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19/04/2004
-
16h37
ANA PAULA GRABOIS
ELAINE COTTA
da Folha Online, no Rio e SP
O físico Luiz Pinguelli Rosa anunciou hoje que deixará o cargo de presidente da Eletrobrás a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seu afastamento era comentado no mercado de energia havia meses.
Segundo ele, o motivo foi a necessidade de fazer uma composição política com o PMDB, que integra a base de apoio ao governo no Congresso.
Pinguelli disse não ter informação sobre o futuro de outros diretores da empresa, mas citou o nome do atual presidente da Eletronorte, Silas Rondeau, como um dos seus prováveis substitutos.
Rondeau teria sido indicado pelo presidente do Senado, José Sarney, como cota do PMDB nos cargos do governo.
Pinguelli afirmou que continuará oficialmente no cargo por pelo menos mais uma semana, mas que precisará se ausentar para participar de duas conferências no exterior, uma delas como representante da Eletrobrás.
Nesse período, o atual diretor de engenharia, Valter Luiz Pardial, será o presidente-interino da estatal.
Pinguelli disse ainda que chegou a ser convidado pelo ministro José Dirceu (Casa Civil) para assumir o cargo de ministro da Reforma Universitária --um novo ministério que seria criado pelo governo para cuidar da reforma no ensino público--, mas não aceitou.
O nome de Pinguelli, na época da transição do governo FHC para Lula, entre 2002 e 2003, chegou a ser cotado para os ministérios de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia. Mas acabou assumindo a Eletrobrás.
Pinguelli foi coordenador do programa de política energética do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao governo. Foi também um dos autores do novo modelo do setor.
Ele havia se afastado do diretoria da Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da UFRJ, no final de 2002, para assumir a Eletrobrás. Ele já havia retornado ao Coppe no início do ano, onde é professor.
Mágoa
Durante a entrevista, Pinguelli evitou criticar o governo pela decisão. "Política é uma coisa complicada. Não vou julgar o presidente da República. Não quero me vitimalizar", disse.
Em Brasília, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, não quis comentar a saída de Pinguelli do governo. No final de janeiro, quando já circulavam os rumores de um afastamento de Pinguelli, a Dilma já havia evitado garantir a sua permanência no cargo.
Em conversa com jornalistas, na época, ela chegou a afirmou que a continuidade ou não de Pinguelli era uma decisão do ministro José Dirceu --ou seja, era uma decisão política.
Rumor
Os rumores de que sairia do cargo começaram no ano passado e Pinguelli sempre evitou fazer comentários muito contundentes. Em algumas de suas declarações sobre o assunto chegou a afirmar que estava "de passagem" pela estatal.
"O cargo na Eletrobrás não foi um concurso. O mandato do presidente Lula é de apenas quatro anos. Oficialmente, eu sou concursado para ser professor da UFRJ ", disse Pinguelli no final de janeiro, quando já circulavam rumores sobre o seu afastamento do cargo.
Pinguelli confirma saída da presidência da Eletrobrás
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ELAINE COTTA
da Folha Online, no Rio e SP
O físico Luiz Pinguelli Rosa anunciou hoje que deixará o cargo de presidente da Eletrobrás a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seu afastamento era comentado no mercado de energia havia meses.
Segundo ele, o motivo foi a necessidade de fazer uma composição política com o PMDB, que integra a base de apoio ao governo no Congresso.
Pinguelli disse não ter informação sobre o futuro de outros diretores da empresa, mas citou o nome do atual presidente da Eletronorte, Silas Rondeau, como um dos seus prováveis substitutos.
Rondeau teria sido indicado pelo presidente do Senado, José Sarney, como cota do PMDB nos cargos do governo.
Pinguelli afirmou que continuará oficialmente no cargo por pelo menos mais uma semana, mas que precisará se ausentar para participar de duas conferências no exterior, uma delas como representante da Eletrobrás.
Nesse período, o atual diretor de engenharia, Valter Luiz Pardial, será o presidente-interino da estatal.
Pinguelli disse ainda que chegou a ser convidado pelo ministro José Dirceu (Casa Civil) para assumir o cargo de ministro da Reforma Universitária --um novo ministério que seria criado pelo governo para cuidar da reforma no ensino público--, mas não aceitou.
O nome de Pinguelli, na época da transição do governo FHC para Lula, entre 2002 e 2003, chegou a ser cotado para os ministérios de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia. Mas acabou assumindo a Eletrobrás.
Pinguelli foi coordenador do programa de política energética do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva ao governo. Foi também um dos autores do novo modelo do setor.
Ele havia se afastado do diretoria da Coppe (Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da UFRJ, no final de 2002, para assumir a Eletrobrás. Ele já havia retornado ao Coppe no início do ano, onde é professor.
Mágoa
Durante a entrevista, Pinguelli evitou criticar o governo pela decisão. "Política é uma coisa complicada. Não vou julgar o presidente da República. Não quero me vitimalizar", disse.
Em Brasília, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, não quis comentar a saída de Pinguelli do governo. No final de janeiro, quando já circulavam os rumores de um afastamento de Pinguelli, a Dilma já havia evitado garantir a sua permanência no cargo.
Em conversa com jornalistas, na época, ela chegou a afirmou que a continuidade ou não de Pinguelli era uma decisão do ministro José Dirceu --ou seja, era uma decisão política.
Rumor
Os rumores de que sairia do cargo começaram no ano passado e Pinguelli sempre evitou fazer comentários muito contundentes. Em algumas de suas declarações sobre o assunto chegou a afirmar que estava "de passagem" pela estatal.
"O cargo na Eletrobrás não foi um concurso. O mandato do presidente Lula é de apenas quatro anos. Oficialmente, eu sou concursado para ser professor da UFRJ ", disse Pinguelli no final de janeiro, quando já circulavam rumores sobre o seu afastamento do cargo.
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