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10/08/2002
-
15h35
da France Presse, em Washington
Alan Greenspan, a quem muitos consideram o segundo homem mais poderoso dos Estados Unidos, depois do presidente, celebra amanhã seus 15 anos como presidente do Federal Reserve, o Banco Central americano.
Com 76 anos, Greenspan não mostra sinais de cansaço e seu atual mandato termina em 2004, mas alguns rumores indicam que deve renunciar a seu posto para evitar as incertezas que acarretará a eleição presidencial que então estará sendo realizada no país.
As conjecturas sobre sua possível substituição é um dos ''esportes'' favoritos em Washington.
A Greenspan é atribuído o fato de ter salvo a economia mundial quando, em 1987, reagiu rapidamente à queda do mercado de valores e, em 1997-98, durante a crise financeira, sem mencionar o inédito corte das taxas de juros que decretou depois dos ataques de 11 de setembro passado, nos Estados Unidos.
No entanto, alguns críticos o acusam de fazer parte problemas econômicos dos Estados Unidos antes dos ataques, quando se negou a reduzir drasticamente as taxas de juros.
Os americanos não são os únicos que admiram Greenspan, e assim, no Reino Unido, a rainha Elizabeth 2ª anunciou esta semana que o ordenará cavaleiro por ajudar a manter estável a economia global.
Apesar do presidente do Fed não poder ser chamado ''sir Alan'', já que não é britânico, poderá, no entanto, utilizar as siglas KBE depois de seu nome, o que, em inglês, significa ''Cavaleiro Comandante da Ordem do Império Britânico''.
''O prêmio é em reconhecimento por sua extraordinária contribuição para a estabilidade econômica global e os benefícios que o Reino Unido recebeu da sabedoria e destreza com que dirigiu o comitê do Federal Reserve'', afirmou o Tesouro britânico.
Calvo, usando grandes óculos que o distinguem de imediato, Greenspan tem a reputação de parecer uma esfinge: enigmático e reservado.
Consciente do peso de cada palavra que pronuncia, o executivo aprendeu a redigir cuidadosamente seus discursos. Greenspan tem se demonstrado, acima de tudo, pragmático. Enfrentado as atuais incertezas econômicas, assegurou que se absterá de aumentar as taxas de juros até que a maior economia do mundo se recupere de seus problemas.
Nascido três anos antes do crash da Bolsa em 1929, o presidente do Fed foi criado em um pequeno apartamento de Nova York. Sua infância modesta e sua carreira incomum -antes de ir para a universidade, atravessou o país com uma orquestra- o fizeram a encarnação do chamado ''sonho americano''.
Seus estudos econômicos, seus poderosos mentores e sua inteligência o prepararam para uma carreira como consultor, antes de ser nomeado assessor dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, e presidente do Fed por Ronald Reagan.
A reputação de Greenspan torna a busca por um substituto algo difícil, mas ele mesmo teve de se fazer à sombra de seu antecessor, Paul Volcker.
Nenhum dos nomes que são mencionados tem apoio unânime. O chefe dos economistas da Casa Branca, Lawrence Lindsey, tem a capacidade e a experiência, mas seu nome está ligado à Enron, o fraudulento gigante da energia agora em falência.
O subsecretário do Tesouro, John Taylor, tem uma reputação impecável, mas é considerado muito acadêmico, e o ex-secretário do Tesouro de Bill Clinton, Robert Rubin, por sua vez, é democrata.
Greenspan celebra 15 anos à frente do BC dos EUA amanhã
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Alan Greenspan, a quem muitos consideram o segundo homem mais poderoso dos Estados Unidos, depois do presidente, celebra amanhã seus 15 anos como presidente do Federal Reserve, o Banco Central americano.
Com 76 anos, Greenspan não mostra sinais de cansaço e seu atual mandato termina em 2004, mas alguns rumores indicam que deve renunciar a seu posto para evitar as incertezas que acarretará a eleição presidencial que então estará sendo realizada no país.
As conjecturas sobre sua possível substituição é um dos ''esportes'' favoritos em Washington.
A Greenspan é atribuído o fato de ter salvo a economia mundial quando, em 1987, reagiu rapidamente à queda do mercado de valores e, em 1997-98, durante a crise financeira, sem mencionar o inédito corte das taxas de juros que decretou depois dos ataques de 11 de setembro passado, nos Estados Unidos.
No entanto, alguns críticos o acusam de fazer parte problemas econômicos dos Estados Unidos antes dos ataques, quando se negou a reduzir drasticamente as taxas de juros.
Os americanos não são os únicos que admiram Greenspan, e assim, no Reino Unido, a rainha Elizabeth 2ª anunciou esta semana que o ordenará cavaleiro por ajudar a manter estável a economia global.
Apesar do presidente do Fed não poder ser chamado ''sir Alan'', já que não é britânico, poderá, no entanto, utilizar as siglas KBE depois de seu nome, o que, em inglês, significa ''Cavaleiro Comandante da Ordem do Império Britânico''.
''O prêmio é em reconhecimento por sua extraordinária contribuição para a estabilidade econômica global e os benefícios que o Reino Unido recebeu da sabedoria e destreza com que dirigiu o comitê do Federal Reserve'', afirmou o Tesouro britânico.
Calvo, usando grandes óculos que o distinguem de imediato, Greenspan tem a reputação de parecer uma esfinge: enigmático e reservado.
Consciente do peso de cada palavra que pronuncia, o executivo aprendeu a redigir cuidadosamente seus discursos. Greenspan tem se demonstrado, acima de tudo, pragmático. Enfrentado as atuais incertezas econômicas, assegurou que se absterá de aumentar as taxas de juros até que a maior economia do mundo se recupere de seus problemas.
Nascido três anos antes do crash da Bolsa em 1929, o presidente do Fed foi criado em um pequeno apartamento de Nova York. Sua infância modesta e sua carreira incomum -antes de ir para a universidade, atravessou o país com uma orquestra- o fizeram a encarnação do chamado ''sonho americano''.
Seus estudos econômicos, seus poderosos mentores e sua inteligência o prepararam para uma carreira como consultor, antes de ser nomeado assessor dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, e presidente do Fed por Ronald Reagan.
A reputação de Greenspan torna a busca por um substituto algo difícil, mas ele mesmo teve de se fazer à sombra de seu antecessor, Paul Volcker.
Nenhum dos nomes que são mencionados tem apoio unânime. O chefe dos economistas da Casa Branca, Lawrence Lindsey, tem a capacidade e a experiência, mas seu nome está ligado à Enron, o fraudulento gigante da energia agora em falência.
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