Publicidade
Publicidade
09/10/2001
-
07h42
da Folha de S.Paulo
O início dos bombardeios ao Afeganistão foi recebido com tranquilidade por Wall Street ontem. Para os analistas do mercado, os efeitos da retaliação militar já haviam sido incorporados aos preços das ações nas últimas semanas.
Apesar de ontem ter sido feriado nos EUA, em comemoração ao Descobrimento da América, as Bolsas operaram, mas o movimento dos negócios esteve abaixo da média. O mercado de títulos do governo não operou.
''Os ataques foram mais antecipados do que as reuniões do Fed [Federal Reserve, BC dos EUA]'', disse James Paulsen, diretor de investimentos da Wells Capital Management. ''O único motivo de apreensão agora é se haverá retaliação em solo europeu ou norte-americano.''
Com a perspectiva de uma longa guerra contra o terrorismo, empresas de segurança e fabricantes de equipamentos militares ganharam valor. Fornecedores das Forças Armadas dos Estados Unidos, como a Raytheon, a Lockheed Martine e a General Dynamics, subiram cerca de 1%.
O índice industrial Dow Jones recuou 0,57%, para 9.067 pontos. Já a Bolsa eletrônica Nasdaq fechou com ligeira valorização (0,04%) e encerrou o dia em 1.605 pontos.
O medo de novos ataques terroristas vai gerar grandes investimentos, tanto pelo setor público como pelo privado, em novas tecnologias de segurança. Fabricantes desses equipamentos viram suas ações dispararem desde o dia 11 de setembro.
A Viisage, por exemplo, vale hoje o quíntuplo do que valia antes dos atentados. Cada ação da empresa, que produz um programa de identificação facial, custava US$ 2 antes dos ataques. Ontem eram negociadas a US$ 10.
A Visionics, que produz a mesma tecnologia, teve desempenho semelhante, subindo de US$ 5 para US$ 14. A Invision, que faz detectores de explosivos para serem usados em aeroportos, saltou de US$ 3 para US$ 13. Mas analistas já alertam os investidores sobre os riscos de uma supervalorização desses papéis.
"As empresas de segurança estão passando por uma minibolha, então os investidores precisam ficar atentos", afirmou Alfred Goldman, estrategista do banco de investimentos AG Edwards.
As Bolsas européias começaram o dia indefinidas, sem a referência das Bolsas norte-americanas. No final do pregão, ficaram praticamente estáveis em relação ao fechamento da sexta-feira.
A Bolsa de Tóquio não abriu ontem, por causa de um feriado. Mas os outros mercados asiáticos caíram, ainda sem saber qual seria a reação de Wall Street aos bombardeios.
*Com agências internacionais.
Leia mais:
Conheça as armas usadas no ataque
Saiba tudo sobre os ataques ao Afeganistão
Entenda o que é o Taleban
Saiba mais sobre o Paquistão
Veja os reflexos da guerra na economia
Wall Street recebe bombardeios com tranquilidade
Publicidade
O início dos bombardeios ao Afeganistão foi recebido com tranquilidade por Wall Street ontem. Para os analistas do mercado, os efeitos da retaliação militar já haviam sido incorporados aos preços das ações nas últimas semanas.
Apesar de ontem ter sido feriado nos EUA, em comemoração ao Descobrimento da América, as Bolsas operaram, mas o movimento dos negócios esteve abaixo da média. O mercado de títulos do governo não operou.
''Os ataques foram mais antecipados do que as reuniões do Fed [Federal Reserve, BC dos EUA]'', disse James Paulsen, diretor de investimentos da Wells Capital Management. ''O único motivo de apreensão agora é se haverá retaliação em solo europeu ou norte-americano.''
Com a perspectiva de uma longa guerra contra o terrorismo, empresas de segurança e fabricantes de equipamentos militares ganharam valor. Fornecedores das Forças Armadas dos Estados Unidos, como a Raytheon, a Lockheed Martine e a General Dynamics, subiram cerca de 1%.
O índice industrial Dow Jones recuou 0,57%, para 9.067 pontos. Já a Bolsa eletrônica Nasdaq fechou com ligeira valorização (0,04%) e encerrou o dia em 1.605 pontos.
O medo de novos ataques terroristas vai gerar grandes investimentos, tanto pelo setor público como pelo privado, em novas tecnologias de segurança. Fabricantes desses equipamentos viram suas ações dispararem desde o dia 11 de setembro.
A Viisage, por exemplo, vale hoje o quíntuplo do que valia antes dos atentados. Cada ação da empresa, que produz um programa de identificação facial, custava US$ 2 antes dos ataques. Ontem eram negociadas a US$ 10.
A Visionics, que produz a mesma tecnologia, teve desempenho semelhante, subindo de US$ 5 para US$ 14. A Invision, que faz detectores de explosivos para serem usados em aeroportos, saltou de US$ 3 para US$ 13. Mas analistas já alertam os investidores sobre os riscos de uma supervalorização desses papéis.
"As empresas de segurança estão passando por uma minibolha, então os investidores precisam ficar atentos", afirmou Alfred Goldman, estrategista do banco de investimentos AG Edwards.
As Bolsas européias começaram o dia indefinidas, sem a referência das Bolsas norte-americanas. No final do pregão, ficaram praticamente estáveis em relação ao fechamento da sexta-feira.
A Bolsa de Tóquio não abriu ontem, por causa de um feriado. Mas os outros mercados asiáticos caíram, ainda sem saber qual seria a reação de Wall Street aos bombardeios.
*Com agências internacionais.
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice