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 Dia 02.10.02

     

 

Leia repercussão da coluna: Ninguém vai poder reclamar de que não sabia

Falar na utopia não significa a crença num "salvador da pátria". Ao contrário, este pressupõe um ser superior, iluminado, que "desce" da sua grandeza até nós. Sentia essa histeria em Tancredo morto, produto entregue às massas às pressas como nosso "Dom Sebastião", arrancado de nós.

Falar na utopia pode ser afastar-se dos números, da maneira tida como racional de se buscar soluções. Parodiando a Veja da semana passada, "Aonde o racional nos levou?" Aonde os preparados Fernandos nos levaram? Aonde os filhos da elite nos levaram nos últimos quinhentos anos?

Falar na utopia pode significar sim a mudança, ainda que pequena, de uma massa que se torna povo. Não é um "gueto intelectual" que está optando, mas empregadas domésticas, porteiros, etc. Na escola as crianças fizeram essa escolha numa votação simulada. Influência dos pais? Eles disseram que era de quem eles mais gostavam. Existe termômetro maior de sensibilidade? Eu tenho vivido entre crianças, o que é muito melhor que passar os dias entre máquinas e adultos numa empresa, ainda que se perca em "números".

A melhoria da vida não pode se basear apenas em critérios racionais, frios. Ela tem que passar pelos sentimentos, pelos sonhos, pelas crianças inocentes que sofrem num mundo feito e dirigido pelos adultos. Por que não escolher alguém que nos conquista pela sensibilidade? Nada é mais importante num homem que isso.

Pela primeira vez em nossa História, não existe um salvador, mas um operário no qual os seus iguais não têm vergonha de votar. Eu ouvi um cientista político dizer no programa da Lúcia Leme que o emocionante agora é que a sociedade está querendo fazer esse momento.

Passamos por uma transformação espiritual, nós sabemos disso, e é para melhor. Pensar na utopia é nos ver como uma pequena parcela desse universo em mudança. Aonde as estrelas podem nos levar? A fazermos nossa parte nesse novo tempo.

Vilma Lima.

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