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25/10/2002
-
16h51
da Folha Online
O mercado endossou hoje seu voto de confiança na transição presidencial e o dólar fechou em baixa de 1,84%, vendido a R$ 3,73 e comprado R$ 3,725, cotação registrada pela última vez em 8 de outubro. Na semana, a moeda acumulou baixa de 3,61%.
A queda da moeda norte-americana ganhou força no final dos negócios, quando a cotação caiu 2,1% para a mínima do dia, R$ 3,721. Já o risco Brasil cai 3,3% para 1.766 pontos.
Segundo operadores, os compradores de dólar registraram presença no mercado quase que somente durante a manhã, quando a moeda sustentou uma alta moderada e registrou a máxima de R$ 3,843 (alta de 1,13%).
A pressão compradora foi exercida por empresas que tinham dívidas no exterior vencendo hoje - um total estimado em US$ 500 milhões pelo mercado, parte dos quais fora adquirida no decorrer da semana.
À tarde, continuaram operando quase que somente bancos e exportadores que precisavam aparar os excessos de dólar em seus caixas diante da previsão de queda da moeda após o segundo turno da eleição.
Os bancos começaram vendendo moeda durante a manhã e os exportadores engrossaram o movimento na etapa da tarde.
''Teria sido diferente se víssemos que os bancos estavam compradores durante a manhã, mas isso não aconteceu. Um começou a falar para o outro que o mercado estava vendedor, dando início a um movimento de bola de neve'', observou Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
A queda mais forte endossa, na antevéspera do pleito, o voto de confiança que o mercado depositou em um provável governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas para a eleição de domingo com dois terços das preferências.
Ainda há cautela, já que os investidores não passarão o fim de semana eleitoral ''descobertos'' de eventuais surpresas. A vitória de Lula está totalmente embutida nos preços, mas os nomes que irão compor a equipe de governo, não.
O mercado reagiu bem aos nomes que têm circulado, todos sem confirmação, de possíveis membros da equipe petista de governo. Lula promete anunciar os nomes de sua equipe de transição já na segunda-feira, caso as pesquisas se confirmem.
Mercado endossa confiança em transição e dólar fecha a R$ 3,73
LUCIANA COELHOda Folha Online
O mercado endossou hoje seu voto de confiança na transição presidencial e o dólar fechou em baixa de 1,84%, vendido a R$ 3,73 e comprado R$ 3,725, cotação registrada pela última vez em 8 de outubro. Na semana, a moeda acumulou baixa de 3,61%.
A queda da moeda norte-americana ganhou força no final dos negócios, quando a cotação caiu 2,1% para a mínima do dia, R$ 3,721. Já o risco Brasil cai 3,3% para 1.766 pontos.
Segundo operadores, os compradores de dólar registraram presença no mercado quase que somente durante a manhã, quando a moeda sustentou uma alta moderada e registrou a máxima de R$ 3,843 (alta de 1,13%).
A pressão compradora foi exercida por empresas que tinham dívidas no exterior vencendo hoje - um total estimado em US$ 500 milhões pelo mercado, parte dos quais fora adquirida no decorrer da semana.
À tarde, continuaram operando quase que somente bancos e exportadores que precisavam aparar os excessos de dólar em seus caixas diante da previsão de queda da moeda após o segundo turno da eleição.
Os bancos começaram vendendo moeda durante a manhã e os exportadores engrossaram o movimento na etapa da tarde.
''Teria sido diferente se víssemos que os bancos estavam compradores durante a manhã, mas isso não aconteceu. Um começou a falar para o outro que o mercado estava vendedor, dando início a um movimento de bola de neve'', observou Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.
A queda mais forte endossa, na antevéspera do pleito, o voto de confiança que o mercado depositou em um provável governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas para a eleição de domingo com dois terços das preferências.
Ainda há cautela, já que os investidores não passarão o fim de semana eleitoral ''descobertos'' de eventuais surpresas. A vitória de Lula está totalmente embutida nos preços, mas os nomes que irão compor a equipe de governo, não.
O mercado reagiu bem aos nomes que têm circulado, todos sem confirmação, de possíveis membros da equipe petista de governo. Lula promete anunciar os nomes de sua equipe de transição já na segunda-feira, caso as pesquisas se confirmem.
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