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16/09/2001
-
21h21
da Reuters, em Nova York
Depois de quatro dias de um silêncio ensurdecedor, amanhã Wall Street vai tentar aquecer os mercados, que foram devastados após os atentados terroristas de terça-feira no coração do mundo financeiro. As perspectivas para os preços das ações nas Bolsas, pelo menos a curto prazo, são sombrias.
As expectativas pioraram depois que as Bolsas de Valores européias tiveram uma queda de mais de 5%, chegando quase aos níveis de três anos atrás, em virtude dos temores de mais violência.
"Parece que os mercados devem sofrer uma queda na segunda-feira, e depois devem ficar estáveis ou subir um pouco, mas não o suficiente para que esta seja uma semana positiva'', afirmou Matthew Norris, administrador de ações da Advantus Capital, em Minneapolis.
"As pessoas vão querer saber como os ataques vão afetar as empresas. Elas vão retirar o capital e pensar um pouco antes de investir novamente. Não sou otimista, a curto prazo'', declarou.
Hoje, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, deu indícios de um otimismo precavido, quando afirmou que a economia norte-americana é "forte''. Cheney admitiu ser ''perfeitamente possível'' haver uma recessão nos EUA, mas espera que haja uma retomada econômica ainda este ano.
Para se ter certeza de como vão se comportar os mercados nesta segunda-feira, qualquer guinada nas Bolsas de Valores vai depender se as Bolsas de Nova York, da Nasdaq e de todo os EUA vão realmente reabrir, tal como previsto.
Elas estiveram fechadas por quatro dias, desde que ocorreram os atentados terroristas nos Estados Unidos, na terça-feira. Os testes dos sistemas de comunicação efetuados pela Bolsa de Valores de Nova York foram bem-sucedidos e indicam que a instituição tem as condições técnicas para voltar a funcionar.
Entre os importantes anúncios de resultados a serem divulgados nesta semana estão o da General Mills e o da Solectron, na segunda-feira. Na terça-feira, devem ser anunciados os resultados da Adobe Systems e da 3Com. Entre os indicadores econômicos previstos para serem divulgados, está o índice dos preços para o consumidor do mês de agosto, usado como referência para medir a inflação no varejo.
Os ataques terroristas aumentaram o pessimismo econômico e prejudicaram os mercados, elevando os temores de uma recessão nos Estados Unidos. A empresa aérea Continental Airlines, por exemplo, anunciou no sábado que vai demitir 12 mil funcionários e avisou que pode ir à falência. A Continental e outras duas companhias aéreas diminuíram o número de vôos depois dos atentados.
No entanto, apesar do pessimismo nos mercados, alguns fatores de estabilização surgiram nos últimos dias. Eles incluem esperanças cada vez maiores de um corte nas taxas de juros, por parte do Banco Central dos EUA, as ações que podem ser readquiridas pelas empresas e a obstinação patriótica que tomou conta do país.
Em muitos mercados do exterior, as ações sofreram queda, à medida em que os investidores foram para mercados mais seguros -- o que elevou o preço de metais preciosos, do petróleo e dos títulos do Tesouro dos EUA. No entanto, o dólar americano, padrão de estabilidade nos últimos anos, caiu para níveis de seis meses atrás em relação ao euro e ao iene japonês, por causa dos temores de que a economia norte-americana vai afundar numa recessão.
Uma queda na taxa de juros poderia ajudar os mercados de ações, embora os sete cortes promovidos este ano pelo Banco Central dos EUA não ajudaram muito na retomada do mercado.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Reabertura de Wall Street será prova de fogo para economia
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Depois de quatro dias de um silêncio ensurdecedor, amanhã Wall Street vai tentar aquecer os mercados, que foram devastados após os atentados terroristas de terça-feira no coração do mundo financeiro. As perspectivas para os preços das ações nas Bolsas, pelo menos a curto prazo, são sombrias.
As expectativas pioraram depois que as Bolsas de Valores européias tiveram uma queda de mais de 5%, chegando quase aos níveis de três anos atrás, em virtude dos temores de mais violência.
"Parece que os mercados devem sofrer uma queda na segunda-feira, e depois devem ficar estáveis ou subir um pouco, mas não o suficiente para que esta seja uma semana positiva'', afirmou Matthew Norris, administrador de ações da Advantus Capital, em Minneapolis.
"As pessoas vão querer saber como os ataques vão afetar as empresas. Elas vão retirar o capital e pensar um pouco antes de investir novamente. Não sou otimista, a curto prazo'', declarou.
Hoje, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, deu indícios de um otimismo precavido, quando afirmou que a economia norte-americana é "forte''. Cheney admitiu ser ''perfeitamente possível'' haver uma recessão nos EUA, mas espera que haja uma retomada econômica ainda este ano.
Para se ter certeza de como vão se comportar os mercados nesta segunda-feira, qualquer guinada nas Bolsas de Valores vai depender se as Bolsas de Nova York, da Nasdaq e de todo os EUA vão realmente reabrir, tal como previsto.
Elas estiveram fechadas por quatro dias, desde que ocorreram os atentados terroristas nos Estados Unidos, na terça-feira. Os testes dos sistemas de comunicação efetuados pela Bolsa de Valores de Nova York foram bem-sucedidos e indicam que a instituição tem as condições técnicas para voltar a funcionar.
Entre os importantes anúncios de resultados a serem divulgados nesta semana estão o da General Mills e o da Solectron, na segunda-feira. Na terça-feira, devem ser anunciados os resultados da Adobe Systems e da 3Com. Entre os indicadores econômicos previstos para serem divulgados, está o índice dos preços para o consumidor do mês de agosto, usado como referência para medir a inflação no varejo.
Os ataques terroristas aumentaram o pessimismo econômico e prejudicaram os mercados, elevando os temores de uma recessão nos Estados Unidos. A empresa aérea Continental Airlines, por exemplo, anunciou no sábado que vai demitir 12 mil funcionários e avisou que pode ir à falência. A Continental e outras duas companhias aéreas diminuíram o número de vôos depois dos atentados.
No entanto, apesar do pessimismo nos mercados, alguns fatores de estabilização surgiram nos últimos dias. Eles incluem esperanças cada vez maiores de um corte nas taxas de juros, por parte do Banco Central dos EUA, as ações que podem ser readquiridas pelas empresas e a obstinação patriótica que tomou conta do país.
Em muitos mercados do exterior, as ações sofreram queda, à medida em que os investidores foram para mercados mais seguros -- o que elevou o preço de metais preciosos, do petróleo e dos títulos do Tesouro dos EUA. No entanto, o dólar americano, padrão de estabilidade nos últimos anos, caiu para níveis de seis meses atrás em relação ao euro e ao iene japonês, por causa dos temores de que a economia norte-americana vai afundar numa recessão.
Uma queda na taxa de juros poderia ajudar os mercados de ações, embora os sete cortes promovidos este ano pelo Banco Central dos EUA não ajudaram muito na retomada do mercado.
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