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30/06/2000
-
16h02
da AFP
em Buenos Aires
Com a confirmação da integração do Chile ao Mercosul e um apelo do Brasil para a 'construção de nosso espaço sul-americano' para enfrentar 'os desafios da economia globalizada', foi encerrada nesta sexta-feira (30) na capital argentina a 18° reunião da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, com a presença de cinco presidentes.
Durante o encontro, o presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o aprofundamento de 'nosso regionalismo aberto', reafirmando a importância da consolidação do Mercosul como estratégia para enfrentar os desafios da economia globalizada. 'Vamos construir juntos nosso espaço sul-americano e preparar-nos para enfrentar os desafios da economia globalizada', afirmou.
Segundo ele, a cúpula de Brasília, que será realizada dias 31 de agosto e 1° de setembro, com a participação do Brasil e de outros onze presidentes dos países sul-americanos, será uma grande oportunidade para a América do Sul discutir temas que afetam diretamente a região; entre eles, o fortalecimento dos sistemas democráticos, o aperfeiçoamento da infra-estrutura física, o combate ao tráfico de drogas, o desenvolvimento da tecnologia da informação e a inserção competitiva das economias no mercado internacional.
No discurso, FHC disse que, depois de passadas as crises econômicas, é preciso retomar com mais ênfase o trabalho para o relançamento do Mercosul.
'Vamos tornar realidade a marca Mercosul', afirmou o presidente. Segundo ele, um aspecto importante do relançamento do Mercosul é a consciência de que é necessária uma estratégia de promoção comercial conjunta em terceiros mercados. Isso pressupõe, segundo o presidente, 'lutar de forma coordenada pelo maior acesso aos produtos de exportação'.
Fernando Henrique anunciou que em setembro serão publicados os indicadores macroeconômicos selecionados do Mercosul a partir de bases harmonizadas de cálculo. 'Esta é uma medida extremamente bem-vinda e deverá consubstanciar o nosso pequeno Maastrich', afirmou o presidente.
Aos que anunciaram o fim do Mercosul, o presidente brasileiro destacou que 'os fatos demonstram o equívoco dessas vozes de Cassandra. Esqueceram-se de que o Mercosul vai mais além de um simples balanço de saldos e débitos, de superávits e déficits'.
De la Rúa
O chefe de Estado anfitrião, Fernando De la Rúa, ratificou a necessidade de que o Mercosul 'supere uma visão estreita, de curto prazo e fortaleça sua credibilidade', tanto no âmbito interno quanto externo', pois isso -disse- 'contribuirá para reduzir o risco-região, atraindo investidores e aumentando as oportunidades de negócios que nos ajudarão a combater o desemprego e melhorar o nível de vida de nosso povo'.
O presidente paraguaio Luis González Macchi reclamou 'instituições fortes' e o fim de conflitos tarifários e aduaneiros, com a implementação de uma autêntica política comercial comum.
Participaram do encontro, no Palácio San Martín, sede da Chancelaria argentina, os presidentes de la Rúa, FHC, González Macchi, Jorge Batlle (Uruguai) e Ricardo Lagos (Chile). O chanceler Javier Murillo representou o presidente da Bolívia, Hugo Banzer.
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Brasil pede união sul-americana
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em Buenos Aires
Com a confirmação da integração do Chile ao Mercosul e um apelo do Brasil para a 'construção de nosso espaço sul-americano' para enfrentar 'os desafios da economia globalizada', foi encerrada nesta sexta-feira (30) na capital argentina a 18° reunião da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, com a presença de cinco presidentes.
Durante o encontro, o presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o aprofundamento de 'nosso regionalismo aberto', reafirmando a importância da consolidação do Mercosul como estratégia para enfrentar os desafios da economia globalizada. 'Vamos construir juntos nosso espaço sul-americano e preparar-nos para enfrentar os desafios da economia globalizada', afirmou.
Segundo ele, a cúpula de Brasília, que será realizada dias 31 de agosto e 1° de setembro, com a participação do Brasil e de outros onze presidentes dos países sul-americanos, será uma grande oportunidade para a América do Sul discutir temas que afetam diretamente a região; entre eles, o fortalecimento dos sistemas democráticos, o aperfeiçoamento da infra-estrutura física, o combate ao tráfico de drogas, o desenvolvimento da tecnologia da informação e a inserção competitiva das economias no mercado internacional.
No discurso, FHC disse que, depois de passadas as crises econômicas, é preciso retomar com mais ênfase o trabalho para o relançamento do Mercosul.
'Vamos tornar realidade a marca Mercosul', afirmou o presidente. Segundo ele, um aspecto importante do relançamento do Mercosul é a consciência de que é necessária uma estratégia de promoção comercial conjunta em terceiros mercados. Isso pressupõe, segundo o presidente, 'lutar de forma coordenada pelo maior acesso aos produtos de exportação'.
Fernando Henrique anunciou que em setembro serão publicados os indicadores macroeconômicos selecionados do Mercosul a partir de bases harmonizadas de cálculo. 'Esta é uma medida extremamente bem-vinda e deverá consubstanciar o nosso pequeno Maastrich', afirmou o presidente.
Aos que anunciaram o fim do Mercosul, o presidente brasileiro destacou que 'os fatos demonstram o equívoco dessas vozes de Cassandra. Esqueceram-se de que o Mercosul vai mais além de um simples balanço de saldos e débitos, de superávits e déficits'.
De la Rúa
O chefe de Estado anfitrião, Fernando De la Rúa, ratificou a necessidade de que o Mercosul 'supere uma visão estreita, de curto prazo e fortaleça sua credibilidade', tanto no âmbito interno quanto externo', pois isso -disse- 'contribuirá para reduzir o risco-região, atraindo investidores e aumentando as oportunidades de negócios que nos ajudarão a combater o desemprego e melhorar o nível de vida de nosso povo'.
O presidente paraguaio Luis González Macchi reclamou 'instituições fortes' e o fim de conflitos tarifários e aduaneiros, com a implementação de uma autêntica política comercial comum.
Participaram do encontro, no Palácio San Martín, sede da Chancelaria argentina, os presidentes de la Rúa, FHC, González Macchi, Jorge Batlle (Uruguai) e Ricardo Lagos (Chile). O chanceler Javier Murillo representou o presidente da Bolívia, Hugo Banzer.
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