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14/09/2001 - 04h44

Confiança dos americanos na economia é a menor desde 93

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da Folha de S.Paulo

O índice de confiança dos norte-americanos na sua economia chegou ao nível mais baixo dos registrados nos últimos oito anos, segundo estudo fechado um dia antes dos atentados nos Estados Unidos e divulgado ontem.

Analistas acreditam que, após os atos terroristas, a expectativa da população em relação ao futuro da economia, que já era fraca, deve ser ainda mais pessimista.

Pesquisa preliminar da Universidade de Michigan mostra que o índice recuou de 91,5 pontos em agosto para 83,6 pontos neste mês -menor nível registrado desde novembro de 1993. A previsão dos economistas era de que o índice seria de 90,8 pontos.

A confiança do norte-americano é um fator determinante para o desempenho da economia, já que o consumo é responsável por dois terços do PIB dos EUA.

"O fato de o índice de confiança já aparecer abalado antes dos últimos acontecimentos [atentados" não é um bom sinal para a economia", disse R Stanley, economista do Greenwich Capital Markets.

Especialistas do comércio varejista norte-americano estão divididos sobre como os consumidores vão reagir após os ataques terroristas.
Segundo dados oficiais do mês passado, no mês de julho as vendas no varejo ficaram estáveis em relação ao mês anterior -ao contrário do que previam os analistas. Dois estudos realizados nos últimos dias -um deles após os ataques- mostram opiniões contrastantes da população em relação ao consumo.

Na região oeste dos EUA, mais de mil consumidores responderam nos últimos dias que têm planos de comprar só o que for estritamente "necessário e básico".

Segundo o coordenador do estudo, Britt Beemer, esse comportamento já deve afetar os resultados do comércio no primeiro trimestre do próximo ano.

Mas pesquisa feita pela internet ontem com 4.600 pessoas mostra que a maioria não planeja diminuir ou alterar seus investimentos ou mudar o comportamento em relação a viagens aéreas.

De acordo com o porta-voz da Federação Nacional de Varejo dos EUA, Scott Krugman, ainda é cedo para prever o impacto do que aconteceu. "Não podemos subestimar a economia. Dizer que as pessoas vão ficar deprimidas para comprar não é analisar toda a história. As pessoas entendem o que está acontecendo e sabem que precisam fazer sua parte".

As grandes redes de comércio preferem não fazer previsões. O Wal-Mart, maior rede varejista do mundo, informou que as vendas estão normais e que houve um aumento na procura de itens como bandeiras, fitas, botijões de gás, televisões e antenas de TV.

Com agências internacionais

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