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09/06/2006
-
10h47
CÍNTIA CARDOSO
da Folha de S.Paulo
O secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, conclamou ontem os países americanos a se "unirem" para competir com a China no cenário do comércio internacional.
Em discurso para uma platéia de empresários em São Paulo, Gutierrez afirmou que, quando se olha para a população de 2,3 bilhões de pessoas na Índia e na China, há a tendência de ver esse contingente como "2,3 bilhões de consumidores", mas, na verdade, eles deveriam ser considerados como "2,3 bilhões de competidores".
A estrutura da integração continental, porém, não foi explicitada pelo secretário. A Alca (Área de Livre Comércio das Américas) nem foi citada por Gutierrez, que parece mais inclinado a defender uma abordagem bilateral. "Hoje os EUA têm acordos bem-sucedidos no Nafta [Tratado de Livre Comércio da América do Norte], Cafta-DR [Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana], Chile e Peru e estamos em conversas com o Panamá. Precisamos fazer mais acordos com países com quem não temos esse mesmo tipo de relação."
Durante a visita de Gutierrez ao Brasil, o secretário assinou um acordo com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Esse instrumento é um mecanismo de consultas informais entre os dois países para fomentar o comércio bilateral. Sobre a possibilidade de esse documento vir a se tornar o primeiro passo de um acordo de livre comércio entre o Brasil e os EUA, Gutierrez tergiversou: "Vamos ver o que vai acontecer no futuro. A princípio, estamos comprometidos com um diálogo comercial".
Pirataria
Na manhã de ontem, o secretário de Comércio americano também reuniu-se com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL-SP). Na pauta, o problema da pirataria.
"O Brasil fez progressos impressionantes nesses últimos 18 meses. É encorajador, mas ainda há muito trabalho a fazer", avaliou. Apesar do elogio, o Brasil ainda não saiu da lista de países a serem observados em relação ao desrespeito à propriedade intelectual.
Os Estados Unidos chegaram a ameaçar retirar o Brasil do SGP (Sistema Geral de Preferências) como forma de punir o país por atividades de pirataria. Essa ameaça só foi suspensa em janeiro deste ano.
A manutenção do Brasil nesse programa americano de isenção de tarifas de importação tem sido benéfica para o comércio exterior brasileiro. Um estudo elaborado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) revela que o país exportou, em 2005, US$ 3,6 bilhões para os Estados Unidos pelo SGP.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre comércio internacional
Secretário dos EUA pede aliança contra a China
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da Folha de S.Paulo
O secretário de Comércio dos EUA, Carlos Gutierrez, conclamou ontem os países americanos a se "unirem" para competir com a China no cenário do comércio internacional.
Em discurso para uma platéia de empresários em São Paulo, Gutierrez afirmou que, quando se olha para a população de 2,3 bilhões de pessoas na Índia e na China, há a tendência de ver esse contingente como "2,3 bilhões de consumidores", mas, na verdade, eles deveriam ser considerados como "2,3 bilhões de competidores".
A estrutura da integração continental, porém, não foi explicitada pelo secretário. A Alca (Área de Livre Comércio das Américas) nem foi citada por Gutierrez, que parece mais inclinado a defender uma abordagem bilateral. "Hoje os EUA têm acordos bem-sucedidos no Nafta [Tratado de Livre Comércio da América do Norte], Cafta-DR [Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana], Chile e Peru e estamos em conversas com o Panamá. Precisamos fazer mais acordos com países com quem não temos esse mesmo tipo de relação."
Durante a visita de Gutierrez ao Brasil, o secretário assinou um acordo com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. Esse instrumento é um mecanismo de consultas informais entre os dois países para fomentar o comércio bilateral. Sobre a possibilidade de esse documento vir a se tornar o primeiro passo de um acordo de livre comércio entre o Brasil e os EUA, Gutierrez tergiversou: "Vamos ver o que vai acontecer no futuro. A princípio, estamos comprometidos com um diálogo comercial".
Pirataria
Na manhã de ontem, o secretário de Comércio americano também reuniu-se com o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL-SP). Na pauta, o problema da pirataria.
"O Brasil fez progressos impressionantes nesses últimos 18 meses. É encorajador, mas ainda há muito trabalho a fazer", avaliou. Apesar do elogio, o Brasil ainda não saiu da lista de países a serem observados em relação ao desrespeito à propriedade intelectual.
Os Estados Unidos chegaram a ameaçar retirar o Brasil do SGP (Sistema Geral de Preferências) como forma de punir o país por atividades de pirataria. Essa ameaça só foi suspensa em janeiro deste ano.
A manutenção do Brasil nesse programa americano de isenção de tarifas de importação tem sido benéfica para o comércio exterior brasileiro. Um estudo elaborado pela Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) revela que o país exportou, em 2005, US$ 3,6 bilhões para os Estados Unidos pelo SGP.
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