Publicidade
Publicidade
06/11/2001
-
08h58
ADRIANA MATTOS
da Folha de S.Paulo
Esqueça as regras da administração tão proferidas até o dia 11 de setembro. O ataque terrorista ocorrido naquela data derrubou, pelo menos temporariamente, algumas teorias de manuais conservadores, segundo vários "gurus" do mercado executivo, ouvidos ontem pela Folha de S.Paulo.
O novo estatuto foi debatido, em evento em São Paulo, por nomes da administração como Evan Schwartz, Gian Luigi Buitoni e Richard Teerlink, e chegou-se a três conclusões. Em tempo de venda em queda, é preciso engavetar as campanhas de marketing voltadas para os produtos. Elas não farão a mercadoria sair das prateleiras.
Tem mais: não adianta acreditar que o mesmo produto que seduzia o consumidor há dois meses terá o mesmo efeito agora. Aquilo que era o objeto de consumo das pessoas perdeu o brilho.
"O ato de consumir tornou-se irrelevante na atual fase que o mundo atravessa. Por isso as empresas têm que fazer o consumidor entender que uma Ferrari não é um produto qualquer, é um objeto de paixão e deve ser adquirido", explica Gian Luigi Buitoni, ex-presidente da Ferrari e autor do livro "Como deixar qualquer produto irresistível".
Para os investidores, os especialistas citam novas regras que devem ser seguidas no atual momento. Evan Schwartz afirma que é hora de mudar o discurso e ampliar os negócios com empresas públicas, no lugar das companhias privadas.
Schwartz explica: hospitais estaduais, universidades e órgãos federais decidiram reformular seu departamento de segurança interna após o ataque do dia 11 de setembro. Eles estão buscando parceiros que forneçam tecnologia que sequer foi desenvolvida ainda, diz Evan Schwartz, consultor da Microsoft, SAP e HP.
No mundo virtual, regras também devem ser mudadas. Não basta apenas dar ao clientes serviços grátis pela internet, como e-mail ou salas de bate-papo _os "chats". Ou informar que seu site garante privacidade aos internautas. "Após os atentados, todos que usam a internet podem ser vigiados. Os terroristas se comunicavam pela internet e, sabendo disso, começou a ser passada uma peneira nesse sistema", diz.
"Logo, não adianta vender seu produto apelando para a questão da privacidade. Ela não existe mais. É preciso encontrar outros atributos para o produto", afirma.
Veja os reflexos da guerra na economia
Terror muda todas as leis da gestão de empresas
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Esqueça as regras da administração tão proferidas até o dia 11 de setembro. O ataque terrorista ocorrido naquela data derrubou, pelo menos temporariamente, algumas teorias de manuais conservadores, segundo vários "gurus" do mercado executivo, ouvidos ontem pela Folha de S.Paulo.
O novo estatuto foi debatido, em evento em São Paulo, por nomes da administração como Evan Schwartz, Gian Luigi Buitoni e Richard Teerlink, e chegou-se a três conclusões. Em tempo de venda em queda, é preciso engavetar as campanhas de marketing voltadas para os produtos. Elas não farão a mercadoria sair das prateleiras.
Tem mais: não adianta acreditar que o mesmo produto que seduzia o consumidor há dois meses terá o mesmo efeito agora. Aquilo que era o objeto de consumo das pessoas perdeu o brilho.
"O ato de consumir tornou-se irrelevante na atual fase que o mundo atravessa. Por isso as empresas têm que fazer o consumidor entender que uma Ferrari não é um produto qualquer, é um objeto de paixão e deve ser adquirido", explica Gian Luigi Buitoni, ex-presidente da Ferrari e autor do livro "Como deixar qualquer produto irresistível".
Para os investidores, os especialistas citam novas regras que devem ser seguidas no atual momento. Evan Schwartz afirma que é hora de mudar o discurso e ampliar os negócios com empresas públicas, no lugar das companhias privadas.
Schwartz explica: hospitais estaduais, universidades e órgãos federais decidiram reformular seu departamento de segurança interna após o ataque do dia 11 de setembro. Eles estão buscando parceiros que forneçam tecnologia que sequer foi desenvolvida ainda, diz Evan Schwartz, consultor da Microsoft, SAP e HP.
No mundo virtual, regras também devem ser mudadas. Não basta apenas dar ao clientes serviços grátis pela internet, como e-mail ou salas de bate-papo _os "chats". Ou informar que seu site garante privacidade aos internautas. "Após os atentados, todos que usam a internet podem ser vigiados. Os terroristas se comunicavam pela internet e, sabendo disso, começou a ser passada uma peneira nesse sistema", diz.
"Logo, não adianta vender seu produto apelando para a questão da privacidade. Ela não existe mais. É preciso encontrar outros atributos para o produto", afirma.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice