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11/01/2006
-
09h05
da Folha de S.Paulo
Fundos de pensão que sofreram perdas com aplicações no Banco Santos, liquidado em abril do ano passado, estudam a possibilidade de responsabilizar judicialmente o BC (Banco Central) pelo ocorrido. Na lista de quem avalia a possibilidade está a Funcef, patrocinada pela Caixa Econômica Federal e terceira maior entidade de previdência complementar do país.
A informação foi dada ontem pelo diretor de Controladoria da Funcef, Carlos Alberto Caser, durante reunião de integrantes dos fundos e a imprensa, ocorrida em São Paulo.
O Banco Santos pertencia ao banqueiro Edemar Cid Ferreira. Foi liquidado pelo BC por apresentar um rombo de R$ 2,2 bilhões. Edemar e executivos do banco são réus em ação movida pelo Ministério Público Federal. Foram acusados pelos procuradores de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O Funcef investia no Banco Santos. Quando a instituição financeira foi à lona, perdeu R$ 10 milhões no Santos.
Outra entidade de previdência complementar que pode seguir pelo mesmo caminho é o Real Grandeza, fundo de pensão de Furnas. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Fontes, advogados foram contratados com a missão de estudar se um processo contra o BC era uma opção viável.
O Real Grandeza aplicava no Banco Santos desde 1999 e foi o fundo de pensão que mais perdeu recursos no Banco Santos --R$ 151,2 milhões.
O diretor financeiro da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio Janeiro), Eduardo Luís, foi à reunião de ontem como representante do Prece, fundo de pensão que reúne os funcionários de sua companhia. Ele informou que, nesse caso, a alternativa de processar o BC já foi levada a cabo.
No ano passado, por meio de nota à imprensa, o Prece afirmou desconhecer prejuízos com operações relativas a debêntures do Banco Santos.
A Folha tentou entrar em contato com o Banco Central, mas não obteve resposta.
A Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) divulgou que as instituições financeiras perderam R$ 1,15 bilhão com a quebra do Santos. O prejuízo das empresas correspondeu a R$ 967,63 milhões ante R$ 370,69 dos fundos de pensão, dos quais R$ 303,03 milhões eram de entidades patrocinadas por estatais.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Banco Santos
Entidades estudam processar BC por perda no Santos
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Fundos de pensão que sofreram perdas com aplicações no Banco Santos, liquidado em abril do ano passado, estudam a possibilidade de responsabilizar judicialmente o BC (Banco Central) pelo ocorrido. Na lista de quem avalia a possibilidade está a Funcef, patrocinada pela Caixa Econômica Federal e terceira maior entidade de previdência complementar do país.
A informação foi dada ontem pelo diretor de Controladoria da Funcef, Carlos Alberto Caser, durante reunião de integrantes dos fundos e a imprensa, ocorrida em São Paulo.
O Banco Santos pertencia ao banqueiro Edemar Cid Ferreira. Foi liquidado pelo BC por apresentar um rombo de R$ 2,2 bilhões. Edemar e executivos do banco são réus em ação movida pelo Ministério Público Federal. Foram acusados pelos procuradores de gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
O Funcef investia no Banco Santos. Quando a instituição financeira foi à lona, perdeu R$ 10 milhões no Santos.
Outra entidade de previdência complementar que pode seguir pelo mesmo caminho é o Real Grandeza, fundo de pensão de Furnas. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Fontes, advogados foram contratados com a missão de estudar se um processo contra o BC era uma opção viável.
O Real Grandeza aplicava no Banco Santos desde 1999 e foi o fundo de pensão que mais perdeu recursos no Banco Santos --R$ 151,2 milhões.
O diretor financeiro da Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgoto do Rio Janeiro), Eduardo Luís, foi à reunião de ontem como representante do Prece, fundo de pensão que reúne os funcionários de sua companhia. Ele informou que, nesse caso, a alternativa de processar o BC já foi levada a cabo.
No ano passado, por meio de nota à imprensa, o Prece afirmou desconhecer prejuízos com operações relativas a debêntures do Banco Santos.
A Folha tentou entrar em contato com o Banco Central, mas não obteve resposta.
A Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) divulgou que as instituições financeiras perderam R$ 1,15 bilhão com a quebra do Santos. O prejuízo das empresas correspondeu a R$ 967,63 milhões ante R$ 370,69 dos fundos de pensão, dos quais R$ 303,03 milhões eram de entidades patrocinadas por estatais.
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