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24/11/2003
Empresários bancam obras viárias para evitar o caos na Vila Olímpia

Trânsito caótico, ruas estreitas e calçadas quase inexistentes. Esse é o retrato da Vila Olímpia hoje. O bairro, na Zona Sul, abriga grande parte dos mais modernos e novos edifícios de São Paulo, além de bares e danceterias, mas já não suporta mais o trânsito gerado por eles. E o aumento do tráfego só tende a aumentar.

Só neste ano, surgiram 14 novos prédios na região, que podem gerar até 30 mil viagens por hora nos horários de pico para a Vila Olímpia. Para tentar minimizar essa situação, a Prefeitura promete começar, nos próximos 15 dias, uma série de obras viárias, num custo total de R$ 67 milhões, incluindo o valor gasto com desapropriações.

Os recursos vêm da Operação Urbana Faria Lima e também da parceria com a Associação Colméia, grupo de empresários da região que doaram terrenos e vão custear parte das obras, com R$ 10 milhões.

A Rua Funchal, por exemplo, que liga a Avenida Juscelino Kubistchek à Avenida dos Bandeirantes, será duplicada. Terá seis pistas, três em cada sentido. Hoje, ela tem quatro pistas e, em parte da rua, há apenas uma faixa em cada sentido, motivo de muita dor de cabeça para os motoristas, que sempre enfrentam congestionamento na via. Segundo Valdemir Garreta, secretário municipal responsável pela obra, o alargamento da rua deve estar pronto em março de 2004.

A Prefeitura fará também a ligação da Avenida Nova Faria Lima com a Avenida dos Bandeirantes passando por dentro da Vila Olímpia. O motorista que estiver na Nova Faria Lima poderá descer pela Rua Elvira Ferraz ou Rua das Fiandeiras, passar pela Rua das Olimpíadas — que terá três pistas de cada lado — e continuar pela Rua Gomes de Carvalho, que também será alargada com três pistas de cada lado, para então atingir a Rua Funchal. Para realizar o caminho contrário, será criada uma nova rua, que fará a ligação entre a Rua das Olimpíadas e a Avenida Hélio Pellegrino.

Segundo Garreta, o alargamento das ruas Gomes de Carvalho e Olimpíadas deve ficar pronto em maio. Já a nova rua só deve ser entregue em setembro. O secretário diz que o objetivo é também valorizar a região e harmonizar o espaço público. Para isso, os fios elétricos serão enterrados, as calçadas alargadas e padronizadas e será criado um projeto paisagístico em todo o trajeto.

As intervenções da Prefeitura, no entanto, podem não ser suficientes para melhorar o trânsito na Vila Olímpia. Hoje são feitas 113 mil viagens por dia para o bairro, tráfego superior ao da Avenida Paulista, que soma 90 mil viagens/dia.


Aviso do caos
Um estudo realizado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) em 2002 alerta para o risco de caos com a instalação dos 14 empreendimentos imobiliários que participam da Operação Urbana Faria Lima, ou seja, pagam à Prefeitura em troca de potencial construtivo acima do permitido por lei. “Transformações das características funcionais, devido a mudanças de uso e ocupação do solo devem afetar o atual padrão de acessibilidade da área, deteriorando as condições de circulação local”, diz o estudo.

Para diminuir o impacto que a atração de um maior número de pessoas traria para o trânsito da região, a CET propôs um conjunto de 13 obras viárias. Destas, só cinco serão feitas pela Prefeitura. Além disso, há também as passagens subterrâneas da Avenida Faria Lima nos cruzamentos com as avenidas Rebouças e Cidade Jardim. O Governo pretende também construir um terceiro túnel na Avenida Juscelino Kubistchek, chamado de Bulevar JK. Em janeiro de 2004, a Prefeitura quer organizar um leilão para a venda de certificados de potencial de adicional construtivo (Cepacs). “O bulevar só sai se conseguirmos dinheiro com o leilão”, diz Garreta.




Regina Terraz,
do Diário de S.Paulo.

 
 
 

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