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17/09/2001
-
09h09
SILVANA MAUTONE
da Folha de S.Paulo
Cautela também é a recomendação básica do presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, e do presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Manoel Félix Cintra Neto.
"O momento ainda é de baixíssima informação, ao mesmo tempo que indica uma forte mudança", diz Magliano.
O ideal, segundo ele, é que o investidor adote uma postura de expectativa e aguarde uma melhor definição do cenário.
"A Bovespa, no início do ano passado, chegou quase a 19 mil pontos e hoje está com cerca de 10 mil. É difícil prever se ela continuará patinando nesse nível ou não."
Ele admite que a turbulência causada com o atentado contra os EUA pode afugentar ainda mais o investidor estrangeiro a aplicar no Brasil, mas prefere não traçar um cenário obscuro para o mercado de renda variável do país. "Por outro lado, o investidor interno pode considerar que os papéis de algumas empresas estão realmente atrativos", diz.
O presidente da BM&F, que passou a última semana em Nova York e estava a caminho de uma reunião em um escritório próximo ao World Trade Center no momento do ataque, disse que conversou com vários economistas de instituições financeiras norte-americanas e que o clima, apesar de ser de cautela, não é de pessimismo com relação ao desempenho do mercado financeiro.
"Não há, por exemplo, preocupação com liquidez. Os governos dos EUA e da Europa disponibilizaram aos bancos diversas linhas de crédito com condições vantajosas para evitar esse tipo de problema na reabertura dos mercados", diz Cintra Neto.
Com relação aos preços das commodities, ele diz acreditar que não haverá grandes oscilações. "No máximo ocorrerá uma pequena tendência de alta", diz.
O momento, segundo ele, desaconselha grandes modificações na carteira de investimentos. "Entrar agora em ativos que estão subindo, como dólar e ouro, é correr grande chance de enfrentar recuo nessas cotações", afirma. O melhor, diz, é não arriscar em nada.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Agora não é hora de mudar carteiras de investimentos
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da Folha de S.Paulo
Cautela também é a recomendação básica do presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, e do presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Manoel Félix Cintra Neto.
"O momento ainda é de baixíssima informação, ao mesmo tempo que indica uma forte mudança", diz Magliano.
O ideal, segundo ele, é que o investidor adote uma postura de expectativa e aguarde uma melhor definição do cenário.
"A Bovespa, no início do ano passado, chegou quase a 19 mil pontos e hoje está com cerca de 10 mil. É difícil prever se ela continuará patinando nesse nível ou não."
Ele admite que a turbulência causada com o atentado contra os EUA pode afugentar ainda mais o investidor estrangeiro a aplicar no Brasil, mas prefere não traçar um cenário obscuro para o mercado de renda variável do país. "Por outro lado, o investidor interno pode considerar que os papéis de algumas empresas estão realmente atrativos", diz.
O presidente da BM&F, que passou a última semana em Nova York e estava a caminho de uma reunião em um escritório próximo ao World Trade Center no momento do ataque, disse que conversou com vários economistas de instituições financeiras norte-americanas e que o clima, apesar de ser de cautela, não é de pessimismo com relação ao desempenho do mercado financeiro.
"Não há, por exemplo, preocupação com liquidez. Os governos dos EUA e da Europa disponibilizaram aos bancos diversas linhas de crédito com condições vantajosas para evitar esse tipo de problema na reabertura dos mercados", diz Cintra Neto.
Com relação aos preços das commodities, ele diz acreditar que não haverá grandes oscilações. "No máximo ocorrerá uma pequena tendência de alta", diz.
O momento, segundo ele, desaconselha grandes modificações na carteira de investimentos. "Entrar agora em ativos que estão subindo, como dólar e ouro, é correr grande chance de enfrentar recuo nessas cotações", afirma. O melhor, diz, é não arriscar em nada.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
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