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22/06/2001
-
07h59
da Reuters
O Brasil pode estar virando o jogo na disputa com o Canadá pelo mercado de jatos regionais, afirmou ontem o subsecretário para Assuntos Econômicos do Itamaraty, José Alfredo Graça Lima.
Segundo ele, tudo depende da confirmação do relatório preliminar favorável ao Proex. O Canadá rebateu e disse que nada está decidido ainda.
Na quarta-feira, a OMC (Organização Mundial do Comércio) enviou aos dois países o resultado de um "panel" que discutiu a reclamação canadense em relação ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex).
Segundo Graça Lima, o conteúdo do relatório não pode ser divulgado, por questões formais combinadas na OMC, mas ele adiantou que o parecer seria favorável ao Brasil.
"O jogo está virado", afirmou. "O Brasil terá de aguardar a resolução da OMC sobre os subsídios que o Canadá deu [à Bombardier] para ganhar a concorrência da Air Wisconsin."
A Embraer e a canadense Bombardier são as maiores no segmento de jatos regionais, com capacidade de cerca de cem passageiros.
As empresas têm travado nos últimos meses um duro embate para conquistar encomendas, como a da norte-americana Air Wisconsin. No início do ano, o governo canadense concedeu créditos subsidiados à Air Wisconsin para que a Bombardier levasse o contrato de US$ 1,5 bilhão.
"Nossas indicações são de que o Brasil não deveria cantar vitória tão cedo", afirmou um membro do governo canadense, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, a única chance de o Brasil vencer seria parando de subsidiar a Embraer.
"O jogo não vai virar, a menos que o Brasil pare de dar subsídios", afirmou, ao ser informado sobre o comentário de Graça Lima. O membro do governo lembrou que o Canadá foi autorizado pela OMC a retaliar a importação de produtos brasileiros, o que ainda não foi feito.
Ele se queixou de que o Brasil quebrou o protocolo ao fazer comentários sobre uma informação que deveria ser mantida em sigilo.
A Bombardier afirmou que não poderia comentar um documento a que não teve acesso.
"O relatório virá a público em julho, e estamos confiantes em que a decisão da OMC, como as três anteriores, será a favor da Bombardier", afirmou Joe Singerman, porta-voz da empresa.
Graça Lima diz que país ''virou o jogo'' na OMC no caso Embraer
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O Brasil pode estar virando o jogo na disputa com o Canadá pelo mercado de jatos regionais, afirmou ontem o subsecretário para Assuntos Econômicos do Itamaraty, José Alfredo Graça Lima.
Segundo ele, tudo depende da confirmação do relatório preliminar favorável ao Proex. O Canadá rebateu e disse que nada está decidido ainda.
Na quarta-feira, a OMC (Organização Mundial do Comércio) enviou aos dois países o resultado de um "panel" que discutiu a reclamação canadense em relação ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex).
Segundo Graça Lima, o conteúdo do relatório não pode ser divulgado, por questões formais combinadas na OMC, mas ele adiantou que o parecer seria favorável ao Brasil.
"O jogo está virado", afirmou. "O Brasil terá de aguardar a resolução da OMC sobre os subsídios que o Canadá deu [à Bombardier] para ganhar a concorrência da Air Wisconsin."
A Embraer e a canadense Bombardier são as maiores no segmento de jatos regionais, com capacidade de cerca de cem passageiros.
As empresas têm travado nos últimos meses um duro embate para conquistar encomendas, como a da norte-americana Air Wisconsin. No início do ano, o governo canadense concedeu créditos subsidiados à Air Wisconsin para que a Bombardier levasse o contrato de US$ 1,5 bilhão.
"Nossas indicações são de que o Brasil não deveria cantar vitória tão cedo", afirmou um membro do governo canadense, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, a única chance de o Brasil vencer seria parando de subsidiar a Embraer.
"O jogo não vai virar, a menos que o Brasil pare de dar subsídios", afirmou, ao ser informado sobre o comentário de Graça Lima. O membro do governo lembrou que o Canadá foi autorizado pela OMC a retaliar a importação de produtos brasileiros, o que ainda não foi feito.
Ele se queixou de que o Brasil quebrou o protocolo ao fazer comentários sobre uma informação que deveria ser mantida em sigilo.
A Bombardier afirmou que não poderia comentar um documento a que não teve acesso.
"O relatório virá a público em julho, e estamos confiantes em que a decisão da OMC, como as três anteriores, será a favor da Bombardier", afirmou Joe Singerman, porta-voz da empresa.
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