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15/03/2004
-
09h02
VINICIUS ALBUQUERQUE
ELAINE COTTA
da Folha Online
A empresa norte-americana de telecomunicações MCI informou hoje ter concordado em vender sua participação na Embratel para a mexicana Telmex (Telefonos de Mexico), por US$ 360 milhões.
A Telmex, que no Brasil já controla a operadora de telefonia celular Claro (que inclui a ex-BCP), já era a favorita na disputa para a aquisição do controle da Embratel. O magnata mexicano Carlos Slim, controlador da Telmex, tinha em julho do ano passado US$ 1,7 bilhão em dívida da MCI, segundo estimativas do mercado.
Também estavam na disputa o grupo de investidores liderados pela Telos, o fundo de pensão dos funcionários da Embratel, e o consórcio formado pelas três grandes operadoras fixas brasileiras (Brasil Telecom, Telefônica e Telemar).
Em 1998, a MCI pagou US$ 2,3 bilhões por 52% do capital votante da empresa brasileira. De acordo com analistas, o valor de mercado da Embratel oscila hoje entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão.
A MCI, antiga WorldCom, anunciou a intenção de vender sua participação de quase 52% no capital votante da Embratel no dia 12 de novembro de 2003. A empresa também é dona de 19,3% das ações preferenciais da operadora brasileira.
Lucro
A Embratel saiu do prejuízo e conseguiu encerrar o ano de 2003 com um lucro líquido de R$ 223,6 milhões. Em 2002, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 626,3 milhões.
A empresa também reduziu o volume do endividamento de curto prazo (que vence em 12 meses), que caiu para R$ 1,2 bilhão no quarto trimestre, contra os R$ 2,6 bilhões registrados no último trimestre de 2002. A dívida líquida somou R$ 2,9 bilhões no final de 2003.
Disputa
O consórcio das teles fixas planejava entrar na disputa com a empresa Geodex, que assumiria o controle da Embratel em caso de vitória para contornar possíveis problemas com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O consórcio, no entanto, não pôde obter as informações. O acesso das empresas foi vetado pela Embratel com a justificativa de que informações estratégicas não poderiam ser disponibilizadas aos concorrentes diretos da operadora no Brasil.
Aprovação
Em comunicado emitido hoje, a MCI afirmou que a concretização da venda do controle da Embratel ainda está sujeita à aprovação da Corte de Falências dos EUA e das autoridades regulatórias brasileiras --Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Os executivos das duas empresas, no entanto, estão otimistas com a transação. "A MCI vai ter uma relação contínua com a Embratel, possibilitando que continuemos a fornecer aos nossos clientes brasileiros serviços de qualidade", disse o vice-presidente da MCI, Jonathan Crane. "Através da Embratel, e agora da Telmex, a MCI vai desenvolver novas tecnologias e serviços para mais clientes na América do Sul."
"O Brasil é a maior economia da América do Sul e a Embratel está entre as mais respeitadas e competitivas empresas de telecomunicações", disse José Formoso, vice-presidente de operações internacionais da Telmex. "Esta combinação apresenta oportunidades extremamente atraentes para a Telmex."
A Telmex é a principal empresa de telecomunicações do México, com 15,7 milhões de linhas telefônicas em operação, 2,2 milhões de linhas para transmissão de dados e 1,4 milhões de clientes de conexão com a internet.
Com agências internacionais
Embratel é vendida para o grupo mexicano Telmex
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ELAINE COTTA
da Folha Online
A empresa norte-americana de telecomunicações MCI informou hoje ter concordado em vender sua participação na Embratel para a mexicana Telmex (Telefonos de Mexico), por US$ 360 milhões.
A Telmex, que no Brasil já controla a operadora de telefonia celular Claro (que inclui a ex-BCP), já era a favorita na disputa para a aquisição do controle da Embratel. O magnata mexicano Carlos Slim, controlador da Telmex, tinha em julho do ano passado US$ 1,7 bilhão em dívida da MCI, segundo estimativas do mercado.
Também estavam na disputa o grupo de investidores liderados pela Telos, o fundo de pensão dos funcionários da Embratel, e o consórcio formado pelas três grandes operadoras fixas brasileiras (Brasil Telecom, Telefônica e Telemar).
Em 1998, a MCI pagou US$ 2,3 bilhões por 52% do capital votante da empresa brasileira. De acordo com analistas, o valor de mercado da Embratel oscila hoje entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão.
A MCI, antiga WorldCom, anunciou a intenção de vender sua participação de quase 52% no capital votante da Embratel no dia 12 de novembro de 2003. A empresa também é dona de 19,3% das ações preferenciais da operadora brasileira.
Lucro
A Embratel saiu do prejuízo e conseguiu encerrar o ano de 2003 com um lucro líquido de R$ 223,6 milhões. Em 2002, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 626,3 milhões.
A empresa também reduziu o volume do endividamento de curto prazo (que vence em 12 meses), que caiu para R$ 1,2 bilhão no quarto trimestre, contra os R$ 2,6 bilhões registrados no último trimestre de 2002. A dívida líquida somou R$ 2,9 bilhões no final de 2003.
Disputa
O consórcio das teles fixas planejava entrar na disputa com a empresa Geodex, que assumiria o controle da Embratel em caso de vitória para contornar possíveis problemas com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O consórcio, no entanto, não pôde obter as informações. O acesso das empresas foi vetado pela Embratel com a justificativa de que informações estratégicas não poderiam ser disponibilizadas aos concorrentes diretos da operadora no Brasil.
Aprovação
Em comunicado emitido hoje, a MCI afirmou que a concretização da venda do controle da Embratel ainda está sujeita à aprovação da Corte de Falências dos EUA e das autoridades regulatórias brasileiras --Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Os executivos das duas empresas, no entanto, estão otimistas com a transação. "A MCI vai ter uma relação contínua com a Embratel, possibilitando que continuemos a fornecer aos nossos clientes brasileiros serviços de qualidade", disse o vice-presidente da MCI, Jonathan Crane. "Através da Embratel, e agora da Telmex, a MCI vai desenvolver novas tecnologias e serviços para mais clientes na América do Sul."
"O Brasil é a maior economia da América do Sul e a Embratel está entre as mais respeitadas e competitivas empresas de telecomunicações", disse José Formoso, vice-presidente de operações internacionais da Telmex. "Esta combinação apresenta oportunidades extremamente atraentes para a Telmex."
A Telmex é a principal empresa de telecomunicações do México, com 15,7 milhões de linhas telefônicas em operação, 2,2 milhões de linhas para transmissão de dados e 1,4 milhões de clientes de conexão com a internet.
Com agências internacionais
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