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29/09/2001
-
10h11
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A economia brasileira deve crescer menos do que o esperado neste ano, com uma inflação acima do previsto. Segundo o Banco Central, o crescimento vai ficar em torno de 2%, contra 4,5% do ano passado. Além disso, a inflação deve ficar em 6,5%, acima da meta do governo.
As informações constam do Relatório de Inflação, documento divulgado trimestralmente pelo BC. O relatório tem por objetivo avaliar as variáveis que afetam o cumprimento das metas de inflação estipuladas pelo governo.
O diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, classificou de "moderado" um crescimento de 2%, considerando os choques sofridos pela economia neste ano. Goldfajn admitiu que ele está "abaixo do que nós gostaríamos".
No início do ano, chegou-se a prever um crescimento de 4,5% para 2001. A alta dos juros de 3,25 pontos percentuais neste ano foi um dos principais motivos para a desaceleração.
Segundo a instituição, a elevação foi necessária para impedir uma alta na inflação que poderia ser causada pelos choques sofridos pela economia: racionamento de energia, alta do dólar, crise argentina e desaceleração da economia mundial.
A estimativa de crescimento de 2% é menor, inclusive, do que foi previsto nas negociações do novo acordo com o FMI, fechado em agosto. Na ocasião, estimava-se um crescimento entre 2,2% e 2,7%.
Goldfajn disse que essa última revisão nas projeções foi feita por causa dos ataques terroristas ocorridos nos Estados Unidos. Para o BC, os atentados vão tornar mais lenta a recuperação da economia norte-americana.
O BC prevê uma inflação de 6,5% para este ano, acima da meta do governo, que é de 4%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Isso quer dizer que, mesmo com a alta dos juros, a meta não será cumprida.
Se isso ocorrer, o presidente do BC vai precisar enviar ao ministro da Fazenda uma carta explicando os motivos que levaram ao não-cumprimento da meta.
As previsões do BC também apontam que a meta do ano que vem já está ameaçada. A instituição prevê uma inflação de 3,9% em 2002, contra 3% da previsão anterior. A meta é de 3,5%, também com margem de tolerância de dois pontos percentuais.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
País crescerá menos e inflação subirá, diz BC
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As informações constam do Relatório de Inflação, documento divulgado trimestralmente pelo BC. O relatório tem por objetivo avaliar as variáveis que afetam o cumprimento das metas de inflação estipuladas pelo governo.
O diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, classificou de "moderado" um crescimento de 2%, considerando os choques sofridos pela economia neste ano. Goldfajn admitiu que ele está "abaixo do que nós gostaríamos".
No início do ano, chegou-se a prever um crescimento de 4,5% para 2001. A alta dos juros de 3,25 pontos percentuais neste ano foi um dos principais motivos para a desaceleração.
Segundo a instituição, a elevação foi necessária para impedir uma alta na inflação que poderia ser causada pelos choques sofridos pela economia: racionamento de energia, alta do dólar, crise argentina e desaceleração da economia mundial.
A estimativa de crescimento de 2% é menor, inclusive, do que foi previsto nas negociações do novo acordo com o FMI, fechado em agosto. Na ocasião, estimava-se um crescimento entre 2,2% e 2,7%.
Goldfajn disse que essa última revisão nas projeções foi feita por causa dos ataques terroristas ocorridos nos Estados Unidos. Para o BC, os atentados vão tornar mais lenta a recuperação da economia norte-americana.
O BC prevê uma inflação de 6,5% para este ano, acima da meta do governo, que é de 4%, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Isso quer dizer que, mesmo com a alta dos juros, a meta não será cumprida.
Se isso ocorrer, o presidente do BC vai precisar enviar ao ministro da Fazenda uma carta explicando os motivos que levaram ao não-cumprimento da meta.
As previsões do BC também apontam que a meta do ano que vem já está ameaçada. A instituição prevê uma inflação de 3,9% em 2002, contra 3% da previsão anterior. A meta é de 3,5%, também com margem de tolerância de dois pontos percentuais.
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