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28/05/2003 - 10h52

Eletrobrás pode ter prejuízo de R$ 1 bilhão em 2003, diz Pinguelli

PATRÍCIA ZIMMERMMANN
da Folha Online, em Brasília

A Eletrobrás poderá acumular perdas próximas de R$ 1 bilhão neste ano, segundo estimativas do presidente da estatal, Luiz Pinguelli Rosa. De acordo com ele, essas perdas seriam resultado de aportes da estatal às suas subsidiárias federalizadas (distribuidoras do Norte e Nordeste) num total de R$ 400 milhões e até mesmo a Furnas, que poderá precisar de um aporte de R$ 500 milhões.

A sua expectativa é de que essa geradora entre no vermelho a partir de junho, mas há uma possibilidade de melhora a partir da realização do leilão de sobras de energia que está sendo regulamentado pelo governo.

Além disso, a empresa tem contratos de compra de energia com usinas térmicas e com a Argentina a preços superiores aos do mercado.

Pinguelli também afirmou que a Eletronuclear, administradora das usinais Angra I e II, opera hoje com um prejuízo diário de R$ 1,5 milhão que precisa ser coberto pela Eletrobrás. Segundo ele, os reatores nucleares exigem uma manutenção rigorosa e permanente e que, se a estatal não puder continuar fazendo os desembolsos, chegará um ponto em que eles terão que ser desligados.

A Eletronuclear reivindica junto à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) um reajuste em torno de 30%, que foi negado pelo órgão regulador, diz Pinguelli. Questionado sobre o risco de um acidente nuclear, Pinguelli afirmou que ainda não mandou desligar os reatores porque ainda há condições de operação, mas que não permitirá o seu funcionamento de forma precária.

Pinguelli comenta que, ao não permitir o reajuste, a Aneel estaria ''condenando a Eletrobras à morte''. O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Maurício Tolmasquim tentou minimizar o efeito das declarações de Pinguelli no início da semana de que responsabilizaria a Aneel em caso de acidente nuclear.

''Foi um mal-entendido. É importantíssimo deixar a população tranquila. As usinas estão funcionando com plena segurança'', disse Tolmasquim. Segundo ele, a questão tarifária está sendo discutida com a Aneel, mas não há má vontade do órgão regulador quanto a esse assunto. ''A agência está vendo as questões legais que permitam resolver essa situação.''

Ele participa do seminário sobre carvão mineral ''O combustível do século 21'', na Câmara dos Deputados.
 

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