que eles não mandam ficar bêbados e que até pedem para beber com moderação... só que após mostrar o "baixinho garanhão" pegando todas com o consumo de determinada cerveja ou que qualquer ato de sucesso significa o consumo de cerveja... Como diria o "Garoto Prodígio": "Santa inocência, Batman!".

Talvez, sim, a formação de uma outra "tropa de elite", constituída de "cidadãos de elite", cônscios de seus deveres, éticos, morais e civis, devesse ser incorporada ao currículo escolar. Quem sabe se essa "tropa" não é capaz de enfrentar os problemas de nossoo tempo?
Leonardo Leão, Recife (PE) – leonardo@developtec.com.br

“Eu acho que “Tropa de Elite” mostra realmente a realidade brasileira. Deveria sim ir para escolas para ver se cria pelo menos um pouco de conscientização nos adolescentes e jovens de hoje em dia.”
Dayana – callcenter08@telelink.srv.br

“Como sempre, brilhantíssimo o artigo de sua autoria. Registro, apenas, que o senhor foi brando quando se referiu à omissão do brasileiro, em geral, no que diz respeito aos deveres.

Malfadada a nossa atual Constituição que engessou, mais do que propriamente as relações entre povo e Estado, a possibilidade de discutirmos mais profundamente todas as questões relativas à cidadania. Foi uma mãe generosa ao distribuir direitos, formalizando-os constitucionalmente, mas uma mãe negligente ao omitir a questão dos deveres, igualmente formalizando o espírito da omissão.

Em todos os lugares, em todas as situações, em todos os círculos o que mais vemos é a omissão institucionalizada.

O alcoolátra diz que é seu direito a liberdade de se embriagar. O toxicômano diz que é seu direito se entorpecer. Motorista de ônibus faz greve, dizendo que é um direito dele. Funcionário público faz greve, justificando ser-lhe um direito. Médicos fazem greve, justificando ser um direito. Motorista exige ser avisado sobre existência de radares, argumentando ser um direito. Todos, de alto a baixo, trombeteam seus direitos... Todos exercem seus direitos, mas ninguém cumpre com os deveres, sequer lembram que eles existem.

Não sou reacionário, sectário, extremista, xiita, autoritário. Simplesmente, sou alguém que aprendeu a cumprir com os deveres, para poder usufruir dos direitos gerados pelas obrigações cumpridas. Mas vejo que apenas uma minoria se comporta assim.

Repito, seu artigo é excelente! Um prazer de leitura! Mas, reiterando, o senhor foi brando. Muito brando, quando chamou a atenção sobre a questão da omissão, da negligência e pouco caso que o brasileiro, em geral, tem em relação aos deveres.

Seguirei o seu conselho e assistirei ao "Tropa de Elite". Nada melhor, à cidadania, do que constatar que em alguma situação as coisas funcionam. Mesmo que seja numa ficção.
Alexandre Carneiro – sacha@estadao.com.br

“Não assisti ao filme ‘Tropa de Elite’ (ainda), mas o argumento apresentado no artigo vem ao encontro com o quê, há algum tempo, demonstro aos meus amigos. O problema da droga não está centralizado no traficante. O tráfico só existe por que há alguém em algum lugar que quer e precisa da droga. Ora, quem consome o grosso da droga no Brasil? A classe média que tem uma renda mensal baixa ou a ‘grande pequena elite brasileira’ que frequentam as festas nos endereços da moda dos Jardins ou da zona sul?

Quem culparia um restaurante por que está com excesso de peso? O traficante apenas atende a uma demanda de seus consumidores. Não quero dizer aqui que eles estão isentos de culpa, de modo algum. Vender droga é ilicito, deve ser punido. Mas, deve ser também punido rigorasamente quem consome droga, quem cheira cocaina, quem fuma um ‘beck’ inocente. Não culpar um viciado pelo seu vicio é isentá-lo de sua responsabilidade perante o vício. Se quem vende comete um crime, quem compra comete o mesmo crime, até por que só haverá trafico enquanto houver consumo de droga.

Gilberto, continue pensando. Pensar é o motor para qualquer mudança.”
Fabio Richard de Lima – fabruz@globo.com

“Os cidadãos de bem que ainda acreditam em soluções para a situação drástica do Brasil deviam deixar o ciúme de lado e tratar o Padilha e seu filme como aliados. Nem os trogloditas que gritam todos os dias na TV, nem a imprensa em geral e nem os intelectualóides encastelados ou não em universidades elitistas conseguirão o que o filme conseguiu, comovendo e mobilizando a sociedade brasileira em torno do problema da violência urbana. O filme conseguiu realizar tamanho feito porque é destituído da preocupação ideológica de agradar patrulheiros de direita ou de esquerda."
Luiz Paulo Lirio de Araújo - revistalo@yahoo.com.br

“Acompanho seus trabalhos e textos e o tenho como um dos jornalistas mais lúcidos de nosso Brasil e gostaria de ver seus comentários acerca da crítica social severa que se vê no filme “Tropa de Elite”, pois tirando-se todo o exagero que se possa tirar e os erros que são típicos do cinema, mostra uma realidade preocupante. Tenho dito, sempre que posso, que o imobilismo da sociedade ante a tudo que está acontecendo (violência, corrupção, política, etc) é um triste reflexo (ou causador, se analisarmos de outra ótica) do que chamo de simples ‘apossamento’ do poder. Ou seja, nossas autoridades civis, públicas, eclesiásticas, militares e aqueles que detém liderança, abeberam-se do bônus do poder (andar com carro pago, ter vantagens e ainda carregar o título de chefe de alguma coisa ou simplesmente de Dr.), mas não assumem o ônus que este poder lhes incumbe (não gosto do estilo do Romário, mas sou obrigado a reconhecer que ele tem estilo e quando precisava resolver alguma coisa em campo, soltava o seu indefectível ‘peixe’, batia no peito e chamava a responsabilidade para si).

Isso faz falta e a sociedade perdeu a coragem de se indignar com isto tudo porque aqueles que deveriam dar exemplo (nossos senadores mais recentemente) não ousam assumir o ônus que a função lhe incumbe. Nesta linha de raciocínio, a pretexto da recente decisão do STF a favor da fidelidade partidária, vejo um mínimo avanço. Não necessariamente comecei a acreditar em filosofia partidária, mas há um pequeno resgate ao comprometimento inicial, que é o que se espera de todos que exercem funções de mando, pois o que se vê no filme comentado é exatamente, sob minha ótica - embora ficcional eu sei – é justamente a banalização deste poder, que deixou de ter ônus e só oferece bônus, sendo extremamente convidativo descambar-se para a desordem.

Se Tropa de Elite é apenas arte, dói constatar que ela esteja tão parecida com a realidade.”
José Julberto Meira Junior – julberto@marangehlen.adv.br

“Veja só o que você diz : "Assim como é obrigatório pensarmos que, no futuro, a droga não será um problema de polícia, mas apenas de saúde pública". Isso é um grande equívoco. Procure saber qual a principal razão de roubos e furtos. Você verá que em 95% dos casos a resposta é simples: comprar drogas. Aí o que faremos? O governo vai distribuir drogas para diminuir a criminalidade? Em relação ao sexo, a questão já está nesse nível, pois o aborto, segundo algumas pessoas, é um problema de saúde publica e não a gravidez não planejada. Partindo dessa premissa equivocada, o governo tem que distribuir camisinha e pílula. Se ambos falharem ele bancaria o aborto (esta é a proposta). Que país vamos construir desse jeito? Parece que alguns vieram ao mundo a lazer e outros a trabalho para bancar o prazer dos outros, seja no sexo, nas drogas.

O bandido que te assalta usa o dinheiro para comprar drogas, pode legalizar (ou desconsiderá-la crime) mas não adianta. Bandidos continuarão roubando para comprar, ou você já viu algum bandidinho bem vestido e morando bem? Só droga. Essa sua visão é uma visão de classe média que sempre pensa que o filho, o primo ou outro parente pode ser pego, ou então o ídolo que vai preso e vem com discursos pseudo-sociológicos para justificar o vício (tipo Lobão)

Vamos deixar de hipocrisia: ou se pune duramente todo usuário, ou vamos conviver com assaltos, roubos de celular e em alguns casos, latrocínio.”
Marcelo Cardoso da Silva, Uberlândia (MG) – marcelocards@yahoo.com.br

“Vamos ser honesto: ligar ‘Tropa de Elite’ com educação é no mínimo fazer uma cortina de fumaça para cobrir o verdadeiro culpado pelo estado da educação em São Paulo. Por que você não critica o governo Serra e o próprio PSDB pela educação em São Paulo? O PSDB colaborou para uma geração de desqualificados, pela péssima educação aqui em São Paulo.

Cadê a promessa do Serra de oferecer curso de inglês nas escolas públicas para qualificar o trabalhador e atrair os investimentos estrangeiros? Você deve ser menos parcial e deixar as instruções da Folha de S. Paulo e Rádio CBN.”
jgsvl@uol.com.br

"Você acha que esse filme deveria ser obrigatório em salas de aula para crianças e jovens das escolas brasileiras sabendo que no Brasil nunca se tentou educar de fato crianças e jovens? É por isso que o filme não consegue fugir do estigma de ser ‘fascista’.

Quer dizer: só através do contato com a dor e do sofrimento sádico vamos mudar? Sem nunca termos tentado educar pela cultura? A única mudança possível de educação que conheço vem através da arte e da cultura. Por isso que tantos brasileiros tentam ir para a Europa.”
Pery Souza – pery.1@hotmail.com

”A propósito do que você escreveu ("Assim como é obrigatório pensarmos que, no futuro, a droga não será um problema de polícia, mas apenas de saúde pública. Não sei se a repressão não acaba fazendo mais mal do que bem no combate ao vício."): vale lembrar que durante a Lei Seca, quem se tornou mais poderoso foram os criminosos, com o tráfico de bebidas. Descriminalizem as drogas e acaba a figura do traficante e do policial corrompido pelo mesmo. E aí se ganha o controle sobre quem consome: vendam cocaína nas farmácias...
Cesário Simões – csimoes@flug.com.br

“Concordo com sua opinião quando diz que culparmos ao outro é fácil. Mas dizer que o filme deveria ser passado em escolas é demais! Se num país como o nosso, onde jovens da elite ateiam fogo em pessoas dormindo na rua por pura fanfarronice e contando com a impunidade por conta de sua classe social, imaginem se contassem em suas formações com um filme de fato facista. Tropa de Elite surgiu da desilusão apavorada da elite que, ao parar em um farol, fecha o vidro frente ao problema social.

Basta ir a um cinema e ver na reação do público e em sua torcida pelo carrasco. E verá o potencial de glorificação da tortura e da brutalidade policial que está contido no filme. Nem Goebels teria pensado nisso. Parabéns.”
Luis Felipe C. A. Freitas – luisifiripi@yahoo.com.br

“Muito pertinente seu artigo. Claro e sensato como sempre. Parabéns. Como professora universitária, estou sim interessada em discutir Tropa de Elite com meus alunos. Entretanto, impedida de apresentar uma cópia pirata por motivos óbvios, vou aguardar até que cópias legais estejam no mercado, provavelmente em 2008.

Mas o que me leva a lhe escrever é o fechamento de seu artigo quando você fala na possibilidade de que a repressão ao consumo e suponho, também ao tráfico, sejam mais maléficos do que o próprio tráfico e consumo. Esta discussão me parece fundamental para o encaminhamento desse problema gravíssimo que está minando as bases de nossa sociedade, além de destruir tantas famílias, principalmente entre a população mais pobre das periferias de nossas cidades. O povo brasileiro não é violento conforme mostram as estatísticas. Ele está sendo levado a essa situação por causa da legislação esdrúxula no que se refere ao consumo e tráfico de drogas. Precisamos discutir essa questão. Será que o filme não poderia se constituir naquela ‘gota’ que faz entornar o copo há tanto tempo cheio?!
Lúcia Rangel – jwlucia@uol.com.br

”Esse é um bom filme para ser debatido não só nas escolas, como também nas faculdades, lugar onde os alunos desenvolvem, em tese, sua análise crítica sobre os fatos que ocorrem. O que o filme mostra é um retrato do nosso país que está difícil de ser mudado, principalmente quando o exemplo de mudança não vem de onde deveria vir. Afinal de contas, não adianta esconder a realidade brasileira. Os problemas brasileiros não serão resolvidos somente com boas intenções. Ações efetivas precisam ser feitas para que a sociedade não venha ficar desestimulada com tudo de ruim que está acontecendo no nosso meio. É um filme para fazermos pensar e refletir bem. Uma ótima pedida para que tenhamos a nítida impressão de que esse país precisa urgentemente de mudanças e, diria, drásticas.”
José de Paula Araújo – josepaulaaraujo@ig.com.br

”Também pensava assim quando assisti em 2000 ao documentário "Noticias de uma Guerra Particular", de João Moreira Salles. Depois que fui trabalhar com educação, concluí que a visão analítica de alguém que foi educado nos anos 70 lendo Sartre, Camus, Bourdieu, é muito diferente do que a gente encontra hoje nas escolas particulares e públicas do Brasil.

Antes, as questões sociais eram uma cruzada romântica contra as injustiças dos opressores. Atualmente, tudo isso soa antigo, diante de uma infância e uma juventude sem ‘ideologias nobres’, que é doutrinada pelo consumo imediato de marcas e padrões estéticos reificados por celebridades instantâneas e vê nisso seus valores mais importantes. Recentemente um personagem de novela, que era assassino sanguinário, gozava da simpatia e admiração de seus espectadores apenas por parecer ser sexy e ter nas mãos uma ‘Desert Eagle’ cromada. Quem pode garantir que meninas e meninos de 14 anos vêem no Wagner Moura Olavinho o capitão da Tropa?”
Gilson Rosa – gilsonrosa@hotmail.com

 
 
 

MAIS OPINIÕEs:
08/10/2007
Rolex de Huck dá lição de jornalismo
02/10/2007 Receita infalível para virar incompetente
25/09/2007
Como emprestar dinheiro ao diabo
19/09/2007
Mapa das bicicletas
17/09/2007 Quem vai salvar São Paulo?
10/09/2007
Qual a maior estupidez brasileira?
04/09/2007
A invensão do Morro do Piolho
28/08/2007
A melhor bolsa de Lula
21/08/2007
Escola de medíocres
20/08/2007
A revolta dos medíocres
Outros comentários