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28/09/2006
-
09h05
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Nos quatro anos que se seguiram à privatização do Sistema Telebrás, o número de assinantes de telefone fixo saltou de 20 milhões para 37,4 milhões, mas, mas, a partir daí, ficou praticamente estagnado. Desde 2002, o número de assinantes não passa da casa dos 39 milhões, enquanto o mercado de telefonia celular cresce cada vez mais, impulsionado pelo sistema de pré-pago. São pré-pagos 80% dos 91,8 milhões de celulares existentes.
Estudo da Telebrasil (representante das indústrias e empresas de serviços de telecomunicações) diz que as soluções de mercado para serviços de telecomunicações estão restritas a 3,6 milhões de habitantes enquadrados como classes A e B. Diz que, desde a privatização da telefonia, em 98, a renda per capita do brasileiro cresceu apenas 5,8%, o que, junto com o aumento da carga tributária, explicaria a estagnação da base de telefones fixos.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE), divulgada há dez dias, já mostrava que o número de residências com apenas telefone celular era maior do que o de residências apenas com telefone fixo. Para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, o custo da assinatura básica do telefone fixo é inviável para grande parte da população. Ele lembra que o celular pré-pago é usado basicamente para receber chamadas.
Emprego
No primeiro semestre, o número de empregados no setor baixou de 310 mil para 308 mil. O corte foi concentrado nas teles e nas empresas de instalação de redes. Para César Rômulo, da Telebrasil, a redução indicaria uma saturação do ciclo de investimentos das teles.
No final de junho, os usuários de serviços de telecomunicações estavam assim distribuídos: 39,9 milhões de assinantes de telefone fixo; 91,8 milhões de celulares, 4,36% de usuários de TV por assinatura e 4,63 milhões de assinantes de acesso à internet em banda larga.
O setor faturou R$ 134,1 bilhões no ano passado, correspondente a 6,9% do PIB. O faturamento no primeiro semestre deste ano foi de R$ 68,9 bilhões. Segundo o estudo da Telebrasil, a telefonia fixa respondeu por metade desse faturamento (R$ 34,5 bilhões), enquanto 32% (R$ 21,9 bilhões) foram provenientes da telefonia móvel.
A Telebrasil informa que o consumidor brasileiro paga a maior carga tributária do mundo sobre serviços de telecomunicações, 40,8%, e o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) representa o maior peso. Segundo César Rômulo, a segunda maior carga tributária é a da Itália, onde atinge 20%.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre telefonia fixa
Setor de telefonia fixa vive em estagnação desde 2002
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da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
Nos quatro anos que se seguiram à privatização do Sistema Telebrás, o número de assinantes de telefone fixo saltou de 20 milhões para 37,4 milhões, mas, mas, a partir daí, ficou praticamente estagnado. Desde 2002, o número de assinantes não passa da casa dos 39 milhões, enquanto o mercado de telefonia celular cresce cada vez mais, impulsionado pelo sistema de pré-pago. São pré-pagos 80% dos 91,8 milhões de celulares existentes.
Estudo da Telebrasil (representante das indústrias e empresas de serviços de telecomunicações) diz que as soluções de mercado para serviços de telecomunicações estão restritas a 3,6 milhões de habitantes enquadrados como classes A e B. Diz que, desde a privatização da telefonia, em 98, a renda per capita do brasileiro cresceu apenas 5,8%, o que, junto com o aumento da carga tributária, explicaria a estagnação da base de telefones fixos.
A última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE), divulgada há dez dias, já mostrava que o número de residências com apenas telefone celular era maior do que o de residências apenas com telefone fixo. Para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, o custo da assinatura básica do telefone fixo é inviável para grande parte da população. Ele lembra que o celular pré-pago é usado basicamente para receber chamadas.
Emprego
No primeiro semestre, o número de empregados no setor baixou de 310 mil para 308 mil. O corte foi concentrado nas teles e nas empresas de instalação de redes. Para César Rômulo, da Telebrasil, a redução indicaria uma saturação do ciclo de investimentos das teles.
No final de junho, os usuários de serviços de telecomunicações estavam assim distribuídos: 39,9 milhões de assinantes de telefone fixo; 91,8 milhões de celulares, 4,36% de usuários de TV por assinatura e 4,63 milhões de assinantes de acesso à internet em banda larga.
O setor faturou R$ 134,1 bilhões no ano passado, correspondente a 6,9% do PIB. O faturamento no primeiro semestre deste ano foi de R$ 68,9 bilhões. Segundo o estudo da Telebrasil, a telefonia fixa respondeu por metade desse faturamento (R$ 34,5 bilhões), enquanto 32% (R$ 21,9 bilhões) foram provenientes da telefonia móvel.
A Telebrasil informa que o consumidor brasileiro paga a maior carga tributária do mundo sobre serviços de telecomunicações, 40,8%, e o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) representa o maior peso. Segundo César Rômulo, a segunda maior carga tributária é a da Itália, onde atinge 20%.
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