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27/01/2006
-
17h59
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), derruba o velho mito de que o paulista trabalha mais do que o carioca. Entre as seis principais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o Rio de Janeiro lidera o ranking de jornada média semanal de horas efetivamente trabalhadas em 2005, com 41,6 horas.
Famosos pelo perfil 'workaholic', os paulistas aparecem em segundo lugar, com uma jornada média de 41,3 horas. A média das seis regiões ficou em 41 horas semanais.
O IBGE informou que no Rio a jornada média de trabalho superou a de São Paulo também no ano anterior, apesar de o dado ter sido divulgado apenas agora. Em 2004, a jornada paulista foi de 41,4 horas, contra 41,6 horas dos cariocas.
Se a liderança no trabalho ficou com os cariocas, no quesito renda média mensal o Rio ocupa um modesto quarto lugar, com R$ 919,95. Neste caso, os paulistas disparam na frente com um salário médio de R$ 1.110,27.
Segundo o IBGE, um dos fatores que explicam a liderança carioca na jornada de trabalho é o alto grau de participação dos principais responsáveis pelas famílias no total das pessoas ocupadas nessa região metropolitana, ou seja, há uma maior participação de chefes de família.
O instituto destaca que essa é a única região em que mais da metade da população ocupada é formada por chefes de família.
De acordo com o IBGE, o Rio de Janeiro é a região metropolitana com menor participação de outros membros da família (mulheres e jovens): com 48,3%. Em São Paulo, a participação dos demais membros é de 51,4%. "Como jovens e mulheres têm menor participação na população ocupada, os chefes de família precisam trabalhar mais horas", afirmou Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.
Já a renda menor é explicada por Azeredo pela maior participação dos setores de comércio e de serviços no Rio, que apresentam remuneração tradicionalmente menor do que a da indústria.
Em compensação, o Rio tem a maior participação de pessoas ocupadas com 50 anos ou mais, com 21,8%. Segundo o IBGE, o resultado é influenciado pela maior concentração de pessoas nessa faixa etária na região. Em São Paulo, a participação é de 17%.
O carioca fica mais tempo no mesmo emprego, de acordo com a pesquisa. Isto contribuiu para criar vínculos e aumentar a dedicação. No Rio, o percentual de pessoas empregadas no mesmo local há mais de dois anos chega a 72%. Em São Paulo, os trabalhadores que permanecem na mesma empresa por mais de dois anos somam 66,5%.
A região metropolitana com menor jornada de trabalho semanal, de acordo com a pesquisa, é a de Belo Horizonte, com 39,1 horas. O instituto explica que, ao contrário do Rio, essa região metropolitana tem maior participação média de outros membros da família na ocupação.
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Carioca trabalha mais do que paulista, diz pesquisa do IBGE
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da Folha Online, no Rio
A Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), derruba o velho mito de que o paulista trabalha mais do que o carioca. Entre as seis principais regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o Rio de Janeiro lidera o ranking de jornada média semanal de horas efetivamente trabalhadas em 2005, com 41,6 horas.
Famosos pelo perfil 'workaholic', os paulistas aparecem em segundo lugar, com uma jornada média de 41,3 horas. A média das seis regiões ficou em 41 horas semanais.
O IBGE informou que no Rio a jornada média de trabalho superou a de São Paulo também no ano anterior, apesar de o dado ter sido divulgado apenas agora. Em 2004, a jornada paulista foi de 41,4 horas, contra 41,6 horas dos cariocas.
Se a liderança no trabalho ficou com os cariocas, no quesito renda média mensal o Rio ocupa um modesto quarto lugar, com R$ 919,95. Neste caso, os paulistas disparam na frente com um salário médio de R$ 1.110,27.
Segundo o IBGE, um dos fatores que explicam a liderança carioca na jornada de trabalho é o alto grau de participação dos principais responsáveis pelas famílias no total das pessoas ocupadas nessa região metropolitana, ou seja, há uma maior participação de chefes de família.
O instituto destaca que essa é a única região em que mais da metade da população ocupada é formada por chefes de família.
De acordo com o IBGE, o Rio de Janeiro é a região metropolitana com menor participação de outros membros da família (mulheres e jovens): com 48,3%. Em São Paulo, a participação dos demais membros é de 51,4%. "Como jovens e mulheres têm menor participação na população ocupada, os chefes de família precisam trabalhar mais horas", afirmou Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.
Já a renda menor é explicada por Azeredo pela maior participação dos setores de comércio e de serviços no Rio, que apresentam remuneração tradicionalmente menor do que a da indústria.
Em compensação, o Rio tem a maior participação de pessoas ocupadas com 50 anos ou mais, com 21,8%. Segundo o IBGE, o resultado é influenciado pela maior concentração de pessoas nessa faixa etária na região. Em São Paulo, a participação é de 17%.
O carioca fica mais tempo no mesmo emprego, de acordo com a pesquisa. Isto contribuiu para criar vínculos e aumentar a dedicação. No Rio, o percentual de pessoas empregadas no mesmo local há mais de dois anos chega a 72%. Em São Paulo, os trabalhadores que permanecem na mesma empresa por mais de dois anos somam 66,5%.
A região metropolitana com menor jornada de trabalho semanal, de acordo com a pesquisa, é a de Belo Horizonte, com 39,1 horas. O instituto explica que, ao contrário do Rio, essa região metropolitana tem maior participação média de outros membros da família na ocupação.
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