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23/02/2005 - 19h43

Dívida pública interna deve crescer R$ 130 bi em 2005

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O governo prevê que a dívida pública brasileira em títulos aumente neste ano em ao menos R$ 130 bilhões, para R$ 940 bilhões, segundo o PAF (Plano Anual de Financiamento), divulgado hoje pelo Tesouro Nacional.
O aumento será causado pelas novas emissões e também pelo pagamento de juros da dívida.

Se for considera também a dívida externa, a dívida pública passa de R$ 1,013 trilhão em 2004 para R$ 1,160 trilhão em 2005.

Para arcar com esse aumento, o governo deverá desembolsar R$ 437,5 bilhões para honrar esse compromissos. Como não tem todo esse dinheiro, terá de destinar R$ 60,1 bilhões do Orçamento para o pagaemnto da dívida. Os outros R$ 377,4 bilhões terão de ser financiados no mercado por meio de rolagens. Ou seja, o governo vai pagar os juros e resgatar os papéis que vencem ao longo do ano vendendo novos títulos, preferencialmente com um prazo maior.

"O alongamento deve se dar de forma paulatina", disse o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy.

O governo manteve o mesmo objetivo do ano passado, que é melhorar o perfil da dívida --deixá-la mais previsível-- com a redução da parcela atrelada ao dolar e à taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, e o aumento da dívida indexada a índices de preços ou a taxas prefixadas.

"O nosso objetivo é minimizar os custos de financiamento de longo prazo", disse o secretário.

Segundo o PAF, a dívida interna indexada à Selic, que no final de 2004 representava 57,1% da dívida total, deve variar entre 47% e 57% neste ano. A dívida cambial, deve ficar entre 3% e 5% da total --em 2004 ficou em 5,2%. Já a dívida prefixada deve ficar, segundo o PAF, entre 20% e 30%.

O Tesouro pretende também elevar o prazo médio para o pagamento da dívida pública de 35,3 meses --dezembro de 2004-- para algo entre 36 e 41 meses. É também uma das metas do governo reduzir a dívida que vence no curto prazo --menos de 12 meses. Em 2004, 39,3% da dívida vencia em até 12 meses. Para 2005, a previsão é que ela fica entre 34% e 40%.

A variação dessas parcelas depende de como se comportará a economia brasileira e internacional no ano.

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