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19/09/2006 - 19h11

Bancários ameaçam fazer greve nacional por reajuste

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da Folha Online

Os bancários ameaçam fazer uma greve nacional no próximo dia 26 para pressionar os bancos a conceder reajuste salarial. Após quase 40 dias de negociação, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ainda não apresentou proposta que preveja reajuste ou pagamento de abono aos 400 mil bancários brasileiros.

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que atua em 23 Estados e no Distrito Federal, informou hoje que o Comando Nacional dos Bancários decidiu realizar uma paralisação de 24 horas no dia 26. A greve ainda deverá ser aprovada em assembléias no dia 25, mas, segundo líderes sindicais, dificilmente não vai acontecer.

Amanhã, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região já promete fechar os bancos durante 24 horas em uma região da capital paulista. Essa região não foi divulgada para evitar que os bancos orientem os funcionários a entrar nas agências de madrugada, antes da chegada dos grevistas.

Assim como outros sindicatos, em São Paulo já ocorreram nos últimos dias paralisações pontuais em determinados bairros da cidade, onde as agências permaneceram fechadas até as 12h.

Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados --de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.

Enquanto os bancários não aceitam receber menos que em 2005, pela primeira vez nos últimos anos a contraproposta dos banqueiros ainda não contempla reajuste nem abono. A Fenaban só admite até o momento pagar PLR e, segundo a Contraf, alega que gastou demais com o reajuste do ano passado.

Procurada, a Fenaban informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os bancos estão construindo uma proposta para apresentar aos bancários e que "estranha" a posição da categoria de deflagrar greve. A federação também informou que renovou as cláusulas do último acordo coletivo até que seja fechado um novo acordo.

As negociações de reajuste começaram em 10 de agosto e envolveram cinco rodadas de conversação --a última foi hoje. Bancários e banqueiros informaram que até o momento não há uma próxima reunião já marcada.

O presidente do sindicato paulista, Luiz Cláudio Marcolino, disse que espera uma proposta até o dia 25, quando os sindicatos dos bancários fazem assembléias para aprovar a paralisação no dia 26.

Ele afirmou também que a greve vai acontecer em todo o país se isso não acontecer. "Os lucros dos bancos cresceram 40% e nós reivindicamos um aumento real de 7,05%, que consideramos bastante razoável", afirmou.

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