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29/12/2006
-
09h23
JANAÍNA LEITE
enviada especial da Folha de S.Paulo a Roma
A TIM Brasil, segunda maior operadora de telefonia móvel do país, não está à venda, afirmou à Folha o diretor mundial de Relações Internacionais da Telecom Italia, Giampaolo Zambeletti. "Minha versão é: não estamos vendendo a TIM Brasil. O que estamos preparados para vender, como qualquer um sabe, é a nossa participação na Brasil Telecom."
A Telecom Italia é a quinta maior operadora de telefonia da Europa. No Brasil, é dona da TIM e de parte da Brasil Telecom, concessionária que cuida da telefonia fixa nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.
Zambeletti é considerado um dos homens mais importantes da Telecom Italia e braço direito do acionista majoritário da companhia, Marco Tronchetti Provera. Ele confirmou que os demais sócios da Brasil Telecom querem comprar as ações dos italianos, mas se recusou a revelar o valor proposto pelos interessados.
"Fizeram uma oferta muito baixa", limitou-se a informar Zambeletti. Ele deu a entender, porém, que as negociações continuam. "Estamos à venda", disse. "Não sei quando venderemos", emendou, ao ser questionado se a transação pode sair até o fim de janeiro.
A Telecom Italia recebeu várias propostas pela TIM Brasil. Uma delas foi feita há duas semanas pelo megainvestidor mexicano Carlos Slim, dono da Embratel, da Claro e da Telmex. A Folha apurou que Slim está disposto a pagar 8,5 bilhões de euros, ou US$ 10 bilhões, pelas operações móveis da Telecom Italia no Brasil e na Argentina. Mesmo assim, não venceu a resistência de alguns conselheiros da italiana, que consideram as atividades da América do Sul estratégicas para a valorização da empresa.
Enquanto isso, aumenta o interesse de outra concorrente, a Telemar, maior operadora brasileira de telefonia fixa e dona da Oi, pela TIM Brasil. A seu favor, a Telemar tem parte do governo, que não vê com bons olhos a divisão iminente do mercado de telefonia entre mexicanos e espanhóis, caso Slim consiga comprar a TIM Brasil.
Segundo a Folha apurou, a idéia é fazer uma oferta tripartite: a TIM Brasil seria cindida em três pedaços. Um iria para a Telemar, outro para a BrT e outro para a espanhola Telefónica. Esta última, no entanto, tem se mostrado pouco entusiasmada pela empresa. Seu interesse declarado é pela aquisição do controle total da Vivo, em que os espanhóis detêm 50% da sociedade. A outra metade é da Portugal Telecom.
Segundo a Folha apurou, há expectativa por parte de alguns membros do governo Lula de aproveitar a força do primeiro ano de novo mandato para alterar regras que impedem os mesmos controladores de administrar duas teles concorrentes numa mesma região.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Tim Brasil
Leia o que já foi publicado sobre a Telecom Italia
TIM Brasil não está à venda, diz italiano
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enviada especial da Folha de S.Paulo a Roma
A TIM Brasil, segunda maior operadora de telefonia móvel do país, não está à venda, afirmou à Folha o diretor mundial de Relações Internacionais da Telecom Italia, Giampaolo Zambeletti. "Minha versão é: não estamos vendendo a TIM Brasil. O que estamos preparados para vender, como qualquer um sabe, é a nossa participação na Brasil Telecom."
A Telecom Italia é a quinta maior operadora de telefonia da Europa. No Brasil, é dona da TIM e de parte da Brasil Telecom, concessionária que cuida da telefonia fixa nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.
Zambeletti é considerado um dos homens mais importantes da Telecom Italia e braço direito do acionista majoritário da companhia, Marco Tronchetti Provera. Ele confirmou que os demais sócios da Brasil Telecom querem comprar as ações dos italianos, mas se recusou a revelar o valor proposto pelos interessados.
"Fizeram uma oferta muito baixa", limitou-se a informar Zambeletti. Ele deu a entender, porém, que as negociações continuam. "Estamos à venda", disse. "Não sei quando venderemos", emendou, ao ser questionado se a transação pode sair até o fim de janeiro.
A Telecom Italia recebeu várias propostas pela TIM Brasil. Uma delas foi feita há duas semanas pelo megainvestidor mexicano Carlos Slim, dono da Embratel, da Claro e da Telmex. A Folha apurou que Slim está disposto a pagar 8,5 bilhões de euros, ou US$ 10 bilhões, pelas operações móveis da Telecom Italia no Brasil e na Argentina. Mesmo assim, não venceu a resistência de alguns conselheiros da italiana, que consideram as atividades da América do Sul estratégicas para a valorização da empresa.
Enquanto isso, aumenta o interesse de outra concorrente, a Telemar, maior operadora brasileira de telefonia fixa e dona da Oi, pela TIM Brasil. A seu favor, a Telemar tem parte do governo, que não vê com bons olhos a divisão iminente do mercado de telefonia entre mexicanos e espanhóis, caso Slim consiga comprar a TIM Brasil.
Segundo a Folha apurou, a idéia é fazer uma oferta tripartite: a TIM Brasil seria cindida em três pedaços. Um iria para a Telemar, outro para a BrT e outro para a espanhola Telefónica. Esta última, no entanto, tem se mostrado pouco entusiasmada pela empresa. Seu interesse declarado é pela aquisição do controle total da Vivo, em que os espanhóis detêm 50% da sociedade. A outra metade é da Portugal Telecom.
Segundo a Folha apurou, há expectativa por parte de alguns membros do governo Lula de aproveitar a força do primeiro ano de novo mandato para alterar regras que impedem os mesmos controladores de administrar duas teles concorrentes numa mesma região.
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