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18/09/2003
-
10h43
PATRÍCIA ZIMMERMANN
EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília e SP
O horário de verão vai começar no dia 19 de outubro (zero hora de um domingo) --quando os relógios serão adiantados em uma hora-- e durará até 14 de fevereiro de 2004, uma semana antes do Carnaval. Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ficam de fora do programa todos os Estados do Norte e Nordeste, além do Mato Grosso.
Esta será a 30ª vez que ocorrerá o horário de verão no país. A primeira foi em 1931, sendo que desde 1985 ele vem sendo adotado sem interrupções.
Em 2002, o horário de verão começou no dia 3 de novembro e terminou em 16 de fevereiro, e incluía Bahia, Mato Grosso e Tocantins, que agora ficam de fora.
O objetivo central do horário de verão é reduzir o uso de energia nos horários de pico, para manter a segurança do sistema elétrico do país.
Disputa na Justiça
No ano passado, a Bahia foi à Justiça para ficar de fora da mudança. Neste ano o ministério seguiu a orientação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de excluir o Estado, pois não haverá riscos para o sistema. Quanto ao Tocantins e Mato Grosso, a ministra Dilma disse que não haveria ganhos para reduzir o consumo no horário de ponta.
No caso da região Sul, a ministra apontou ainda ganhos econômicos com o horário de verão, principalmente com a redução nos gastos com óleo combustível, uma vez que haverá redução na geração de energia termelétrica.
Ela afirmou que o seria um absurdo terminar o horário de verão durante o Carnaval, por conta de problemas de adaptação da população. Para manter a medida até a semana posterior ao Carnaval poderia criar problemas, principalmente para as escolas, devido à falta de luz pelas manhãs.
Outros anos
Até 2001, o horário especial começava em outubro. Mas em 2002, em razão de um pedido da Justiça Eleitoral, o início do programa ficou para o primeiro fim-de-semana após o segundo turno das eleições presidenciais.
No último verão, o programa gerou uma economia de 0,2% no consumo de energia, abaixo da meta definida pelo Ministério de Minas e Energia, que era de 0,6%. A explicação dada na época pelo ministério é que a população, depois do racionamento de energia, já vinha consumindo menos eletricidade.
Em compensação, a redução da demanda nos horários de pico --entre 17h e 22h-- chegou a 4,5%, acima dos 4% esperados. Esse percentual de redução é suficiente para construir uma usina hidrelétrica com capacidade de gerar 1.600 MWs.
Na avaliação divulgada pelo ONS no início do mês, a medida é necessária, apenas de não ser "absolutamente indispensável" neste ano, devido à sobra de energia no sistema provocada pela redução do consumo.
De acordo com dados do ONS, o consumo de energia nos horários de ponta no sistema interligado nacional está em torno 52 mil média MW. Ou seja, 4 mil MW abaixo dos 56 mil MW registrado em abril de 2001-- mês anterior ao início do racionamento de energia.
O ONS destacou que, caso o horário de verão não seja adotado, a expectativa é de que o consumo volte ao patamar de 56 mil MW no horário de ponta durante o verão, o que pode dificultar a operação do sistema.
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Horário de verão reduz risco de apagão, diz ministra
Horário de verão começa em outubro; Norte, Nordeste e MT estão fora
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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília e SP
O horário de verão vai começar no dia 19 de outubro (zero hora de um domingo) --quando os relógios serão adiantados em uma hora-- e durará até 14 de fevereiro de 2004, uma semana antes do Carnaval. Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ficam de fora do programa todos os Estados do Norte e Nordeste, além do Mato Grosso.
Esta será a 30ª vez que ocorrerá o horário de verão no país. A primeira foi em 1931, sendo que desde 1985 ele vem sendo adotado sem interrupções.
Em 2002, o horário de verão começou no dia 3 de novembro e terminou em 16 de fevereiro, e incluía Bahia, Mato Grosso e Tocantins, que agora ficam de fora.
O objetivo central do horário de verão é reduzir o uso de energia nos horários de pico, para manter a segurança do sistema elétrico do país.
Disputa na Justiça
No ano passado, a Bahia foi à Justiça para ficar de fora da mudança. Neste ano o ministério seguiu a orientação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) de excluir o Estado, pois não haverá riscos para o sistema. Quanto ao Tocantins e Mato Grosso, a ministra Dilma disse que não haveria ganhos para reduzir o consumo no horário de ponta.
No caso da região Sul, a ministra apontou ainda ganhos econômicos com o horário de verão, principalmente com a redução nos gastos com óleo combustível, uma vez que haverá redução na geração de energia termelétrica.
Ela afirmou que o seria um absurdo terminar o horário de verão durante o Carnaval, por conta de problemas de adaptação da população. Para manter a medida até a semana posterior ao Carnaval poderia criar problemas, principalmente para as escolas, devido à falta de luz pelas manhãs.
Outros anos
Até 2001, o horário especial começava em outubro. Mas em 2002, em razão de um pedido da Justiça Eleitoral, o início do programa ficou para o primeiro fim-de-semana após o segundo turno das eleições presidenciais.
No último verão, o programa gerou uma economia de 0,2% no consumo de energia, abaixo da meta definida pelo Ministério de Minas e Energia, que era de 0,6%. A explicação dada na época pelo ministério é que a população, depois do racionamento de energia, já vinha consumindo menos eletricidade.
Em compensação, a redução da demanda nos horários de pico --entre 17h e 22h-- chegou a 4,5%, acima dos 4% esperados. Esse percentual de redução é suficiente para construir uma usina hidrelétrica com capacidade de gerar 1.600 MWs.
Na avaliação divulgada pelo ONS no início do mês, a medida é necessária, apenas de não ser "absolutamente indispensável" neste ano, devido à sobra de energia no sistema provocada pela redução do consumo.
De acordo com dados do ONS, o consumo de energia nos horários de ponta no sistema interligado nacional está em torno 52 mil média MW. Ou seja, 4 mil MW abaixo dos 56 mil MW registrado em abril de 2001-- mês anterior ao início do racionamento de energia.
O ONS destacou que, caso o horário de verão não seja adotado, a expectativa é de que o consumo volte ao patamar de 56 mil MW no horário de ponta durante o verão, o que pode dificultar a operação do sistema.
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