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País
perde investimentos por falta de sorriso
Cristina
Mori
Equipe GD
O Brasil precisa qualificar "profissionais do sorriso" se quiser
receber investimentos em turismo. O alerta é do professor e pesquisador
José Pastore, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Garçons, recepcionistas e cobradores se enquadram na "categoria",
que também abrange médicos, advogados e apresentadores de TV, entre
outros. São atividades que exigem sorriso sincero, atenção e persuasão
do profissional.
De acordo com Pastore, cadeias estrangeiras de hotéis deixam de
se instalar no Brasil por acreditar que os serviços de garçom, camareira,
recepcionista e telefonista não atingirão o alto padrão de atendimento
exigido, mesmo em se tratando de tarefas operacionais.
No restaurante do Renaissance, hotel de luxo em São Paulo, todos
os garçons possuem formação superior e falam inglês. "Os salários
também são mais altos, para manter o padrão", afirma Pastore. O
hotel não divulga os valores.
A baixa formação escolar é uma dificuldade também nos cursos técnicos.
"Tivemos que desenvolver um material mais visual para o treinamento
de funcionários analfabetos, já que não dá para passar nada escrito",
explica Ana Beatriz Gemha, responsável pelos cursos de reciclagem
do Senac (Serviço Nacional do Comércio).
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