Publicidade
Publicidade
30/06/2006
-
09h11
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A implantação da televisão digital no Brasil começará pela região metropolitana de São Paulo, seguida do Rio de Janeiro, de acordo com informações prestadas ontem por dirigentes das emissoras de TV.
O cronograma de implantação em âmbito nacional será definido pelo governo em dois meses. O decreto que cria o SBTVD-T (Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre), assinado ontem pelo presidente Lula, determina, como antecipou ontem a Folha, prazo de sete anos para que se complete a cobertura digital em todo o território nacional.
O diretor de engenharia da Rede Globo, Fernando Bittencourt, disse que a empresa estará pronta para iniciar as transmissões em sinal digital em São Paulo no primeiro semestre de 2007, mas que o início das operações vai depender da velocidade com que a indústria conseguir colocar os produtos no mercado.
O empresário Eugênio Staub, presidente da Gradiente, disse que a previsão mais realista para início das vendas dos televisores digitais e das caixas de conversão de sinais é o último trimestre do ano que vem. Staub negou que a escolha do sistema japonês vá tornar o produto mais caro para o consumidor.
Como o Brasil é o único país a adotar a tecnologia japonesa, fora o Japão, fabricantes europeus afirmam que o Brasil pagará mais caro pela TV digital, por não haver ganho de escala. O sistema digital norte-americano, conhecido como ATSC, já foi adotado em quatro países (EUA, Canadá, México e Coréia do Sul), e o sistema europeu (DVB) já foi oficialmente escolhido por 99 países.
Sistema nacional
O sistema digital anunciado pelo governo vai incorporar soluções de software desenvolvidas por universidades públicas e privadas brasileiras e adotará um sistema de compressão de sinais diferente do usado no Japão. Os japoneses usam o sistema MPEG-2; o Brasil usará uma versão mais recente, também estrangeira, o Mpeg-4.
Por isso, os equipamentos para recepção da TV digital brasileira só funcionarão no Brasil, a menos que outros países latino-americanos decidam adotar o SBTVD-T.
O próximo passo será a criação de um fórum, com representantes de técnicos japoneses, da indústria nacional, dos radiodifusores e do governo para incorporar as inovações brasileiras ao padrão japonês.
A indústria eletroeletrônica e o governo calculam o impacto da implantação da TV digital em bilhões de reais. Segundo Staub, a indústria prevê que movimentará R$ 80 bilhões em negócios, num horizonte de dez anos. O Palácio do Planalto divulgou um número ainda maior: R$ 100 bilhões.
Staub diz que o cálculo da indústria se baseia na previsão da receita a ser gerada com a substituição de todos os televisores analógicos por digitais e ainda pela troca dos telefones celulares por aparelhos capazes de captar a programação da TV no visor, e pela receita com a venda dos novos produtos que chegarão ao mercado.
Implementação da TV digital no país começa pela região metropolitana de SP
Publicidade
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A implantação da televisão digital no Brasil começará pela região metropolitana de São Paulo, seguida do Rio de Janeiro, de acordo com informações prestadas ontem por dirigentes das emissoras de TV.
O cronograma de implantação em âmbito nacional será definido pelo governo em dois meses. O decreto que cria o SBTVD-T (Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre), assinado ontem pelo presidente Lula, determina, como antecipou ontem a Folha, prazo de sete anos para que se complete a cobertura digital em todo o território nacional.
O diretor de engenharia da Rede Globo, Fernando Bittencourt, disse que a empresa estará pronta para iniciar as transmissões em sinal digital em São Paulo no primeiro semestre de 2007, mas que o início das operações vai depender da velocidade com que a indústria conseguir colocar os produtos no mercado.
O empresário Eugênio Staub, presidente da Gradiente, disse que a previsão mais realista para início das vendas dos televisores digitais e das caixas de conversão de sinais é o último trimestre do ano que vem. Staub negou que a escolha do sistema japonês vá tornar o produto mais caro para o consumidor.
Como o Brasil é o único país a adotar a tecnologia japonesa, fora o Japão, fabricantes europeus afirmam que o Brasil pagará mais caro pela TV digital, por não haver ganho de escala. O sistema digital norte-americano, conhecido como ATSC, já foi adotado em quatro países (EUA, Canadá, México e Coréia do Sul), e o sistema europeu (DVB) já foi oficialmente escolhido por 99 países.
Sistema nacional
O sistema digital anunciado pelo governo vai incorporar soluções de software desenvolvidas por universidades públicas e privadas brasileiras e adotará um sistema de compressão de sinais diferente do usado no Japão. Os japoneses usam o sistema MPEG-2; o Brasil usará uma versão mais recente, também estrangeira, o Mpeg-4.
Por isso, os equipamentos para recepção da TV digital brasileira só funcionarão no Brasil, a menos que outros países latino-americanos decidam adotar o SBTVD-T.
O próximo passo será a criação de um fórum, com representantes de técnicos japoneses, da indústria nacional, dos radiodifusores e do governo para incorporar as inovações brasileiras ao padrão japonês.
A indústria eletroeletrônica e o governo calculam o impacto da implantação da TV digital em bilhões de reais. Segundo Staub, a indústria prevê que movimentará R$ 80 bilhões em negócios, num horizonte de dez anos. O Palácio do Planalto divulgou um número ainda maior: R$ 100 bilhões.
Staub diz que o cálculo da indústria se baseia na previsão da receita a ser gerada com a substituição de todos os televisores analógicos por digitais e ainda pela troca dos telefones celulares por aparelhos capazes de captar a programação da TV no visor, e pela receita com a venda dos novos produtos que chegarão ao mercado.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice