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21/03/2007
-
11h37
da Folha Online
A revisão da metodologia do PIB (Produto Interno Bruto) nacional elevou a posição do Brasil no ranking das maiores economias mundiais, segundo apontou levantamento da consultoria econômica Austin Rating.
O PIB em valores em 2005, segundo a nova série das contas nacionais, ficou estimado em R$ 2,148 trilhões. Na série antiga, o PIB havia ficado em R$ 1,937 trilhão.
Segundo a Austin, o novo PIB permite ao Brasil subir uma posição no ranking mundial e ultrapassar a Coréia do Sul, estabelecendo-se em décimo lugar no rol das maiores economias do planeta, com um PIB, já convertido para a taxa média anual de câmbio, de US$ 882 bilhões.
Uma comparação mais precisa com os demais países, no entanto, está dependente dos dados atualizados do FMI (Fundo Monetário Internacional), prevista para abril.
A consultoria destaca que a nova metodologia, além de mostrar uma taxa de crescimento do produto interno mais acelerada que se pensava, mostrou, por outro lado, uma piora no quadro dos investimentos.
A taxa de investimento do país em 2005, pela nova metodologia, caiu de 19,1% para 16,3% do PIB, "deteriorando ainda mais a condição do país em relação a seus pares, principalmente China e Índia, onde a taxa está entre 25% e 30%", aponta a consultoria.
Mudanças
As novas contas nacionais passam a contar com referência dados de 2000 e abrangem pesquisas anuais de Indústria, Comércio, Serviços, Construção Civil e pesquisas domiciliares. Na pesquisa anterior a referência era o ano de 1985. Além disso, os dados do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas também compõem a nova base. Agora são 56 atividades econômicas e 110 produtos, contra 43 atividades e 80 produtos calculados anteriormente.
O setor de Telecomunicações dá lugar aos Serviços de Informação, que conta ainda consultoria em hardware, software, processamento de dados, atividade de banco de dados e distribuição on-line, atividade cinematográfica, atividades de rádio e agências de notícias.
Uma das novidades da nova pesquisa é que a depreciação dos ativos do governo passa a fazer parte da conta do PIB. Isso significa que a estimativa do crescimento real do governo, que pesa cerca de 15% do total do produto, foi ampliado. Dessa forma, o valor bruto da produção do governo passará a ser feito pela soma dos gastos de custeio (consumo intermediário), as remunerações dos funcionários e o consumo do capital fixo (depreciação).
O terceiro setor, como ONGs, igrejas e clubes, são agora contabilizados sob a ótica da demanda, ao lado de consumo do governo, consumo das famílias, formação bruta de capital fixo e exportação e importação. A atividade de intermediação financeira, por exemplo, ganhou maior abrangência e passam a ser contabilizados os fundos de investimentos.
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A revisão da metodologia do PIB (Produto Interno Bruto) nacional elevou a posição do Brasil no ranking das maiores economias mundiais, segundo apontou levantamento da consultoria econômica Austin Rating.
O PIB em valores em 2005, segundo a nova série das contas nacionais, ficou estimado em R$ 2,148 trilhões. Na série antiga, o PIB havia ficado em R$ 1,937 trilhão.
Arte Folha |
Segundo a Austin, o novo PIB permite ao Brasil subir uma posição no ranking mundial e ultrapassar a Coréia do Sul, estabelecendo-se em décimo lugar no rol das maiores economias do planeta, com um PIB, já convertido para a taxa média anual de câmbio, de US$ 882 bilhões.
Uma comparação mais precisa com os demais países, no entanto, está dependente dos dados atualizados do FMI (Fundo Monetário Internacional), prevista para abril.
A consultoria destaca que a nova metodologia, além de mostrar uma taxa de crescimento do produto interno mais acelerada que se pensava, mostrou, por outro lado, uma piora no quadro dos investimentos.
A taxa de investimento do país em 2005, pela nova metodologia, caiu de 19,1% para 16,3% do PIB, "deteriorando ainda mais a condição do país em relação a seus pares, principalmente China e Índia, onde a taxa está entre 25% e 30%", aponta a consultoria.
Mudanças
As novas contas nacionais passam a contar com referência dados de 2000 e abrangem pesquisas anuais de Indústria, Comércio, Serviços, Construção Civil e pesquisas domiciliares. Na pesquisa anterior a referência era o ano de 1985. Além disso, os dados do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas também compõem a nova base. Agora são 56 atividades econômicas e 110 produtos, contra 43 atividades e 80 produtos calculados anteriormente.
O setor de Telecomunicações dá lugar aos Serviços de Informação, que conta ainda consultoria em hardware, software, processamento de dados, atividade de banco de dados e distribuição on-line, atividade cinematográfica, atividades de rádio e agências de notícias.
Uma das novidades da nova pesquisa é que a depreciação dos ativos do governo passa a fazer parte da conta do PIB. Isso significa que a estimativa do crescimento real do governo, que pesa cerca de 15% do total do produto, foi ampliado. Dessa forma, o valor bruto da produção do governo passará a ser feito pela soma dos gastos de custeio (consumo intermediário), as remunerações dos funcionários e o consumo do capital fixo (depreciação).
O terceiro setor, como ONGs, igrejas e clubes, são agora contabilizados sob a ótica da demanda, ao lado de consumo do governo, consumo das famílias, formação bruta de capital fixo e exportação e importação. A atividade de intermediação financeira, por exemplo, ganhou maior abrangência e passam a ser contabilizados os fundos de investimentos.
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