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camelôs
16/08/2004
ONG quer retirar comércio ambulante do centro da cidade

Lívia Cortizo

Para disciplinar o comércio ambulante do centro da cidade, a organização não-governamental (ONG) Viva o Centro encaminhou à prefeitura, há 15 dias, uma proposta solicitando a criação de mercados populares de compras. O objetivo da iniciativa é a retirada do comércio ambulante das ruas onde se localizam os patrimônios históricos de São Paulo.

Segundo a assessoria de imprensa da ONG, algumas leis para disciplinar o uso do espaço público na cidade já existiam, mas não tinham sido colocadas em prática. No entanto, nos últimos anos, a prefeitura providenciou os dispositivos necessários para que essas normas pudessem ser cumpridas. Hoje, essas leis foram regularizadas para que possam ser exercidas.

Com isso, a Viva o Centro sugeriu à prefeitura a proibição de camelôs nas ruas e praças dos distritos Sé e República. E de acordo com o presidente da diretoria executiva da ONG, Marco Antônio Ramos de Almeida, a proposta tem tudo para dar certo, pois a prefeitura está mais aparelhada e com mais instrumentos. “Apenas tem de ficar claro para os ambulantes que o comércio de rua não é permitido. Entretanto, não pode deixar de existir uma alternativa para eles”, afirma.

O presidente alega que não existem pontos positivos na atividade de camelô. “Eles estão privatizando o espaço público e exercendo um comércio de mercadorias contrabandeadas. Além disso, criam um ambiente de tumulto e inviabilizam o turismo, que é uma fonte de renda”. Ele acrescenta que os ambulantes ocupam o lugar dos pedestres. “Os transeuntes ficam sem espaço para circularem, tendo que dividir as ruas com os carros e ônibus”.

Já a vendedora ambulante, que não quis se identificar, não acredita que a proposta vai dar certo. “É sempre a mesma história. Dizem que vão tirar a gente daqui, mas nunca se resolve nada. Além disso, se um governo faz alguma coisa que melhore o nosso trabalho de alguma forma, o mandato seguinte não dá continuidade para que o anterior não seja lembrado depois”. Sua barraca fica em frente à Catedral da Sé, no centro da cidade. “Eu nunca sei o dia de amanhã. Se chegar algum fiscal aqui, eu coloco minha barraca embaixo do braço e saio correndo”, afirma ela, indignada.

Segundo a Subprefeitura da Sé, a proposta já foi analisada e a Guarda Civil Metropolitana, por meio da Secretaria de Segurança Pública, está se reunindo, hoje, com os ambulantes para decidirem o local que estes ficarão a partir de agora. De acordo com a subprefeitura, os vendedores devem ficar concentrados em lugares fechados para não mais impedir o turismo do centro e o movimento das ruas.

 
 
 

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