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06/02/2004
São Paulo faz campanha de solidariedade

A prefeita Marta Suplicy lançou ontem de manhã, durante visita de inspeção à região do Rio Aricanduva, na Zona Leste da Capital, um movimento de solidariedade em benefício da população atingida pelas fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias. A região visitada pela prefeita foi inundada na tarde de quarta-feira, deixando famílias desabrigadas.

A campanha foi batizada de “SOS Cidade”. “As pessoas não têm roupa, comida, fogão, panela. Cobertor, cesta básica e colchão nós podemos dar”, disse Marta, apelando para que as pessoas façam doações de objetos que a Prefeitura não teria como repor, como roupas, eletrodomésticos e móveis.

“Tem de fazer uma rede de solidariedade na cidade. Não é só a Prefeitura que pode fazer”, declarou a prefeita. “Quem tem esses objetos em casa em boas condições e quer doar deve procurar as subprefeituras para entregá-los”, disse Marta. As 31 subprefeituras da Capital vão receber os donativos.

As regiões indicadas pela Defesa Civil como as mais afetadas e que acumulam maiores prejuízos são: Aricanduva, Vila Prudente, São Mateus, São Miguel, Itaquera, Guaianazes, Mooca (todos na Zona Leste), Butantã (Zona Oeste) e Ipiranga (Zona Sul). Desde a última sexta-feira, a Secretaria Municipal de Assistência Social socorreu 4.305 famílias desabrigadas, totalizando cerca de 14 mil pessoas na cidade, de acordo com a Defesa Civil.

Esse número de famílias atendidas — em ocorrências como riscos de desabamentos, deslizamentos e enchentes — é sete vezes maior do que o de socorros prestados nos meses de janeiro (517 famílias) e fevereiro (72 famílias) do ano passado. Segundo a assessoria da Prefeitura, foram entregues somente nesta semana 7.289 colchões, 7 mil cobertores e 3.391 cestas básicas para auxiliar os primeiros necessitados.

Empresários
De acordo com a Prefeitura, logo após o apelo de Marta, grandes empresários anunciaram espontaneamente o desejo de aderir ao movimento.

O primeiro a participar foi o presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Raimundo Magliano Filho. Dois cestões foram montados em frente à sede da entidade, na rua XV de Novembro, na região central da Capital, para receber cestas básicas, roupas, cobertores, colchões e até materiais de construção civil. A entidade também quer estimular as cerca de cem corretoras de valores que operam na Bolsa a se engajarem na campanha.

A Bovespa prometeu entregar hoje um lote de material de construção civil (areia, tijolos e telhas, entre outros objetos) aos moradores desabrigados da região do rio Aricanduva na tentativa de ajudá-los na reconstrução de suas moradias. O empresário Reinaldo Abuchan, dono da Engeform, também anunciou a doação de 60 beliches, 60 fardos de roupas, 10 geladeiras novas e 10 usadas, 10 fogões novos e outros seis usados aos moradores do Aricanduva e também da região do córrego Pirajussara, na Zona Oeste. A Marabraz foi outra companhia que se sensibilizou com a situação dos desabrigados da cidade.

Balanço
De acordo com um balanço de donativos divulgado no final da tarde de ontem pela assessoria da Prefeitura, a empresa pretende doar dois caminhões com móveis e colchões às vítimas.

Moradores da região da Vila Prudente vão contar ainda com o apoio da construtora OAS, que anunciou a doação 10 geladeiras novas.

O Carrefour ofereceu 100 cestas básicas, 20 dúzias de caixas de leite, batatas e cebolas. O Hospital Tatuapé ofereceu 20 colchões e 35 cobertores.


LUÍSA ALCALDE
do Diário de S. Paulo

 
 
 

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