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Trabalho infantil na China se agrava, diz ONG
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da Efe, em Hong Kong
O problema do trabalho infantil na China é agravado pela pobreza, por brechas legais e por erros no sistema educacional rural, denuncia a ONG CLB (China Labour Bulletin), com sede em Hong Kong, em seu relatório de setembro.
O documento "Mãos Pequenas: um relatório sobre o trabalho infantil na China", chega pouco depois da divulgação de casos de crianças que trabalhavam em regime de escravidão em fábricas de tijolos.
O estudo, baseado em dados recolhidos em 2005, diz que as indústrias eletrônica, têxtil, alimentícia, de plásticos e de brinquedos são as que mais utilizam a mão-de-obra infantil --especialmente de meninas, que são menos escolarizadas.
A análise da CLB aborda tanto o problema da demanda de mão-de-obra infantil, ligada a uma questão salarial, de maior cooperação e maior produtividade que os adultos em alguns trabalhos; quanto o do fornecimento da mesma, relacionado à educação.
Segundo um estudo de 2006 do governo chinês, um terço dos imigrantes rurais chineses ganhava menos de 500 yuans (US$ 66) mensais; em torno de 40% entre 500 e 800 yuans, e só menos de um terço ganhava mais de 800 yuans por mês.
As crianças ouvidas para o estudo recebiam de 300 a 600 yuans mensais.
A CLB afirma que a China investe em educação apenas 2,7% do seu PIB (Produto Interno Bruto) --menos da metade do valor recomendado pela ONU. Isso faz com que nas regiões mais pobres do país os pais sejam responsáveis por pagar a educação dos filhos, sem ou com muito pouca ajuda do Estado.
A porcentagem de abandono nas escolas primárias de alguma destas áreas chega a 40%, número muito superior aos 2,5% alegados pelas autoridades de Educação.
O estudo lembra que as crianças não sabem como defender seus interesses e, portanto obtêm pagamentos geralmente inferiores, trabalham mais horas e vivem em condições piores que os adultos.
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