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06/02/2004
Hospitais apóiam medida do HC de deixar de atender casos simples

Grandes hospitais de São Paulo apóiam a medida defendida pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, de eliminar o atendimento dos casos simples, que poderiam ser tratados no posto de saúde. Há o entrave, no entanto, na má situação da rede básica, que impede uma mudança imediata, afirmam.

"O que o HC colocou é o desejo de todos os hospitais terciários. O que nos sufoca é o primeiro atendimento, que deveria ser feito nos postos. Mas precisamos que a rede básica esteja preparada", afirma Maria Cristina Lourenço, diretora-clínica do Hospital Santa Marcelina, o maior da zona leste.

O HC pressiona a prefeitura para poder, ainda neste mês, extinguir a linha telefônica que possibilita aos próprios pacientes a marcação de consultas. Quer criar um número exclusivo para os postos de saúde. Hoje, a maioria das pessoas que liga para o hospital -são 20 mil tentativas diárias em busca de uma consulta- não consegue atendimento.

Assim como o HC, o Santa Marcelina vem discutindo há mais de um ano com a prefeitura solução para a sobrecarga de pacientes que têm, por exemplo, uma dor de cabeça ou um corte no pé.

De acordo com Lourenço, a falta de médicos nos postos de saúde da região é a principal causa da sobrecarga da unidade.

O Santa Marcelina cedeu 19 médicos das áreas básicas -ginecologia, pediatria e clínica-geral- para postos de saúde da área. Mas, de acordo com Lourenço, o alívio foi temporário devido à manutenção dos problemas na rede.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que mantém conversas com o Estado, para organizar o novo sistema. Segundo a pasta, a mudança tem de ser gradual e não tem prazo. Ela promete abrir, em breve, um concurso para 900 vagas.

 


FABIANE LEITE
da Folha de S. Paulo

 
 
 

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