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11/12/2002
-
10h44
da Folha Online, no Rio
As empresas financeiras (bancos) aumentaram a sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2001, enquanto as empresas consideradas não-financeiras reduziram sua taxa de investimentos no país.
Segundo dados da pesquisa de contas nacionais divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a participação das empresas financeiras no PIB passou dos 5,18% registrados em 2000 para 6,23% em 2001.
O motivo, segundo a instituição, foi o aumento dos ganhos dessas empresas com intermediação financeira, além da influência da desvalorização cambial, já que elas aumentaram o volume de títulos indexados ao câmbio nas suas carteiras de investimentos. Em 2000, esses títulos correspondiam a 22,3% da carteira, enquanto que em 2001 o percentual subiu para 28,6%.
No ano passado, a poupança das empresas financeiras atingiu R$ 20,5 bilhões e, no anterior, o valor havia sido de apenas R$ 7,5 bilhões.
As empresas consideradas não-financeiras, no entanto, reduziram a sua taxa de investimentos na economia dos 26,55% verificados em 2000 para 25,83% em 2001. E a sua contribuição para a totalidade dos investimentos no PIB se reduziu de 61,88% para 60,03%.
A pesquisa do IBGE apontou ainda que, no ano de 2001, o volume de investimentos diretos foi maior que o dos registrados em carteira (operações no mercado financeiro).
Em 2001, o volume total de investimentos diretos estrangeiros foi de US$ 20,2 bilhões, menos que os US$ 30,5 bilhões registrados em 2000. Já os investimentos em carteira somaram US$ 1 bilhão, valor bem inferior aos US$ 7 bilhões registrados em 2000.
A explicação para essa queda no volume de investimentos é que, em 2000, a economia brasileira viveu um ano de forte expansão. No ano seguinte, ao contrário, o país passou por uma grave instabilidade provocada pelo desaquecimento da economia global, pelo racionamento de energia, pela crise na Argentina e pelos atentados terroristas de 11 de setembro, que aumentaram a aversão ao risco por parte dos investidores nacionais e estrangeiros.
Bancos abocanham uma fatia maior do PIB brasileiro, diz IBGE
ELAINE COTTAda Folha Online, no Rio
As empresas financeiras (bancos) aumentaram a sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2001, enquanto as empresas consideradas não-financeiras reduziram sua taxa de investimentos no país.
Segundo dados da pesquisa de contas nacionais divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a participação das empresas financeiras no PIB passou dos 5,18% registrados em 2000 para 6,23% em 2001.
O motivo, segundo a instituição, foi o aumento dos ganhos dessas empresas com intermediação financeira, além da influência da desvalorização cambial, já que elas aumentaram o volume de títulos indexados ao câmbio nas suas carteiras de investimentos. Em 2000, esses títulos correspondiam a 22,3% da carteira, enquanto que em 2001 o percentual subiu para 28,6%.
No ano passado, a poupança das empresas financeiras atingiu R$ 20,5 bilhões e, no anterior, o valor havia sido de apenas R$ 7,5 bilhões.
As empresas consideradas não-financeiras, no entanto, reduziram a sua taxa de investimentos na economia dos 26,55% verificados em 2000 para 25,83% em 2001. E a sua contribuição para a totalidade dos investimentos no PIB se reduziu de 61,88% para 60,03%.
A pesquisa do IBGE apontou ainda que, no ano de 2001, o volume de investimentos diretos foi maior que o dos registrados em carteira (operações no mercado financeiro).
Em 2001, o volume total de investimentos diretos estrangeiros foi de US$ 20,2 bilhões, menos que os US$ 30,5 bilhões registrados em 2000. Já os investimentos em carteira somaram US$ 1 bilhão, valor bem inferior aos US$ 7 bilhões registrados em 2000.
A explicação para essa queda no volume de investimentos é que, em 2000, a economia brasileira viveu um ano de forte expansão. No ano seguinte, ao contrário, o país passou por uma grave instabilidade provocada pelo desaquecimento da economia global, pelo racionamento de energia, pela crise na Argentina e pelos atentados terroristas de 11 de setembro, que aumentaram a aversão ao risco por parte dos investidores nacionais e estrangeiros.
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