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01/10/2001
-
07h30
ELAINE COTTA
da Folha Online
A semana começa à espera da reunião de amanhã do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), nos EUA, quando o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) deverá anunciar um novo corte na taxa básica de juros do país.
Para o mercado, a redução na taxa é dada como certa.
Na última semana, a agência internacional de classificação de risco Standad&Poor's divulgou relatório que aponta que o Fed deverá cortar pelo menos 0,25 ponto percentual da atual taxa -de 3% ao ano- para conter a ampliação do desaquecimento da economia norte-americana.
A desaceleração se acentuou depois dos ataques terroristas do dia 11 de setembro. No mercado, há quem aposte num corte mais agressivo -de até 0,5 ponto percentual.
A reunião do Fed é o fato mais esperado da semana, já que a instituição tem se mostrado bastante preocupada com os rumos da economia do país.
Desde o começo do ano, o Fed já reduziu a taxa básica de juros dos EUA oito vezes. A última delas foi no dia 17 de setembro, data da reabertura das Bolsas de Valores de Nova York após os atentados.
O corte previa conter uma queda muito acentuada nos negócios do mercado acionário mas não impediu que os principais indicadores da Bolsa de Valores de Nova York batessem recordes de desvalorização.
Na sexta-feira, o resultado revisado do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA trouxe um pouco de otimismo aos investidores. O dado referente ao segundo trimestre foi revisado para um crescimento de 0,3%, acima dos 0,1% esperado pelos analistas.
A Bolsa de Nova York e a Nasdaq tiveram alta no final do pregão, apesar de ainda não terem conseguido recuperar as perdas registradas na semana seguinte aos ataques terroristas.
No entanto, os analistas ainda estão preocupados com o nível da confiança do consumidor. Nos EUA, o consumo é responsável por mais de 60% do PIB e até agora foi o grande ponto de sustentação da economia, evitando a recessão.
Com os atentados, aumentaram as notícias de demissões e conseqüentemente o temor da população com relação ' capacidade de recuperação da economia.
Na sexta-feira, o índice de confiança do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, recuou para 81,8 pontos em setembro, o pior nível registrado desde março de 1993. O levantamento desse indicador já contabilizou os impactos dos atentados na confiança dos norte-americanos.
Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentou na última semana para seu maior nível em nove anos. O número de pedidos iniciais subiu em 58 mil, para 450 mil, na semana encerrada em 22 de setembro.
O número ficou bem acima das expectativas de Wall Street e o Departamento de Trabalho disse que os dados preliminares mostraram um aumento de 11 mil nos pedidos em Nova York, onde dois aviões sequestrados destruíram o World Trade Center.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
Mercado aguarda novo corte nos juros dos EUA
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da Folha Online
A semana começa à espera da reunião de amanhã do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), nos EUA, quando o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) deverá anunciar um novo corte na taxa básica de juros do país.
Para o mercado, a redução na taxa é dada como certa.
Na última semana, a agência internacional de classificação de risco Standad&Poor's divulgou relatório que aponta que o Fed deverá cortar pelo menos 0,25 ponto percentual da atual taxa -de 3% ao ano- para conter a ampliação do desaquecimento da economia norte-americana.
A desaceleração se acentuou depois dos ataques terroristas do dia 11 de setembro. No mercado, há quem aposte num corte mais agressivo -de até 0,5 ponto percentual.
A reunião do Fed é o fato mais esperado da semana, já que a instituição tem se mostrado bastante preocupada com os rumos da economia do país.
Desde o começo do ano, o Fed já reduziu a taxa básica de juros dos EUA oito vezes. A última delas foi no dia 17 de setembro, data da reabertura das Bolsas de Valores de Nova York após os atentados.
O corte previa conter uma queda muito acentuada nos negócios do mercado acionário mas não impediu que os principais indicadores da Bolsa de Valores de Nova York batessem recordes de desvalorização.
Na sexta-feira, o resultado revisado do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA trouxe um pouco de otimismo aos investidores. O dado referente ao segundo trimestre foi revisado para um crescimento de 0,3%, acima dos 0,1% esperado pelos analistas.
A Bolsa de Nova York e a Nasdaq tiveram alta no final do pregão, apesar de ainda não terem conseguido recuperar as perdas registradas na semana seguinte aos ataques terroristas.
No entanto, os analistas ainda estão preocupados com o nível da confiança do consumidor. Nos EUA, o consumo é responsável por mais de 60% do PIB e até agora foi o grande ponto de sustentação da economia, evitando a recessão.
Com os atentados, aumentaram as notícias de demissões e conseqüentemente o temor da população com relação ' capacidade de recuperação da economia.
Na sexta-feira, o índice de confiança do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, recuou para 81,8 pontos em setembro, o pior nível registrado desde março de 1993. O levantamento desse indicador já contabilizou os impactos dos atentados na confiança dos norte-americanos.
Além disso, o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos aumentou na última semana para seu maior nível em nove anos. O número de pedidos iniciais subiu em 58 mil, para 450 mil, na semana encerrada em 22 de setembro.
O número ficou bem acima das expectativas de Wall Street e o Departamento de Trabalho disse que os dados preliminares mostraram um aumento de 11 mil nos pedidos em Nova York, onde dois aviões sequestrados destruíram o World Trade Center.
Leia mais no especial sobre atentados nos EUA
Leia mais sobre os reflexos do terrorismo na economia
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